O Pai é a fonte e o fim da liturgia (CIC § 1081)

As bênçãos divinas manifestam-se em eventos impressionantes e salvadores: o nascimento de Isaac, a saída do Egito (Páscoa e Êxodo), o dom da Terra Prometida, a eleição de Davi, a presença de Deus no templo, o exílio purificador e o retorno de um “pequeno resto”. A lei, os profetas e os salmos, que tecem a liturgia do povo eleito, lembram essas bênçãos divinas e ao mesmo tempo lhes respondem mediante as bênçãos de louvor e de ação de graças.

Uma prova e uma bênção ainda maiores aguardam Abrãao. Na sua velhice, finalmente, lhes nasce um filho. Cresce e faz a alegria da sua velhice. A esperança de Abrãao, porém, não pode ser Isaac, mas Deus somente.

Abrãao tornou-se diferente de Adão e Eva, que desejavam a bênção de Deus para melhor disporem dele. Como Abrãao recebeu de modo inesperado da liberdade de Deus a sua bênção, agora lhe restitui em livre obediência.

A bênção de Deus e a fé de Abrãao vão abrindo caminho de maneira clara e amiúde aventurosa. O futuro mais distante de Abrãao se cumprirá no Egito: Abrãao tornou-se um grande povo; cumprir-se-á no deserto, junto ao Monte Sinai: a aliança com Abrãao se amplia na aliança com o povo de Israel; cumprir-se-á na conquista da Terra Prometida, com Josué.

Deus apesar de tudo não abandona Israel. Manda ao povo seus mensageiros, os profetas, para renovar a aliança.

Israel deverá ser recriado, a fim de poder tornar-se a bênção de todos os povos, segundo a promessa a Abrãao.

Diácono Antonio Carlos
Comunidade Católica Nova Aliança