Liturgia de 05 de maio de 2019

DOMINGO - III SEMANA DA PÁSCOA
(Branco,glória, creio, III semana do saltério)

Antífona da entrada

 

- Aclamai a Deus toda terra, cantai a glória de seu nome, rendei=lhe glória e louvor, aleluia!  (Sl 65,1).

Oração do dia

 

- Ó Deus, que vosso povo sempre exulte pela sua renovação espiritual, para que, tendo recuperado agora com alegria a condição de filhos de Deus, espere com plena confiança o dia da ressurreição. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: At 5,27b-32.40b-41

 

- Leitura dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, os guardas levaram os apóstolos e os apresentaram ao Sinédrio. 27bO sumo sacerdote começou a interrogá-los, dizendo: 28“Nós tínhamos proibido expressamente que vós ensinásseis em nome de Jesus. Apesar disso, enchestes a cidade de Jerusalém com a vossa doutrina. E ainda nos quereis tornar responsáveis pela morte desse homem! 29Então Pedro e os outros apóstolos responderam: “É preciso obedecer a Deus, antes que aos homens. 30O Deus de nossos pais ressuscitou Jesus, a quem vós matastes, pregando-o numa cruz. 31Deus, por seu poder, o exaltou, tornando-o Guia Supremo e Salvador, para dar ao povo de Israel a conversão e o perdão dos seus pecados. 32E disso somos testemunhas, nós e o Espírito Santo, que Deus concedeu àqueles que lhe obedecem”. 40bEntão mandaram açoitar os apóstolos e proibiram que eles falassem em nome de Jesus, e depois os soltaram. 41Os apóstolos saíram do Conselho, muito contentes, por terem sido considerados dignos de injúrias, por causa do nome de Jesus.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 30,2.4.5-6.11.12a.13b (R: 2a)

 

- Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes.

R: Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes.


- Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes, e não deixastes rir de mim meus inimigos! Vós tirastes minha alma dos abismos e me salvastes, quando estava já morrendo!

R: Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes.


- Cantai salmos ao Senhor, povo fiel, dai-lhe graças e invocai seu santo nome! Pois sua ira dura apenas um momento, mas sua bondade permanece a vida inteira; se à tarde vem o pranto visitar-nos, de manhã vem saudar-nos a alegria.

R: Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes.


- Escutai-me, Senhor Deus, tende piedade! Sede, Senhor, o meu abrigo protetor! Transformastes o meu pranto em uma festa, Senhor meu Deus, eternamente hei de louvar-vos!

R: Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes.

 

2ª Leitura: Ap 5,11-14

 

- Leitura do livro do Apocalipse de são João: Eu, João, vi 11e ouvi a voz de numerosos anjos, que estavam em volta do trono, e dos Seres vivos e dos Anciãos. Eram milhares de milhares, milhões de milhões, 12e proclamavam em alta voz: “O Cordeiro imolado é digno de receber o poder, a riqueza, a sabedoria e a força, a honra, a glória, e o louvor”. 13Ouvi também todas as criaturas que estão no céu, na terra, debaixo da terra e no mar, e tudo o que neles existe, e diziam: “Ao que está sentado no trono e ao Cordeiro, o louvor e a honra, a glória e o poder para sempre”. 14Os quatro Seres vivos respondiam: “Amém”, e os Anciãos se prostraram em adoração daquele que vive para sempre.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

- Jesus Cristo ressurgiu por quem tudo foi criado; ele teve compaixão do gênero humano.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 21,1-19

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João

- Glória a vós, Senhor!  

 

- Naquele tempo, 1Jesus apareceu de novo aos discípulos, à beira do mar de Tiberíades. A aparição foi assim: 2Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos de Jesus. 3Simão Pedro disse a eles: “Eu vou pescar”. Eles disseram: “Também vamos contigo”.  Saíram e entraram na barca, mas não pescaram nada naquela noite. 4Já tinha amanhecido, e Jesus estava de pé na margem. Mas os discípulos não sabiam que era Jesus. 5Então Jesus disse: “Moços, tendes alguma coisa para comer?” Responderam: “Não”. 6Jesus disse-lhes: “Lançai a rede à direita da barca, e achareis”. Lançaram pois a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa da quantidade de peixes. 7Então, o discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: “É o Senhor!” Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu sua roupa, pois estava nu, e atirou-se ao mar. 8Os outros discípulos vieram com a barca, arrastando a rede com os peixes. Na verdade, não estavam longe da terra, mas somente a cerca de cem metros. 9Logo que pisaram a terra, viram brasas acesas, com peixe em cima, e pão. 10Jesus disse-lhes: “Trazei alguns dos peixes que apanhastes”. 11Então Simão Pedro subiu ao barco e arrastou a rede para a terra. Estava cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e apesar de tantos peixes, a rede não se rompeu. 12Jesus disse-lhes: “Vinde comer”. Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor. 13Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o peixe. 14Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos. 15Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?”  Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus disse: “Apascenta os meus cordeiros”. 16E disse de novo a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro disse: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus lhe disse: “Apascenta as minhas ovelhas”. 17Pela terceira vez, perguntou a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro ficou triste, porque Jesus perguntou três vezes se ele o amava. Respondeu: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo”. Jesus disse-lhe: “Apascenta as minhas ovelhas. 18Em verdade, em verdade te digo: quando eras jovem, tu cingias e ias para onde querias. Quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres ir”. 19Jesus disse isso, significando com que morte Pedro iria glorificar a Deus. E acrescentou: “Segue-me”.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

  

Liturgia comentada
Tendes alguma coisa para comer? (Jo 21,1-19)

Última página do 4º Evangelho. O Mestre morreu, os discípulos regressam ao mar, voltam à pesca que haviam abandonado pelo Mestre (cf. Mt 4,20.22). Mas eles não sabem que o Senhor está vivo, ressuscitou. E mais: ele está próximo, está na margem...

É uma bela imagem. Rica descoberta: saber que Jesus sempre estará à margem, no limiar, no divisor de águas de nossas fugas e hesitações. Na bruma da madrugada, quando os olhos humanos mal definem as formas, ali está o Senhor. Ele não desiste de nós.

E Jesus, à distância, faz uma pergunta aos discípulos: “Tendes algo para comer?” Claro que eles não têm. E a interrogação serve para deixar bem claro que eles não se bastam, não se sustentam. Afinal, uma noite de pesca e as redes vazias...

Para o beneditino François Trévedy, Jesus só nos pede “alguma coisa para comer”, para ele mesmo em pessoa nos dar o alimento, deixando-nos substancialmente cheios dele, para fazê-lo seu, de si mesmo, ele que existe para nós.

Mas a pergunta abre um novo horizonte: é Jesus, o próprio Pão da Vida, quem pede de comer. Como é imensa a sua fome! Sua pergunta nos deixa desarmados, porque ela desmancha a imagem que fazíamos de Deus, um Ser onipotente, que a si mesmo se basta. E eis que ele se mostra faminto, à espera de que o vamos alimentar...

- Vocês têm para mim um bico de pão? Um pedaço de peixe? Ainda existe um você alguma coisa que possa me alimentar?

Quando os pescadores chegam à margem, ali encontram um fogo aceso. As brasas estavam preparadas. E Trévedy recorda que fora junto a outro braseiro que Simão Pedro havia negado o seu Mestre (cf. Lc 22,55). E será junto a esse braseiro na praia que Pedro fará sua definitiva confissão de amor: “Senhor, tu sabes que te amo!”

Um Deus que tem fome. Tem sede (cf. Jo 19,28). Santa Teresa de Lisieux ficou impressionada com a sede de Cristo: “Ao dizer-me ‘dê-me de beber’, o Criador do universo estava pedindo o amor da sua pobre criatura. Tinha sede de amor”.

“Orai sem cessar:”: “Mostra-me, Senhor, os teus caminhos!”
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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