LITURGIA DE 31 DE JULHO DE 2017

SEGUNDA FEIRA – SANTO INÁCIO DE LOIOLA – PRESBÍTERO E FUNDADOR
(cor branco, pref. comum ou dos pastores - ofício da memória)

Antífona da entrada

- Ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e nos abismos; e toda língua proclame, para a glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor, (Fl 2,10).

Oração do dia

- Ó Deus, que suscitastes em vossa Igreja santo Inácio de Loiola para propagar a maior glória do vosso nome, fazei que, auxiliados por ele, imitemos seu combate na terra, para partilharmos no céu sua vitória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Ex 32, 15-24.30-34

- Leitura do livro do Êxodo – Naqueles dias: 15Moisés voltou do cume da montanha, trazendo nas mãos as duas tábuas da aliança, que estavam escritas de ambos os lados. 16Elas eram obra de Deus e a escritura nelas gravada era a escritura mesma de Deus. 17Josué, ouvindo o tumulto do povo que gritava, disse a Moisés: 'Há gritos de guerra no acampamento!'. 18Moisés respondeu: 'Não são gritos de vitória, nem gritos de derrota; o que ouço são vozes de gente que canta'. 19Quando chegou perto do acampamento, e viu o bezerro e as danças, Moisés encheu-se de ira e arremessou por terra as tábuas, quebrando-as no sopé da montanha. 20Em seguida, apoderou-se do bezerro que haviam feito, queimou-o e triturou-o, até reduzi-lo a pó. Depois, espalhou o pó na água, e fez os filhos de Israel beberem dela. 21Moisés disse a Aarão: 'Que te fez este povo, para atraíres sobre ele tão grande pecado?' 22Aarão respondeu: 'Não se indigne o meu Senhor. Tu bem sabes que este povo é inclinado ao mal. 23Eles me disseram: 'Faze-nos deuses que caminhem à nossa frente, pois quanto àquele Moisés, que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu'. 24Eu, então, lhes disse: 'Quem de vós tem ouro?' Eles trouxeram ouro e me entregaram, e eu lancei-o no fogo e saiu este bezerro'. 30No dia seguinte, Moisés disse ao povo: 'Vós cometestes um grandíssimo pecado. Mas vou subir ao Senhor para ver se de algum modo poderei obter perdão para o vosso delito'. 31Moisés voltou para junto do Senhor, e disse: 'Ah! este povo cometeu um grandíssimo pecado: fizeram para si deuses de ouro. 32Peço-te que lhe perdoes esta culpa, senão, risca-me do livro que escreveste'. 33O Senhor respondeu a Moisés: 'É aquele que pecou contra mim que eu riscarei do meu livro. 34E agora vai, e conduze este povo para onde eu te disse. O meu anjo irá à tua frente; mas, quando chegar o dia do castigo, eu os punirei por este seu pecado'. 

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 106, 19-20.21-22.23 (R: 1a)

- Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!
R: Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!

- Construíram um bezerro no Horeb e adoraram uma estátua de metal;  eles trocaram o seu Deus, que é sua glória, pela imagem de um boi que come feno.
R: Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!

- Esqueceram-se do Deus que os salvara, que fizera maravilhas no Egito; no país de Cam fez tantas obras admiráveis, no Mar Vermelho, tantas coisas assombrosas.
R: Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!

- Até pensava em acabar com sua raça, não se tivesse Moisés, o seu eleito, interposto, intercedendo junto a ele, para impedir que sua ira os destruísse.
R: Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!

Aclamação ao santo Evangelho.

Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.

 - Deus nos gerou pela palavra da verdade como primícias de suas criaturas.

Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 13, 31-35

- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
- Glória a vós, Senhor!

- Naquele tempo, 31Jesus contou-lhes outra parábola: 'O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo. 32Embora ela seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior do que as outras plantas. E torna-se uma árvore, de modo que os pássaros vêm e fazem ninhos em seus ramos.' 33Jesus contou-lhes ainda uma outra parábola: 'O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado.' 34Tudo isso Jesus falava em parábolas às multidões. Nada lhes falava sem usar parábolas, 35para se cumprir o que foi dito pelo profeta: 'Abrirei a boca para falar em parábolas; vou proclamar coisas escondidas desde a criação do mundo'. 

- Palavra da salvação.
- Glória a vós, Senhor!


Liturgia comentada
Como o fermento... (Mt 13,31-35)

Na sua infância, o menino terá observado muitas vezes o trabalho diário de Maria de Nazaré. Entre outros, amassar o pão. Teria o olhar do filho percebido a desproporção entre três medidas de farinha e pouco mais que uma pitada de fermento? A massa “dormia” durante a noite e, ao amanhecer, tinha fermentado e crescido. Que força era aquela, oculta, mas eficaz?

O menino cresceu. Tem a missão de anunciar o Reino de Deus aos homens. Como fazer para que eles percebam o mistério da ação de Deus nas singularidades de cada dia?

O menino crescido vai recorrer a várias imagens: a rede que traz os peixes do profundo das águas; a semente que germina no fundo da terra; a pérola escondida n seio das conchas marinhas. Em todas elas, uma constante: não percebemos o processo, só vemos as duas pontas: o início e o fim.

Desta vez, a imagem utilizada pelo Mestre é aquele fermento que sua Mãe misturava à farinha, pensando no pão para José, o artesão. Uma pequena porção, é verdade, mas portadora de notável dinamismo interior. Pequena, mas transformadora...

São João Crisóstomo falou sobre o tema: “Mesmo desaparecendo na massa, o fermento não perde sua força; ao contrário, ela a comunica pouco a pouco. A mesma coisa ocorrerá com a pregação evangélica. Por conseguinte, diz Jesus, se eu predisse a vocês numerosas provações, não se assustem com isso, pois é dessa maneira que brilhará vosso poder e ireis triunfar”.

De onde vem a força transformadora do Evangelho? O mesmo Doutor da Igreja responde: “É Cristo quem dá ao fermento o seu poder: ele mistura à multidão aqueles que nele têm fé, para que comuniquemos uns aos outros os nossos conhecimentos. Assim, não o reprovemos pelo pequeno número de seus discípulos, pois a força da pregação é grande. E quando a massa fermentou, ela não demora, por sua vez, a também tornar-se fermento”.

Ora, Jesus Cristo começou apenas com Doze. A massa tornou-se multidão em todo o planeta. “A fagulha transforma em braseiro os pedaços de lenha sobre os quais ela caiu. Estes gravetos comunicam a chama a outros; o mesmo ocorre com a pregação do Evangelho. O Senhor, porém, não fala de fogo, mas de fermento. Por quê? É que o fogo não faz tudo, também a madeira faz uma parte do trabalho! Aqui, ao contrário, o fermento faz tudo sozinho...”

Orai sem cessar: “Saciarei de pão os seus pobres!” (Sl 132,15)
Texto e soneto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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