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Liturgia de 06 de novembro de 2019

QUARTA FEIRA – XXXI SEMANA DO TEMPO COMUM

(Verde - ofício do dia da )

Antífona da entrada

 

- Não me abandoneis jamais, Senhor, meu Deus, não fiqueis longe de mim! Depressa, vinde em meu auxílio, ó Senhor, minha salvação! (Sl 37,22).

 

Oração do dia

 

- Ó Deus de poder e misericórdia, que concedeis a vossos filhos e filhas a graça de vos servir como devem, fazei que corramos livremente ao encontro das vossas promessas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Rm 13, 8-10


- Leitura da carta de são Paulo aos Romanos: Irmãos, 8não fiqueis devendo nada a ninguém, a não ser o amor mútuo – pois quem ama o próximo está cumprindo a Lei. 9De fato, os mandamentos: “Não cometerás adultério”, “Não matarás”, “Não roubarás”, “Não cobiçarás”, e qualquer outro mandamento se resumem neste: “Amarás a teu próximo como a ti mesmo”.10O amor não faz nenhum mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento perfeito da Lei.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 112, 1-2.4-5.9 (R: 5a)

- Feliz quem tem piedade e empresta!

R: Feliz quem tem piedade e empresta!

 

- Feliz o homem que respeita o Senhor e que ama com carinho a sua lei! Sua descendência será forte sobre a terra, abençoada a geração dos homens retos!

R: Feliz quem tem piedade e empresta!

 

- Ele é correto, generoso e compassivo, como luz brilha nas trevas para os justos. Feliz o homem caridoso e prestativo, que resolve seus negócios com justiça.

R: Feliz quem tem piedade e empresta!

 

- Ele reparte com os pobres os seus bens, permanece para sempre o bem que fez, e crescerão a sua glória e seu poder.

R: Feliz quem tem piedade e empresta!

Aclamação ao santo Evangelho.

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

 - Felizes sereis vós se fordes ultrajados por causa de Jesus, pois repousa sobre vós o Espírito de Deus (1Pd 4,14)

Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 14, 25-33.


- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.

- Glória a vós, Senhor!

- Naquele tempo, 25grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele lhes disse: 26“Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 27Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo. 28Com efeito: qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, 29ele vai lançar o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso começarão a caçoar, dizendo: 30‘Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar!’ 31Ou ainda: Qual rei que, ao sair para guerrear com outro, não se senta primeiro e examina bem se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil? 32Se ele vê que não pode, enquanto o outro rei ainda está longe, envia mensageiros para negociar as condições de paz. 33Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!”

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

 

 

Liturgia comentada

A sua cruz... (Lc 14,25-33)

Sim, Jesus não fala de uma cruz qualquer. Fala daquela cruz que cabe a cada um de nós. “Quem não carrega a SUA cruz, não pode ser meu discípulo.” E é muito estranho que esta verdade possa espantar alguém. Afinal, se o Mestre e Senhor morreu crucificado, abraçado à SUA cruz, por que motivo nós iríamos segui-lo com as mãos abanando? Seria possível imaginar um cristianismo sem cruz?

Creio que estamos diante de um véu íntimo, uma espécie de cegueira interior que nos impede de olhar de frente a cruz. Muitas vezes, fiz a seguinte experiência: falando a um grupo de católicos, pergunto o que é que Santa Teresinha do Menino Jesus tem nas mãos, em suas imagens. Um coral uníssono responde: rosas! De fato, lá estão as rosas... Mas por que será que nunca me respondem: a cruz? Pois lá está, bem visível, a figura do Crucificado, pregado à sua cruz...

Parece que nossos olhos se recusam a ver a evidência: nosso Fundador “perdeu”. Jesus morreu crucificado, após terríveis sofrimentos físicos e morais. Seus apóstolos foram todos martirizados. Ainda hoje, por este mundo afora, os fiéis cristãos sofrem perseguições e prejuízos de toda ordem. O sistema dominante, centrado no lucro e no poder, tem gana do cristão.

Quantas queixas eu tenho ouvido dos que se dizem seguidores de Jesus! “Vejam só o que fizeram comigo! Ninguém me valoriza nesta comunidade... Fiz tanto por aquela paróquia e, agora, me substituíram! Tantos anos de trabalho e me trocaram por alguém mais jovem (ou mais letrado... ou mais influente...).”

Fica bem evidente que esses “fiéis” não estavam lá por amor a Deus. Não prestaram aquele serviço como quem servia amorosamente a Jesus Cristo. De algum modo, queriam aplausos e reconhecimento. Esperavam receber uma contrapartida das pessoas. No fundo, não queriam a cruz...

Madre Teresa de Calcutá, mergulhada no mundo dos pobres, assim nos ensina: “O sofrimento jamais desaparecerá completamente de nossa vida. Portanto, não tenham medo. O sofrimento é grande veículo de amor se o desfrutarem e, sobretudo, se o oferecerem pela paz do mundo. O sofrimento em si é inútil, mas o sofrimento partilhado com a paixão de Cristo é dom maravilhoso e sinal de amor.”

Nossa cruz pode ser bem simples e bem prática, mas é ela que nos santifica. O Papa Francisco escreve: “Gosto de ver a santidade no povo paciente de Deus: nos pais que criam os seus filhos com tanto amor, nos homens e mulheres que trabalham a fim de trazer o pão para casa, nos doentes, nas consagradas idosas que continuam a sorrir”. (Gaudete et Exultate, 7)

Afinal, quando abraçaremos a nossa cruz?

Orai sem cessar: “Completo na minha carne o que falta à paixão de Cristo.” (Cl 1,24)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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