SEXTA FEIRA – XXI SEMANA DO TEMPO COMUM
(verde – ofício do dia)
Antífona da entrada
- Inclinai, Senhor, o vosso ouvido e escutai-me; salvai, meu Deus, o servo que confia em vós. Tende compaixão de mim, clamo por vós o dia inteiro (Sl 85,1).
Oração do dia
- Deus que unis os corações dos vossos fieis num só desejo, dai ao vosso povo amar o que ordenais e esperar o que prometeis para que, na instabilidade deste mundo, fixemos os nossos corações onde encontram as verdadeiras alegrias. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: 1Ts 4,1-8
- Leitura da primeira carta de são Paulo aos Tessalonicenses: 1Meus irmãos, eis o que vos pedimos e exortamos no Senhor Jesus: aprendestes de nós como deveis viver para agradar a Deus, e já estais vivendo assim. Fazei progressos ainda maiores! 2Conheceis, de fato, as instruções que temos dado em nome do Senhor Jesus. 3Esta é a vontade de Deus: vivei na santidade, afastai-vos da impureza; 4cada um saiba tratar o seu parceiro conjugal com santidade e respeito, 5sem se deixar levar pelas paixões, como fazem os pagãos que não conhecem a Deus. 6Que ninguém, nessa matéria, prejudique ou engane seu irmão, porque o Senhor se vinga de tudo, como já vos dissemos e comprovamos. 7Deus não nos chamou à impureza, mas à santidade. 8Portanto, desprezar estes preceitos não é desprezar um homem e sim, a Deus, que nos deu o Espírito Santo.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 97,1.2b.5-6.10.11-12 (R: 12a)
- Ó justos, alegrai-vos no Senhor!
R: Ó justos, alegrai-vos no Senhor!
- Deus é Rei! Exulte a terra de alegria, e as ilhas numerosas rejubilem! Treva e nuvem o rodeiam no seu trono, que se apóia na justiça e no direito.
R: Ó justos, alegrai-vos no Senhor!
- As montanhas se derretem como cera ante a face do Senhor de toda a terra; e assim proclama o céu sua justiça, todos os povos podem ver a sua glória.
R: Ó justos, alegrai-vos no Senhor!
- O Senhor ama os que detestam a maldade, ele protege seus fiéis e suas vidas, e da mão dos pecadores os liberta.
R: Ó justos, alegrai-vos no Senhor!
- Uma luz já se levanta para os justos, e a alegria, para os retos corações. Homens justos alegrai-vos no Senhor, celebrai e bendizei seu santo nome!
R: Ó justos, alegrai-vos no Senhor!
Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
- Vigiai e orai para ficardes de pé ante o filho do homem! (Lc 21,36).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 25,1-13
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus
- Glória a vós, Senhor!
- Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos esta parábola: 1 ”O Reino dos Céus é como a história das dez jovens que pegaram suas lâmpadas de óleo e saíram ao encontro do noivo. 2Cinco delas eram imprevidentes, e as outras cinco eram previdentes. 3As imprevidentes pegaram as suas lâmpadas, mas não levaram óleo consigo. 4As previdentes, porém, levaram vasilhas com óleo junto com as lâmpadas. 5O noivo estava demorando e todas elas acabaram cochilando e dormindo. 6No meio da noite, ouviu-se um grito: ‘O noivo está chegando. Ide ao seu encontro!’ 7Então as dez jovens se levantaram e prepararam as lâmpadas. 8As imprevidentes disseram às previdentes: ‘Dai-nos um pouco de óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando’. 9As previdentes responderam: ‘De modo nenhum, porque o óleo pode ser insuficiente para nós e para vós. É melhor irdes comprar aos vendedores’. 10Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou, e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa de casamento. E a porta se fechou. 11Por fim, chegaram também as outras jovens e disseram: ‘Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!’ l2Ele, porém, respondeu: ‘Em verdade eu vos digo: Não vos conheço!’ 13Portanto, ficai vigiando, pois não sabeis qual será o dia, nem a hora”.
- Palavra da salvação.
- Glória a vós, Senhor!
Liturgia comentada
Não sabeis... (Mt 25,1-13)
De uma coisa nós todos sabemos: morreremos um dia. Mas há algo que, de fato, não sabemos: quando isto acontecerá. Até que venha esse dia, temos tempo. Um tempo indeterminado, diferente de pessoa para pessoa, pois uns morrem no parto, outros na infância, muitos na juventude e na idade madura. Se o tal dia demorar, morreremos na velhice, mas ninguém escapa desse fim natural...
O tempo que temos é uma espécie de investimento que Deus fez em nós: devemos fazê-lo render em gestos de amor, servindo os irmãos e trabalhando na construção do Reino de Deus. Exatamente por saber que o tempo é finito, cresce nossa responsabilidade em vivê-lo bem. Se o passamos distraidamente, alheios à nossa missão, ou o empregamos mal, prejudicando nossos companheiros de caminhada, seremos cobrados por isso.
Nesta parábola do Evangelho, Jesus recria uma festa de casamento – mais uma alusão à vida de comunhão com Deus -, quando dez virgens esperam pela hora de acompanhar o noivo em seu cortejo nupcial. Cinco se distraem e levam suas lamparinas com pouco azeite. São loucas, imprudentes. Outras cinco são prudentes e sábias, pois levam azeite de reserva para uma longa espera na noite.
Toda a parábola poderia ser resumida em uma única palavra: vigilância! Não se distrair com nada, mas centrar-se no essencial, mantendo as lâmpadas acesas. A qualquer momento – e ninguém o pode prever! – ouvir-se-á o brado na escuridão: “O noivo está chegando!” Quem estiver preparado, entrará para o banquete...
O cristão crê na vida eterna, isto é, recebeu uma revelação a respeito da vida que se prolonga além da morte, infinitamente. Finda nossa experiência histórica (e não existe segunda época! Cf. Hb 9,27), mergulhamos na eternidade. Nas palavras da Liturgia, vita mutatur, non tollitur: a vida é transformada, não é tirada. Quem optou pela vida, no amor e no bem, terá uma eternidade em Deus. Quem fez a opção contrária, passará uma eternidade sem Deus. A estas duas situações, chamamos de céu e inferno.
Nada nos permite ignorar que já começamos, aqui no tempo, a preparar a nossa eternidade.
Orai sem cessar: “Vou manter-me no meu posto de guarda, estarei de pé no baluarte!” (Hab 2,1)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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