Liturgia de 04 de agosto de 2017

SEXTA FEIRA – SÃO JOÃO MARIA VIANNEY – PRESBÍTERO E CONFESSOR
(Branco, pref. comum ou dos pastores – ofício da memória)

Antífona da entrada

- Eu vos darei pastores segundo o meu coração, que vos conduzam com inteligência e sabedoria (Jr 3,15).

Oração do dia

- Deus de poder e misericórdia, que tornastes São João Maria Vianney um pároco admirável por sua solicitude pastoral, dai-nos, por sua intercessão e exemplo, conquistar no amor de Cristo os irmãos e irmãs para vós e alcançar com eles a glória eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Lv 23,1.4-11.15-16.27.34-37

- 1O Senhor falou a Moisés, dizendo: 4“São estas as solenidades do Senhor em que convocareis santas assembleias no devido tempo: 5No dia catorze do primeiro mês, ao entardecer, é a Páscoa do Senhor. 6No dia quinze do mesmo mês é a festa dos Ázimos, em honra do Senhor. Durante sete dias comereis pães ázimos. 7No primeiro dia tereis uma santa assembleia, não fareis nenhum trabalho servil; 8oferecereis ao Senhor sacrifícios pelo fogo durante sete dias. No sétimo dia haverá uma santa assembleia e não fareis também nenhum trabalho servil”. 9O Senhor falou a Moisés, dizendo: 10“Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando tiverdes entrado na terra que vos darei, e tiverdes feito a colheita, levareis ao sacerdote um feixe de espigas como primeiros frutos da vossa colheita. 11O sacerdote elevará este feixe de espigas diante do Senhor, para que ele vos seja favorável: e fará isto no dia seguinte ao sábado. 15A partir do dia seguinte ao sábado, desde o dia em que tiverdes trazido o feixe de espigas para ser apresentado, contareis sete semanas completas. 16Contareis cinquenta dias até ao dia seguinte ao sétimo sábado, e apresentareis ao Senhor uma nova oferta. 27O décimo dia do sétimo mês é o dia da Expiação. Nele tereis uma santa assembleia, jejuareis e oferecereis ao Senhor um sacrifício pelo fogo. 34bNo dia quinze deste sétimo mês, começa a festa das Tendas, que dura sete dias, em honra do Senhor. 35No primeiro dia haverá uma santa assembleia e não fareis nenhum trabalho servil. 36Durante sete dias oferecereis ao Senhor sacrifícios pelo fogo. No oitavo dia tereis uma santa assembleia, e oferecereis ao Senhor um sacrifício pelo fogo. É dia de reunião festiva: não fareis nenhum trabalho servil. 37Estas são as solenidades do Senhor, nas quais convocareis santas assembleias para oferecer ao Senhor sacrifícios pelo fogo, holo¬caus¬tos e oblações, vítimas e libações, cada qual no dia prescrito.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 81,3-4.5-6ab.10-11ab (R:2a)

- Exultai no Senhor, nossa força.
R: Exultai no Senhor, nossa força.

- Cantai salmos, tocai tamborim, harpa e lira suaves tocai! Na lua nova tocai a trombeta, na lua cheia, na festa solene!
R: Exultai no Senhor, nossa força.

- Porque isto é costume em Jacó, um preceito do Deus de Israel; uma lei que foi dada a José, quando o povo saiu do Egito.
R: Exultai no Senhor, nossa força.

- Em teu meio não exista um deus estranho nem adores a um deus desconhecido! Porque eu sou o teu Deus e teu Senhor, que da terra do Egito te arranquei.
R: Exultai no Senhor, nossa força.

Aclamação ao santo Evangelho

Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.

- A palavra do Senhor permanece eternamente, e esta é a palavra que vos foi anunciada (1Pd 1,25).

Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 13,54-58

- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus
- Glória a vós, Senhor!

- Naquele tempo, 54dirigindo-se para a sua terra, Jesus ensinava na sinagoga, de modo que ficavam admirados. E diziam: “De onde lhe vem essa sabedoria e esses milagres? 55Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? 56E suas irmãs não moram conosco? Então, de onde lhe vem tudo isso?” 57E ficaram escandalizados por causa dele. Jesus, porém, disse: “Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família!” 58E Jesus não fez ali muitos milagres, porque eles não tinham fé.

- Palavra da salvação.
- Glória a vós, Senhor!

 

Liturgia comentada
O filho do carpinteiro... (Mt 13,54-58)

A “descoberta” de Jesus Cristo continua sendo um mistério insondável. Ao longo da história - desde Saulo de Tarso, passando por Agostinho de Hipona e Iñigo de Loyola, Ratisbonne e Charles de Foucauld -, muitos testemunharam o encontro com Jesus Cristo, homem e Deus, Filho de Deus, nascido de mulher. E esse encontro virou de cabeça para baixo a vida de quem o encontrava.

Misteriosamente, porém, numerosa multidão passou ao lado de Cristo e não o reconheceu. Cegados por interesses e ideologias, viram em Jesus só um sábio judeu, um agitador político, o filho do carpinteiro. Esta constatação deve levar-nos à mais profunda gratidão pelo dom da fé. Afinal de contas, não foi por nossa esperteza ou pela inteligência superior que a fé brotou em nossos corações: é puro dom. Pura graça! Sinal do amor de Deus por nós, manifestado através da herança dos pais, das tradições nacionais, da presença da Igreja. Sem estas oportunidades, como chegaríamos a crer?

Lembro a conversa telefônica com um amigo, pai de três ex-alunos meus. Após anos sem contato, ele dizia: “Eu continuo o mesmo que você conheceu: não creio em nada...” Naquele momento, cresceu em mim a compreensão do grande presente que recebemos com o dom da fé! Crer não tem preço...

Os contemporâneos de Jesus se acotovelavam com o Verbo de Deus encarnado, mas poucos o identificaram. Raros os que chegaram ao ato de fé. Os vizinhos de Nazaré se fixaram na imagem do filho de José, o artesão. E não devemos culpá-los facilmente, pois viram o garoto Jesus buscando água na fonte, firmando a peça que José serrava, correndo com os moleques da aldeia. Humano demais... comum demais...

Não sem motivo, os judeus pediam “sinais”. O Messias esperado devia ser alguém fora do comum. Acostumados com um passado de grandes milagres – o Mar Vermelho partido em dois, maná caindo do céu por 40 anos no deserto, as muralhas de Jericó detonadas a golpes de... trombetas! – o povo de Israel não percebeu Jesus como o Prometido de Adonai. Por isso não o reconheceram...

Hoje, é nossa vez. Esta é a oportunidade que temos para identificar Jesus Cristo como o Filho de Deus que se encarnou e, amorosamente, entregou a vida para nos salvar da morte eterna. Pilatos chegou perto. Até perguntou: “Então, tu és rei?” (Jo 18,37) Mas cedeu a outros interesses e não acolheu a Verdade. Qual será nossa escolha?

Orai sem cessar: “Tu és o Cristo, Filho do Deus vivo!” (Mt 16,16)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it.