Liturgia de 16 de agosto de 2020

DOMINGO – ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

(branco, glória, creio, pref. próprio – ofício da solenidade)

Antífona da entrada

 

- Grande sinal apareceu no céu: uma mulher que tem o sol por manto, a lua sob os pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça (Ap 12,1).

 

Oração do dia

 

- Deus eterno e todo-poderoso, que elevastes à glória do céu, em corpo e alma, a imaculada Virgem Maria, mãe de vosso Filho, dai-nos viver atentos às coisas do alto, afim de participarmos da sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Ap 11,19a; 12,1.3-6a.10ab

 

- Leitura do livro do Apocalipse de são João: 19aAbriu-se o templo de Deus que está no céu e apareceu no templo a Arca da Aliança. 12,1Então apareceu no céu um grande sinal: uma Mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas. 3Então apareceu outro sinal no céu: um grande Dragão, cor de fogo. Tinha sete cabeças e dez chifres e, sobre as cabeças, sete coroas. 4Com a cauda, varria a terça parte das estrelas do céu, atirando-as sobre a terra. O Dragão parou diante da Mulher, que estava para dar à luz, pronto para devorar o seu Filho, logo que nascesse. 5E ela deu à luz um filho homem, que veio para governar todas as nações com cetro de ferro. Mas o Filho foi levado para junto de Deus e do seu trono. 6aA mulher fugiu para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um lugar.  10abOuvi então uma voz forte no céu, proclamando: “Agora realizou-se a salvação, a força e a realeza do nosso Deus, e o poder do seu Cristo”.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 45,10bc.11.12ab.16 (R: 10b)

 

- À vossa direita se encontra a rainha, com veste esplendente de ouro de Ofir.
R: À vossa direita se encontra a rainha, com veste esplendente de ouro de                Ofir.      


- As filhas de reis vêm ao vosso encontro, e à vossa direita se encontra a rainha com veste esplendente de ouro de Ofir.

R: À vossa direita se encontra a rainha, com veste esplendente de ouro de Ofir.


- Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: “Esquecei vosso povo e a casa paterna! Que o Rei se encante com vossa beleza! Prestai-lhe homenagem: é vosso Senhor!

R: À vossa direita se encontra a rainha, com veste esplendente de ouro de Ofir.


- Entre cantos de festa e com grande alegria, ingressam, então, no palácio real”.

R: À vossa direita se encontra a rainha, com veste esplendente de ouro de Ofir.

 

2ª Leitura: 1Cor 15,20-27a

 

- Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios: Irmãos: 20Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram. 21Com efeito, por um homem veio a morte e é também por um homem que vem a ressurreição dos mortos. 22Como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos reviverão. 23Porém, cada qual segundo uma ordem determinada: Em primeiro lugar, Cristo, como primícias; depois, os que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda. 24A seguir, será o fim, quando ele entregar a realeza a Deus-Pai, depois de destruir todo principado e todo poder e força. 25Pois é preciso que ele reine até que todos os seus inimigos estejam debaixo de seus pés. 26O último inimigo a ser destruído é a morte. 27aCom efeito, “Deus pôs tudo debaixo de seus pés”.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- Maria é elevada ao céu, alegrem-se os coros dos anjos.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 1,39-56

 

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

- Glória a vós, Senhor!   

 

- Naqueles dias, 39Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. 40Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. 41Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42Com um grande grito, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! 43Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? 44Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. 45Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”.  46Então Maria disse: “A minha alma engrandece o Senhor, 47e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, 48porque olhou para a humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, 49porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo, 50e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o respeitam. 51Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os soberbos de coração. 52Derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes. 53Encheu de bens os famintos, e despediu os ricos de mãos vazias. 54Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, 55conforme prometera aos nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre”. 56Maria ficou três meses com Isabel; depois voltou para casa.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

 

 

 

 

Liturgia comentada

Conforme prometera... (Lc 1,39-56)

Em seu cântico de louvor e ação de graças – o “Magnificat” – a Virgem Maria realça a fidelidade de Deus manifestada na história dos homens: o Menino que ia nascer, e que já começava a ser formado em seu ventre imaculado, primeiro sacrário da História, era o cumprimento das antigas promessas do Senhor a seu povo.

A promessa de enviar um “descendente” da Mulher (cf. Gn 3,15) que pisaria a cabeça da serpente. A promessa de conceder uma “descendência” a Davi (cf. 2Sm 7,12). A promessa de um filho-Deus conosco, isto é, enxertado na carne dos humanos (cf. Is 7,14). A promessa do poderoso Governante para Israel, que deveria nascer na humilde e pequena Bethleem Efrata (cf. Mq 5,1ss).

Com a Nova Aliança, desde a o momento da Anunciação, saltamos do tempo das promessas para seu cumprimento na “plenitude dos tempos”. Tudo o que foi dito e prometido aos patriarcas e profetas, tudo o que foi tipificado em Abel (o inocente sacrificado), em Isaac (o filho como oferenda), em José (o irmão entregue por moedas), no Servo sofredor de Isaías (cujas chagas nos salvam) – tudo isto se cumpre na Pessoa de Jesus, o Filho de Deus, o Filho de Maria.

Referindo-se ao dom do Espírito Santo, que Deus prometera desde a Primeira Aliança, promessa que Jesus renovara mais de uma vez, o Apóstolo Pedro afirma em seu primeiro sermão logo após Pentecostes: “Pois a promessa é para vós, para os vossos filhos e para todos os que ouvirem de longe o apelo do Senhor, nosso Deus.” (At 2, 39.)

Desde a manhã de Pentecostes, os apóstolos sabiam que eram testemunhas da fidelidade de Deus, do cumprimento das antigas promessas, de uma inundação da misericórdia divina. Foram capazes, então, de reler o Antigo Testamento à luz dos fatos novos que estavam vivendo, conforme no-lo demonstra a leitura alegórica dos Padres da Igreja que chegou até nós.

A Virgem Maria, ao cantar o “Magnificat”, é a Filha de Sião que guardara no coração as antigas promessas. Em outros termos, Maria resume em sua pessoa todo o povo de Israel, a quem Deus fizera as promessas de salvação a serem cumpridas nos tempos do Messias.

Em nossa vida, temos assumido as promessas de Deus para seu povo? Nossa vida permite que Deus cumpra suas promessas de salvação?

Orai sem cessar: “Cantarei eternamente as bondades do Senhor!” (Sl 89,2)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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