Nós, humanos, somos primordialmente equipe de jogadores. É por isso que através de milhares de anos temos conseguido a sobrevivência social.
Nossas relações sociais são de uma complexidade única e, precisamente por isso, por esta complexidade e esta diversidade, se converteram em cruciais para a nossa sobrevivência.
Temos usado nosso talento, extraordinariamente sofisticado, para a cooperação, desde a incipiente e precária utilizada a milhares e milhares de anos, até a poderosa e dinâmica nas organizações modernas.
Darwin argumentou que os grupos humanos dispostos a trabalhar pelo bem comum, sobreviviam melhor e tinham mais descendência que aqueles que eram egoístas e não tomavam parte em nenhum grupo.
Uma confirmação é o radar que quase todos temos para buscar cordialidade e cooperação. Naturalmente, buscamos nos aproximar de pessoas que apresentam sinais destas qualidades, que mantém atitudes uniformes nestes sentidos.
Muitas pessoas têm problemas porque não entendem como se convertem em parte de uma situação humana, de uma relação. É fácil concentrar-se no cognitivo, no que se sabe, em si mesmo, e esquecer-se do social; porém, quando se une pode fazer magia.
"Nenhum de nós é tão inteligente como todos nós juntos", diz um provérbio japonês.
Tudo é cooperação, em nenhuma parte há gênios solitários. Até Tomás Alba Edison era um excelente gerente do conhecimento. Traficamos com capital humano, as idéias não provém de uma só cabeça, senão da cooperação num sentido profundo.
A inteligência social tem uma inportância imensa para triunfar no mundo onde o trabalho se faz em equipe. Por isso, uma das atitudes de mando mais importantes é a capacidade de interpretar o contexto humano, de captar o que está em jogo.
Em quem manda, poder é capacidade de fazer com que as coisas se tornem realidade; porém, como se faz para que o mundo faça parte do trabalho através de um? Requer-se saber interpretar a situação, as correntes humanas, e trabalhar ajustando-se a isso. É a arte de causar impacto através das pessoas, é a capacidade de unir aos demais, atrair os demais à missão, à finalidade, ao objetivo, criar a unidade crítica para a investigação e o trabalho.
Para conseguir a cooperação há que se comunicar, porém comunicar não é simplesmente questão de passar informação a outra pessoa; é criar uma experiência, é criar interesse no outro a fundo, e isso é uma faculdade e uma atitude emocional.
Se quisermos obter cooperação humana em qualquer atividade humana, devemos primeiro, compreender que há relações entre humanos, interação de sentimentos, pensamentos e, também, de desejos, de gostos, de ilusões, de objetivos.
Não se trata de ordens simples sem sentido; não se trata de misturar areia, pedregulho e cimento. Trata-se de compreender, de entender e agir de acordo com isto, para conduzir, para dirigir os sentimentos dos seres humanos aos nossos cuidados, sob a nossa orientação, a nossa direção.
Desta maneira, através da compreensão dos nossos sentimentos e dos demais, conseguiremos harmonia, afinidade e, com isto, obteremos sempre a cooperação, a base do progresso humano através da história.
AUTORIA – Jorge Madrigal Fritsch
TRADUÇÃO LIVRE – Ammá Maria Ângela de Melo Nicolleti
FONTE – www.es.catholic.net