São os sacramentos da iniciação cristã, são a base da vocação comum de todos os discípulos de Cristo, vocação à santidade e à missão de evangelizar o mundo. Conferem as graças necessárias à vida segundo o Espírito nesta vida de peregrinos a caminho da Pátria.
A Conferência de Aparecida nos recorda que a vocação fundamental e primeira de todos os cristãos é a de sermos discípulos missionários de Jesus Cristo. Pelo Batismo, fomos chamados à fé em Deus por meio de Jesus Cristo e a sermos membros de Sua Igreja. Esta é a vocação de todos, grande graça e dignidade, que enche nossa vida de alegria e lhe dá uma orientação nova. Não se pode dizer, pois, que só alguns foram chamados, enquanto os demais não teriam recebido nenhuma vocação. Cada cristão católico recebeu a vocação para ser discípulo missionário de Jesus Cristo.
Essa vocação é o chamado de Deus que tem como finalidade a realização plena da pessoa humana.
É um gesto gracioso de Deus que visa a plena humanização do homem. É dom, é graça, é eleição cuidadosa, visando a construção do Reino de Deus. É um chamado para fazer algo, para cumprir uma missão. Toda a pessoa é vocacionada, é eleita por Deus. O Evangelho nos dirige um convite contínuo a seguir Jesus Cristo. Vem e segue-me. (Mt 9,9 ; Mc 8,34; Jo 8,12). É um convite pessoal dirigido por Deus a uma pessoa. Segue-Me-Missão: é o seguimento da prática de Jesus. É uma iniciativa gratuita, proposta que parte de Deus e um impulso interior de cada pessoa onde conscientemente responde ao plano de amor de Deus.
Pela revelação sabemos que todos os homens foram chamados por Deus a santidade (Gn 1,26; 2,7; 1Pd 1,15-16). É um chamado a desenvolvermos plenamente todas as nossas potencialidades. Todas as vocações específicas derivam desta vocação fundamental. Pelo Batismo todos fomos chamados a viver a santidade.
Amigo ouvinte, pelo Batismo, todos os homens são chamados à salvação, mas Deus fez a cada pessoa um chamado diferente. A maioria dos homens é chamado à vida matrimonial. Há no entanto, os que são chamados ao serviço total da Igreja.
É bom lembrar que em ambos os estados, tanto o matrimonial quanto o sacerdotal, o homem é chamado a amar a Deus sobre todas as coisas, com toda a sua alma, com todo o seu coração e com todas as suas forças e ao próximo como a si mesmo.