Liturgia de 26 de julho de 2023

QUARTA FEIRA – SAO JOAQUIM E SANTA ANA – PAIS DE MARIA SANTÍSSIMA

(branco, pref. comum ou dos santos - ofício da memória)

 

Antífona da entrada 

- Festejamos santa Ana e são Joaquim, pais da Virgem Maria: Deus lhes concedeu a bênção prometida a todos os povos.

 

Oração do dia

- Senhor, Deus de nossos pais, que concedestes a são Joaquim e santa Ana a graça de darem a vida à mãe do vosso Filho, Jesus, fazei que, pela intercessão de ambos, alcancemos a salvação prometida a vosso povo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Eclo: 44,1.10-15 

- Leitura do livro do Eclesiástico: 1Vamos fazer o elogio dos homens famosos, nossos antepassados através das gerações. 10Estes, são homens de misericórdia; seus gestos de bondade não serão esquecidos. 11Eles permanecem com seus descendentes; seus próprios netos são sua melhor herança. 12A descendência deles mantém-se fiel às alianças, 13e, graças a eles, também os seus filhos. Sua descendência permanece para sempre, e sua glória jamais se apagará. 14Seus corpos serão sepultados na paz e seu nome dura através das gerações. 15Os povos proclamarão a sua sabedoria, e a assembleia vai celebrar o seu louvor.

 

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 132,11.13-14.17-18 (R: Lc 1,32a)

 

- O Senhor vai dar-lhe o trono de seu pai, Davi.
R: O Senhor vai dar-lhe o trono de seu pai, o rei David.


- O Senhor fez a Davi um juramento, uma promessa que jamais renegará: “um herdeiro que é fruto do teu ventre colocarei sobre o trono em teu lugar!”

R: O Senhor vai dar-lhe o trono de seu pai, o rei Davi.


- Pois o Senhor quis para si Jerusalém e a desejou para que fosse sua morada: “Eis o lugar do meu repouso para sempre, eu fico aqui: este é o lugar que preferi!”

R: O Senhor vai dar-lhe o trono de seu pai, o rei Davi.


- “De Davi farei brotar um forte herdeiro, acenderei ao meu ungido uma lâmpada. Cobrirei de confusão seus inimigos, mas sobre ele brilhará minha coroa!”

R: O Senhor vai dar-lhe o trono de seu pai, o rei Davi.



Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- Esperavam estes pais a redenção de Israel, e o Espírito do Senhor estava sobre eles (Lc 2,25).

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 13,16-17

 

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

- Glória a vós, Senhor!   

 

- Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 16“Bem-aventurados sois vós, porque vossos olhos veem e vossos ouvidos ouvem. 17Em verdade vos digo, muitos profetas e justos desejavam ver o que vedes, e não viram, desejavam ouvir o que ouvis, e não ouviram”.

 

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!   

 

  

Liturgia comentada

Os vossos olhos... (Mt 13,16-17)

Na Primeira Aliança, Deus se dirige exclusivamente aos ouvidos do povo escolhido: Shemá, Israel! Escuta, Israel! Nesses tempos veterotestamentários, Deus ainda não possuía uma Face humana e, inteiramente transcendente, fora do alcance dos olhares humanos, não podia ser visto.

 

Pois é exatamente por sua surdez que Israel merece as reprimendas do Senhor Yahweh: “O boi entende o seu proprietário, o burro conhece o cocho de seu dono, só Israel não tem conhecimento, só o meu povo não entende!” (Is 1,3) E se chegam a escutar, não põem em prática aquilo que ouvem (cf. Ez 33,31b). Um dos sinais dos futuros tempos messiânicos seria a abertura dos ouvidos: os surdos ouvirão (Is 35,5).

 

Já na Segunda Aliança, com a vinda do Verbo encarnado na plenitude dos tempos (cf. Gl 4,4), presenciamos uma notável reviravolta: Deus se oferece visivelmente aos olhos humanos: “Esse que vimos com os nossos olhos” – dirá o apóstolo João (cf. (1Jo 1,1). E se no Antigo Testamento está registrado o contraste Voz (divina) x surdez (humana), agora, no Novo Testamento vemos a oposição Luz (divina) x cegueira (humana).

 

Na cura do cego de nascença (Jo 9), Jesus se revela como “luz do mundo”. E acrescenta: “Eu vim a este mundo para um julgamento, a fim de que os que não veem vejam, e os que veem se tornem cegos” (Jo 9,39). Diante disso, os adversários que se recusavam a reconhecer a cura do cego, perguntam a Jesus: “Porventura também nós somos cegos?”

 

Sim, aqueles fariseus estavam cegos diante da luz que lhes fora oferecida. Já os discípulos recebem a revelação de que estavam vendo aquilo que os profetas antigos tanto desejaram ver, mas não lhes fora dada a oportunidade: a presença do messias ao alcance de seus sentidos materiais. Por isso, a bem-aventurança de que eles são alvo: “Felizes os vossos olhos, porque veem, e vossos ouvidos, porque ouvem!”

 

Ao entrar no túmulo de Jesus, após a ressurreição, o discípulo “viu e creu” (Jo 20,8). Para os dois discípulos de Emaús, até então cegados pela decepção, diante do gesto eucarístico de Jesus, “os seus olhos se abriram e eles o reconheceram” (Lc 24,31).

 

Após Pentecostes, os discípulos darão testemunho daquilo que seus olhos viram. “Não podemos deixar de falar daquilo que vimos e ouvimos” (At 4,20).

 

Orai sem cessar: “Senhor, que nossos olhos se abram!” (Mt 20,33)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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