Liturgia de 17 de abril de 2021

SABADO - II SEMANA DA PÁCOA
(branco, ofício DO DIA)

 

Antífona da entrada

 

- Povo resgatado por Deus, proclamai suas maravilhas; ele vos chamou das trevas à sua luz admirável, aleluia!  (1 Pd 2,9).

Oração do dia

 

- Ó Deus, por quem fomos remidos e adotados como filhos, velai sobre nós em vosso amor de Pai e concedei aos que crêem no Cristo a liberdade verdadeira e a herança eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: At 6,1-7

 

- Leitura dos Atos dos Apóstolos: 1Naqueles dias, o número dos discípulos tinha aumentado, e os fiéis de origem grega começaram a queixar-se dos fiéis de origem hebraica. Os de origem grega diziam que suas viúvas eram deixadas de lado no atendimento diário. 2Então os Doze Apóstolos reuniram a multidão dos discípulos e disseram: “Não está certo que nós deixemos a pregação da Palavra de Deus para servir às mesas. 3Irmãos, é melhor que escolhais entre vós sete homens de boa fama, repletos do Espírito e de sabedoria, e nós os encarrega-remos dessa tarefa. 4Desse modo nós poderemos dedicar-nos inteiramente à oração e ao serviço da Palavra”. 5A proposta agradou a toda a multidão. Então escolheram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo; e também Filipe, Prócoro, Nicanor, Timon, Pármenas e Nicolau de Antioquia, um pagão que seguia a religião dos judeus. 6Eles foram apresentados aos apóstolos, que oraram e impuseram as mãos sobre eles. 7Entretanto, a Palavra do Senhor se espalhava. O número dos discípulos crescia muito em Jerusalém, e grande multidão de sacerdotes judeus aceitava a fé.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 33,1-2.4-5.18-19 (R: 22)

 

- Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos!
R: Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos!


- Ó justos, alegrai-vos no Senhor! Aos retos fica bem glorificá-lo. Dai graças ao Senhor ao som da harpa, na lira de dez cordas celebrai-o!

R: Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos!


- Pois reta é a palavra do Senhor, e tudo o que ele faz merece fé. Deus ama o direito e a justiça, transborda em toda a terra a sua graça.

R: Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos!


- O Senhor pousa o olhar sobre os que o temem, e que confiam esperando em seu amor, para da morte libertar as suas vidas e alimentá-los quando é tempo de penúria.

R: Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

- Ressurgiu Cristo, ó Senhor, que criou tudo; ele teve compaixão da humanidade.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 6,16-21

 

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João

- Glória a vós, Senhor!  

 

- 16Ao cair da tarde, os discípulos desceram ao mar. 17Entraram na barca e foram em direção a Cafarnaum, do outro lado do mar. Já estava escuro, e Jesus ainda não tinha vindo ao encontro deles. 18Soprava um vento forte e o mar estava agitado. 19Os discípulos tinham remado mais ou menos cinco quilômetros, quando enxergaram Jesus, andando sobre as águas e aproximando-se da barca. E ficaram com medo. 20Mas Jesus disse: “Sou eu. Não tenhais medo”. 21Quiseram, então, recolher Jesus na barca, mas imediatamente a barca chegou à margem para onde estavam indo.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

 

 

Liturgia comentada

Sou eu. Não tenham medo! (Jo 6,16-21)

O discípulo amado escreveu: “No amor não há temor. Antes, o perfeito amor lança fora o temor, porque o temor envolve castigo, e quem teme não é perfeito no amor”. (1Jo 4,18.) Tendo experimentado a presença amorosa de Jesus, João libertou-se do medo; agora, sim, pode dedicar-se ousadamente à sua missão, que envolverá o extremo martírio.

O medo paralisa. Imobiliza nossos passos. Retém nossos braços. Cala nossa boca. É bem verdade que o cenário “ajudava”: noite fechada, a tempestade uivante, as águas revoltas do lago. Quando Jesus se aproxima, caminhando sobre as águas, os discípulos o confundem com um fantasma. São Mateus registra que eles soltavam gritos de terror. (Mt 14,26.)

Bem, pode acontecer conosco. Podemos ter medo de Deus. Medo de sua presença, de sua “entrada” em nossa vida. Medo de sua Lei. Medo de suas propostas, seu chamados. Medo de ter prejuízos por causa dele. Medo de abrir mão do controle de nosso tempo. Medo de ter de abrir mão de nossas canoas furadas para subir em sua barca... Medos que só acabarão com a experiência de que somos amados...

Para você, que sente medo, dedico este meu soneto “Na tenda”:

 

Esconde-me do mal, Senhor, na palma

Da tua mão direita sempre aberta

A me acolher na hora mais incerta,

Devolvendo o sossego a minha alma!

 

            

Quando o teu braço poderoso espalma

A destra paternal, tudo se acerta:

Vai-se a angústia mortal que a mente aperta

E a tempestade abrupta já se acalma...

  

 

Se a dor me vem moer em sua moenda,

Eu corro para o abrigo de tua tenda

E, ali, repouso em paz, sereno e manso...

 

  

Pode rugir o inferno em fogo e lava,

Pois quanto mais o estrépito se agrava,

À sombra de tuas asas eu descanso!

 

  

Orai sem cessar: “Salva-nos, Senhor, que perecemos!” (Mt 8,25)

Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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