O Pai é a fonte e o fim da liturgia (CIC § 1077)

Veremos neste ponto de que modo o Pai é a fonte e o fim da liturgia.

“Bendito seja o Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com toda sorte de bênçãos espirituais, nos céus, em Cristo. Nele escolheu-nos antes da fundação do mundo para sermos santos e irrepreensíveis diante dEle no amor.

Ele nos predestinou para sermos seus filhos adotivos por Jesus Cristo, conforme o beneplácito de Sua vontade, para louvor e glória de Sua graça, com a qual Ele nos agraciou no Bem-amado” (Ef 1,3-6).

Aqui o Catecismo apresenta um versículo da carta de São Paulo aos efésios (1,3-6). São Paulo bendiz a Deus, enquanto Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, porque, através de Cristo recebemos todas as bênçãos ou benefícios divinos. A ação de Deus em favor dos homens é comum às três Pessoas divinas, e portanto, o projeto eterno de Deus, que o Apóstolo aqui contempla, tem sua origem na Santíssima Trindade.

A escolha tem como fim “sermos santos e irrepreensíveis na Sua presença”. Do mesmo modo que no AT a vítima que se oferecia a Deus devia ser perfeita, sem mancha alguma, a santidade “sem mancha” a que Deus nos destinou, será plena, imaculada. Ainda que já no Batismo tenhamos sido santificados, e durante a vida procuremos crescer, com a ajuda de Deus, na santidade recebida, todavia, a plenitude da santidade só alcançaremos na glória do Céu.

A predestinação de que fala o Apóstolo consiste em que Deus, segundo o Seu livre beneplácito, determinou desde toda a eternidade que os membros do novo povo de Deus alcançassem a santidade por meio do dom da filiação adotiva. A filiação divina do cristão tem a sua fonte em Jesus Cristo. O Filho Único assumiu a natureza humana para tornar os homens filhos de Deus por adoção. Pelo Batismo somos feitos realmente filhos Seus, participantes da própria natureza divina. A filiação divina é, pois, o maior dos dons que Deus concedeu nesta terra.

O dom da filiação divina é a suprema manifestação da glória de Deus, pois nesse dom se revelou a plenitude do amor de Deus ao homem.

Diácono Antonio Carlos
Comunidade Católica Nova Aliança