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Liturgia de 17 de maio de 2018

QUINTA FEIRA DA VII SEMANA DA PÁSCOA
branco, pref. da Ascensção - ofício do dia)

 

Antífona da entrada

- Aproximemo-nos confiantes do trono da graça, a fim de conseguirmos misericórdia e encontrarmos auxilio em tempo oportuno, aleluia! (Hb 4,16)

Oração do dia

- Nós vos pedimos, ó Deus, que o vosso Espírito nos transforme com a força dos seus dons, dando-nos um coração capaz de agradar-vos e de aceitar a vossa vontade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

          

1ª Leitura: At 22, 30.23; 23, 6-11


- Leitura dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, 30querendo saber com certeza por que Paulo estava sendo acusado pelos judeus, o tribuno soltou-o e mandou reunir os chefes dos sacerdotes e todo o conselho dos anciãos. Depois fez trazer Paulo e colocou-o diante deles. 23,6Sabendo que uma parte dos presentes eram saduceus e a outra parte eram fariseus, Paulo exclamou no conselho dos anciãos: “Irmãos, eu sou fariseu e filho de fariseus. Estou sendo julgado por causa da nossa esperança na ressurreição dos mortos”. 7Apenas falou isso, armou-se um conflito entre fariseus e saduceus, e a assembleia se dividiu. 8Com efeito, os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito, enquanto os fariseus sustentam uma coisa e outra. 9Houve, então, uma enorme gritaria. Alguns doutores da Lei, do partido dos fariseus, levantaram-se e começaram a protestar, dizendo: “Não encontramos nenhum mal neste homem. E se um espírito ou anjo tivesse falado com ele? ” 10E o conflito crescia cada vez mais. Receando que Paulo fosse despedaçado por eles, o comandante ordenou que os soldados descessem e o tirassem do meio deles, levando-o de novo para o quartel. 11Na noite seguinte, o Senhor aproximou-se de Paulo e lhe disse: “Tem confiança. Assim como tu deste testemunho de mim em Jerusalém, é preciso que tu sejas também minha testemunha em Roma”.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 16, 1-2a. 5,7-8.9-10.11 (R: 1)

- Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

 

- Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! Digo ao Senhor: “Somente vós sois meu Senhor”. Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, meu destino está seguro em vossas mãos!

R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

 

- Eu bendigo o Senhor, que me aconselha, e até de noite me adverte o coração. Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a meu lado não vacilo.

R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

 

- Eis por que meu coração está em festa, minha alma rejubila de alegria, e até meu corpo no repouso está tranquilo; pois não haveis de me deixar entregue à morte, nem vosso amigo conhecer a corrupção.

R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

 

- Vós me ensinais vosso caminho para a vida; junto a vós, felicidade sem limites, delícia eterna e alegria ao vosso lado!

R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

Aclamação ao santo Evangelho.

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- Para que todos sejam um, diz o Senhor, como tu estas em mim e eu em ti, para que o mundo possa crer que me enviaste (Jo 17,21).

Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 17, 20-26


- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.

- Glória a vós, Senhor!

- Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao céu e rezou, dizendo: 20“Pai santo, eu não te rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim pela sua palavra; 21para que todos sejam um como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, e para que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste.
22Eu dei-lhes a glória que tu me deste, para que eles sejam um, como nós somos um: 23eu neles e tu em mim, para que assim eles cheguem à unidade perfeita e o mundo reconheça que tu me enviaste e os amaste, como me amaste a mim. 24Pai, aqueles que me deste, quero que estejam comigo onde eu estiver, para que eles contemplem a minha glória, glória que tu me deste porque me amaste antes da fundação do universo. 25Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci, e estes também conheceram que tu me enviaste. 26Eu lhes fiz conhecer o teu nome, e o tornarei conhecido ainda mais, para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu mesmo esteja neles”.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

Liturgia comentada
... e os amaste como a mim... (Jo 17, 20-26)

Dirigindo-se ao Pai, Jesus faz uma afirmação chocante: nós somos amados pelo Pai com o mesmo amor que ele dedica ao Filho, Jesus. O Justo e os pecadores, o Santo e os decaídos, todos amados igualmente – isto é, infinitamente – pelo Pai!

Naturalmente, esta verdade tem sérias conseqüências. Em primeiro lugar, ajuda a compreender que o Pai tenha entregado à morte o seu Filho Unigênito, Jesus Cristo, para nos salvar da perdição eterna. A explicação está nesse desmedido Amor divino, do qual a raça humana é objeto preferencial. E o Filho, que experimenta por nós um amor igual, aceita de boa vontade cooperar com o plano de salvação proposto pelo Pai amoroso.

Em segundo lugar, vemo-nos forçados a abandonar de vez aquela velha idéia de que o amor deva ser “merecido”. Os bons são amáveis; os maus, não o são. Ora, como diz São Paulo, “com efeito, quando ainda éramos fracos, Cristo a seu tempo morreu pelos ímpios. É difícil que alguém queira morrer por um justo; talvez aceitasse morrer por um homem de bem. Mas nisto Deus prova o seu amor para conosco: Cristo morreu por nós quando ainda éramos pecadores”.

(Rm 5, 6-8.)

Os honestos sentem dificuldade em aceitar esta evidência: Deus, o Pai, ama igualmente a vitima e o agressor, pois ambos são filhos! E sofre com ambos! Depois disto, não podemos insistir em discriminar as pessoas e em decidir quem “merece” e quem não merece o nosso amor. Quem devemos considerar como irmão e quem podemos rotular de fera, animal e bandido...

Quando o Papa João Paulo II foi à penitenciária para levar o seu perdão àquele homem que lhe dera três tiros, o turco Ali Agca, deu-nos a demonstração de que conhecia muito bem esta realidade: seu agressor era amado por Deus, apesar do mal que havia cometido. Também para ele continuava aberto um caminho de volta à casa do Pai, uma possibilidade de arrependimento e conversão. Por isso mesmo, do alto da cruz, Jesus suplicava ao Pai que perdoasse os seus agressores...

Isto é amor. O contrário é o ódio. E, para quem segue a Jesus Cristo, nada justifica que o amor ceda lugar ao ódio...

Meu coração ainda conserva sementes de ódio e violência? Que tenho feito para exercitar o amor de Deus que foi depositado em mim?

Orai sem cessar: “Senhor Jesus, ensina-me a perdoar! ”
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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