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Liturgia de 07 de novembro de 2019

QUINTA FEIRA – XXXI SEMANA DO TEMPO COMUM

(Verde - ofício do dia da )

Antífona da entrada

 

- Não me abandoneis jamais, Senhor, meu Deus, não fiqueis longe de mim! Depressa, vinde em meu auxílio, ó Senhor, minha salvação! (Sl 37,22).

 

Oração do dia

 

- Ó Deus de poder e misericórdia, que concedeis a vossos filhos e filhas a graça de vos servir como devem, fazei que corramos livremente ao encontro das vossas promessas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Rm 14,7-12

 

- Leitura da carta de são Paulo aos Romanos: Irmãos, 7ninguém dentre nós vive para si mesmo ou morre para si mesmo. 8Se estamos vivos, é para o Senhor que vivemos; se morremos, é para o Senhor que morremos. Portanto, vivos ou mortos, pertencemos ao Senhor. 9Cristo morreu e ressuscitou exatamente para isto, para ser o Senhor dos mortos e dos vivos. 10E tu, por que julgas o teu irmão? Ou, mesmo, por que desprezas o teu irmão? Pois é diante do tribunal de Deus que todos compareceremos. 11Com efeito, está escrito: “Por minha vida, diz o Senhor, todo joelho se dobrará diante de mim e toda língua glorificará a Deus”. 12Assim, cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 27,1.4.13-14 (R: 13)

 

- Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver, na terra dos viventes.

R: Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver, na terra dos viventes.


- O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção da minha vida; perante quem eu tremerei?

R: Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver, na terra dos viventes.


- Ao Senhor eu peço apenas uma coisa, e é só isto que eu desejo: habitar no santuário do Senhor por toda a minha vida; saborear a suavidade do Senhor e contemplá-lo no seu templo.

R: Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver, na terra dos viventes.


- Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes. Espera no Senhor e tem coragem, espera no Senhor!

R: Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver, na terra dos viventes.

 Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- Vinde a mim, todos vós que estais cansados, e descanso eu vos darei, diz o Senhor (Mt 11,28).

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 15,1-10.

 

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

- Glória a vós, Senhor!   

- Naquele tempo, 1os publicanos e pecadores aproximaram-se de Jesus para o escutar. 2Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus. “Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles”. 3Então Jesus contou-lhes esta parábola: 4“Se um de vós tem cem ovelhas e perde uma, não deixa as noventa e nove no deserto, e vai atrás daquela que se perdeu, até encontrá-la? 5Quando a encontra, coloca-a nos ombros com alegria, 6e, chegando a casa, reúne os amigos e vizinhos, e diz: ‘Alegrai-vos comigo! Encontrei a minha ovelha que estava perdida!’ 7Eu vos digo: Assim haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão. 8E se uma mulher tem dez moedas de prata e perde uma, não acende uma lâmpada, varre a casa e a procura cuidadosamente, até encontrá-la? 9Quando a encontra, reúne as amigas e vizinhas, e diz: ‘Alegrai-vos comigo! Encontrei a moeda que tinha perdido!’ 10Por isso, eu vos digo, haverá alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se converte”.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

 

 

 

Liturgia comentada

Alegrai-vos comigo! (Lc 15,1-10)

O pastor que recupera a ovelha tresmalhada (e ele possuía cem!) não pode deixar de se alegrar. Mas a alegria transborda e se muda em um convite aos amigos: “Alegrai-vos comigo!” A mulher pobrezinha que recupera a moedinha enferrujada (afinal, só tinha dez!), também é inundada pelo júbilo. Daí o convite às vizinhas: “Alegrai-vos comigo!”

Ambas as imagens destas parábolas se referem à realidade humana: nós estávamos perdidos, extraviados, quando veio Jesus Cristo e deu sua vida por nós. Foi esta a forma escolhida por Deus para nos trazer de volta à casa do Pai. Se o próprio Jesus se apresenta sob a imagem de um Bom Pastor (cf. Jo 10,11.14), como não se alegraria ao nos recuperar para o Pai?

Nós também somos pastores. Não apenas os bispos e padres, que zelam pelo rebanho da Igreja. Também a nós, “gente comum”, o Senhor confiou muitas ovelhas. Os pais são pastores de seus filhos. Os médicos são pastores de seus pacientes. Os educadores pastoreiam seus alunos.

Naturalmente, o cirurgião vibra de alegria quando salva o acidentado por meio de uma intervenção cirúrgica. O mestre se alegra quando vê que seu ex-aluno agora ocupa um cargo importante na empresa. Os pais exultam de alegria quando conseguem reorientar o filho que andara por caminhos obscuros.

Ora, esta alegria precisa ser repartida. Não só como simples desabafo, mas como testemunho de uma esperança que se mantém acesa. A boa notícia da “salvação” servirá de ânimo para muitos que ainda estão em combate. O estudante se motivará ao ver a formatura do colega. O enfermo recobrará o ânimo ao ver a cura de seu vizinho de leito.

O Papa Francisco comenta sobre essa irradiação: “Importante é que cada crente chegue a discernir o seu próprio caminho e traga à luz o melhor de si mesmo, quanto Deus colocou nele de muito pessoal (cf. 1Cor 12,7), e não se esgote procurando imitar algo que não foi pensado para ele. Todos estamos chamados a ser testemunhas, mas há muitas formas existenciais de testemunho”. (Gaudete et Exultate, 11)

Mas é preciso comemorar! Nossa sociedade ocidental está perdendo a capacidade de comemorar. Para fazê-lo, precisa beber, drogar-se. Não consegue mais perceber os lampejos de luz que cintilam no dia-a-dia. Burocratizados, já não percebemos o inestimável valor dos trabalhos caseiros, da dedicação profissional. Trabalha-se pelo salário, mais nada...

Há uma terceira parábola, logo a seguir: a história do Pai que tinha dois filhos (só dois!). Seu amor não era percebido pelos filhos. Um fugiu para longe, curtindo a vida. Outro servia na fazenda como um burro de carga. Quando o fujão voltou, houve festa. E o pai insistia com o filho mais velho: “Alegrai-vos!”

Orai sem cessar: “Que o Senhor faça a minha alegria!” (Sl 104,34)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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