F Formação

Liturgia de 27 de julho de 2019

SABADO – XVI SEMANA DO TEMPO COMUM

(Verde – Ofício da dia)

Antífona da entrada

 

- É Deus quem me ajuda, é o senhor que defende a minha vida. Senhor, de todo coração hei de vos oferecer o sacrifício e dar graças ao vosso nome, porque sois bom. (Sl 53,6).

 

Oração do dia

 

- Ó Deus, sede generoso com vossos filhos e filhas e multiplicai em nós os dons da vossa graça, para que, repletos de fé, esperança e caridade, guardemos fielmente os vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Ex 24,3-8

 

- Leitura do livro do Êxodo: Naqueles dias, 3Moisés veio e transmitiu ao povo todas as palavras do Senhor e todos os decretos. O povo respondeu em coro: “Faremos tudo o que o Senhor nos disse”. 4Então Moisés escreveu todas as palavras do Senhor. Levantando-se na manhã seguinte, ergueu ao pé da montanha um altar e doze marcos de pedra pelas doze tribos de Israel. 5Em seguida, mandou alguns jovens israelitas oferecer holocaustos e imolar novilhos como sacrifícios pacíficos ao Senhor. 6Moisés tomou metade do sangue e o pôs em vasilhas, e derramou a outra metade sobre o altar. 7Tomou depois o livro da aliança e o leu em voz alta ao povo, que respondeu: “Faremos tudo o que o Senhor disse e lhe obedeceremos”. 8Moisés, então, com o sangue separado, aspergiu o povo, dizendo: “Este é o sangue da aliança, que o Senhor fez convosco, segundo todas estas palavras”.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 50,1-2.5-6.14-15. (R: 14a)

 

- Imola a Deus um sacrifício de louvor.

R: Imola a Deus um sacrifício de louvor.


- Falou o Senhor Deus, chamou a terra, do sol nascente ao sol poente a convocou. De Sião, beleza plena, Deus refulge.

R: Imola a Deus um sacrifício de louvor.


- “Reuni à minha frente os meus eleitos, que selaram a Aliança em sacrifícios!” Testemunha o próprio céu seu julgamento, porque Deus mesmo é juiz e vai julgar.

R: Imola a Deus um sacrifício de louvor.


- “Imola a Deus um sacrifício de louvor e cumpre os votos que fizeste ao Altíssimo”. Invoca-me no dia da angústia, e então te livrarei e hás de louvar-me.

R: Imola a Deus um sacrifício de louvor.


Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- Acolhei docilmente a palavra semeada em vós, meus irmãos; ela pode salvar vossas vidas! (Tg 1,21).

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 13,24-30

 

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

- Glória a vós, Senhor!   

 

- Naquele tempo, 24Jesus contou outra parábola à multidão: “O Reino dos Céus é como um homem que semeou boa semente no seu campo. 25Enquanto todos dormiam, veio seu inimigo, semeou joio no meio do trigo, e foi embora. 26Quando o trigo cresceu e as espigas começaram a se formar, apareceu também o joio. 27Os empregados foram procurar o dono e lhe disseram: ‘Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde veio então o joio?’ 28O dono respondeu: ‘Foi algum inimigo que fez isso’. Os empregados lhe perguntaram: ‘Queres que vamos arrancar o joio?’ 29O dono respondeu: ‘Não! Pode acontecer que, arrancando o joio, arranqueis também o trigo. 30Deixai crescer um e outro até a colheita! E, no tempo da colheita, direi aos que cortam o trigo: arrancai primeiro o joio e o amarrai em feixes para ser queimado! Recolhei, porém, o trigo no meu celeiro!’”

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

 

 

 

Liturgia comentada

Deixai crescer um e outro... (Mt 13,24-30)

Existe um campo. Ele pertence a Deus. Mas não está cercado, não tem muros nem cercas: é um espaço aberto. Por isso mesmo, exatamente ali onde o Senhor lançou a boa semente, ali também o maligno pode semear o joio da mentira, da fraude, do engano, da calúnia, das meias-verdades...

Por que o dono da terra permite isto? – perguntam os moralistas. Ele não deveria impedir? E por que manada deixar que a cizânia cresça lado a lado com o trigo bom? Não deveria arrancá-la pela raiz? Parece que as respostas nunca satisfazem... mas como pano de fundo está o mistério da liberdade – esse magnífico dom, esse pesado fardo que o Criador deixou no coração do homem...

“É preciso fazer a separação? – pergunta Hébert Roux. Destruir imediatamente a obra do inimigo, erradicar o joio? É isto que os servidores do Mestre são tentados a fazer. Assim também os discípulos de Jesus pretenderão um dia, em seu zelo inconsiderado, e animados por um espírito que não é o de seu Mestre, ver uma aldeia de samaritanos que se recusa a receber Jesus consumida pelo fogo do céu (cf. Lc 9,51-56).

“Mas não é esta a intenção do Mestre: ‘Deixai que cresçam juntos um e outro, até o dia da colheita’.” E aqui vem à luz a nossa pressa que, no fundo, pode ser sinônimo de falta de esperança. A esperança não é só expectativa, mas inclui a espera. E isto exige tempo. Se o povo garante que “o apressado come cru”, a sabedoria de Deus nos diz que o errado pode ser corrigido, o violento pode ser pacificado, nossos pecados podem ser perdoados.

Nossa noção humana de justiça tende à violência, ao troco, à vingança. Estamos sempre prontos a destruir um mal que, aos olhos de Deus, pode ser “beneficiado”, assim como nossos avós “beneficiavam” os cereais, descascavam o arroz e descaroçavam o algodão. E se a casca de mal não correspondesse ao miolo de bem? E se nossa avaliação do mal for deformada por nossos preconceitos?

“O Senhor do campo é também o Senhor da colheita – lembra Roux. Ele pode esperar, ele é paciente, pois virá o tempo, marcado por ele, em que se fará a grande separação, sob sua ordem e de modo perfeito. A imagem da colheita aponta o fim da espera de Deus, o momento em que, julgando suficiente o seu tempo de espera, ele a finaliza enviando seus ‘anjos’, seus mensageiros, para executar a separação definitiva.”

Nossa pressa em julgar, separar e condenar sugere que estamos prontos a assumir em nossas mãos a tarefa de Deus...

Orai sem cessar: “Minha alma espera somente em Deus!” (Sl 62,1)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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