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Liturgia de 23 de maio de 2018

QUARTA FEIRA – VII SEMANA COMUM
 (verde - ofício do dia)

Antífona da entrada

- Confiei, Senhor, na vossa misericórdia; meu coração exulta porque me salvais. Cantarei ao Senhor pelo bem que me fez (Sl 12,6).

Oração do dia

- Concedei, ó Deus todo poderoso, que, procurando conhecer sempre o que é reto, realizemos vossa vontade em nossas palavras e ações. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Tg 4,13-17


- Caríssimos: 13E agora, vós que dizeis: 'Hoje ou amanhã iremos a tal cidade,
passaremos ali um ano, negociando e ganhando dinheiro'. 14No entanto,
não sabeis nem mesmo o que será da vossa vida, amanhã! Com efeito, não passais de uma neblina que se vê por um instante e logo desaparece. 15Em vez de dizer: 'Se o Senhor quiser, estaremos vivos e faremos isto ou aquilo', 16vós vos gloriais de vossas fanfarronadas. Ora, toda a arrogância deste tipo é um mal.17Assim, aquele que sabe fazer o bem e não o faz incorre em pecado.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Salmo Responsorial: 49,2-3.6-7.8-10.11 (R: Mt 5,3)

- Felizes os humildes de espírito porque deles é o Reino dos Céus!

R: Felizes os humildes de espírito porque deles é o Reino dos Céus!

 

- Ouvi isto, povos todos do universo, muita atenção, ó habitantes deste mundo; poderosos e humildes, escutai-me, ricos e pobres, todos juntos, sede atentos! R: Felizes os humildes de espírito porque deles é o Reino dos Céus!

 

- Por que temer os dias maus e infelizes, quando a malícia dos perversos me circunda? Por que temer os que confiam nas riquezas e se gloriam na abundância de seus bens?

R: Felizes os humildes de espírito porque deles é o Reino dos Céus!

 

- Ninguém se livra de sua morte por dinheiro nem a Deus pode pagar o seu resgate. A isenção da própria morte não tem preço; não há riqueza que a possa adquirir, nem dar ao homem uma vida sem limites e garantir-lhe uma existência imortal.

R: Felizes os humildes de espírito porque deles é o Reino dos Céus!

 

 Morrem os sábios e os ricos igualmente; morrem os loucos e também os insensatos, e deixam tudo o que possuem aos estranhos.

R: Felizes os humildes de espírito porque deles é o Reino dos Céus!

 

Aclamação ao santo Evangelho.

 

 Aleluia, aleluia, aleluia.

 Aleluia, aleluia, aleluia.

- Sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai, senão por mim

(Jo 14,6).

 Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 9,38-40


- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.

- Glória a vós, Senhor!

- Naquele tempo, 38João disse a Jesus: “Mestre, vimos um homem expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não nos segue”.
39Jesus disse: “Não o proibais, pois ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de mim. 40Quem não é contra nós é a nosso favor”.

 

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

Liturgia comentada
Quem não é contra nós, é por nós... (Mc 9,38-40)

Já sabemos que o Espírito sopra onde quer. (Jo 3,8.) O Concílio Vaticano II reconheceu a existência de “sementes da Palavra” (cf. Ad Gentes, 11) em todos os povos e sociedades. Por isso mesmo, ninguém deve espantar-se de que Deus venha a agir por meio de pessoas de boa vontade que não pertencem à nossa Igreja, não professam a nossa fé e nem mesmo tenham sido batizadas.

A tentação que nos assalta é a de assumir uma atitude “exclusivista”, apresentando nosso modo de ser como o “único caminho” e, ao mesmo tempo, condenando à exclusão (ou ao inferno!?) todos os diferentes que não têm a carteirinha de nosso clube. Trata-se de uma atitude tipicamente sectária, que não admite nenhum bem fora de seu próprio quintal...

Este lamentável partidarismo pode ser agravado a ponto de sentirmos ciúmes quando Deus age através de outros grupos, movimentos ou pessoas. Em lugar de nos alegrarmos com o bem realizado, assumimos atitudes de crítica, apontamos falhas e defeitos, zombamos acidamente daquilo que não temos possibilidade (ou coragem) de imitar!

Um caso concreto, em nossos dias, diz respeito aos movimentos e comunidades novas, onde o dedo de Deus se faz visível quando eles assumem diaconias, cuidam dos moradores de rua, alimentam os pobres, acolhem menores abandonados, reavivam a adoração ao Santíssimo Sacramento, pregam um Evangelho exigente. Se nosso grupo, paróquia ou Instituto está morno, será ainda maior o risco de apontar um dedo acusador contra estes irmãos que se esforçam por dar uma resposta a Deus que chama a amar...

Jesus não poderia ser mais claro: “Quem não é contra nós, é por nós”. Se temos sensibilidade eclesial, perceberemos que a Igreja se enriquece com a diversidade dos carismas, por mais estranhos que eles tenham sido na História, como os estilitas (que passavam a vida sobre uma coluna), os eremitas do deserto (como Charles de Foucauld em pleno Séc. XX) ou os “loucos de Deus”, andarilhos que palmilhavam continuamente as estradas da estepe russa.

Os contemplativos, no silêncio, rezarão pelos missionários das aldeias indígenas. Os agentes que fazem a animação das associações de bairro darão graças a Deus pelo louvor barulhento de seus irmãos carismáticos. E o Reino de Deus crescerá no meio de nós...

Somo ou divido? Reconheço o dedo de Deus no meio dos meus irmãos diferentes de mim? Ou cedo à crítica, à calúnia e à maledicência?

Orai sem cessar:Oh! Como é bom e agradável irmãos unidos viverem juntos!” (Sl 133,1)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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