Porque representa (torna presente) o Sacrifício da Cruz, porque dele é memorial e porque aplica seus frutos:
[Cristo] nosso Deus e Senhor ofereceu-se a si mesmo a Deus Pai uma única vez, morrendo como intercessor sobre o altar da cruz, a fim de realizar por eles (os homens) uma redenção eterna. Todavia, como sua morte não devia pôr fim ao seu sacerdócio (Hb 7,24.27), na última ceia, “na noite em que foi entregue (1 Cor 11,13), quis deixar à Igreja, sua esposa muito amada, um sacrifício visível (como o reclama a natureza humana) em que seria representado (feito presente) o sacrifício cruento que ia realizar-se uma vez por todas uma única vez na cruz, sacrifício este cuja memória haveria de perpetuar-se até o fim dos séculos (l Cor 11,23) e cuja virtude salutar haveria de aplicar-se à remissão dos pecados que cometemos cada dia [Conc. De Trento: DS 1740] .
Meu irmão e irmã. Em que sentido a Santa Missa é sacrifício?
A Santa Missa é sacrifício em sentido próprio e singular, e é “novo” em relação aos sacrifícios do Antigo Testamento: é sacrifício porque a Santa Missa representa (torna presente), no hoje da celebração litúrgica da Igreja, o único sacrifício da nossa redenção, porque é seu memorial e aplica o seus frutos.
A Igreja cada vez que celebra a Eucaristia está chamada a acolher o dom que Cristo lhe oferece e, portanto, a participar no sacrifício do seu Senhor, oferecendo-se com Ele ao Pai pela salvação do mundo. Logo, pode-se afirmar que a Santa Missa é o sacrifício de Cristo e da Igreja.