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Liturgia de 02 de junho de 2018

SABADO – VIII SEMANA COMUM
(Verde - ofício do dia)

Antífona da entrada

 

- O Senhor se tornou o meu apoio, libertou-me da angústia e me salvou porque me ama (Sl 17,19).

Oração do dia

 

- Fazei, ó Deus, que os acontecimentos deste mundo decorram da paz que desejais e vossa Igreja vos possa servir alegre e tranquila. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Jd 17. 20b-25

- Leitura da Carta de São Judas: 17Vós, porém, amados, lembrai-vos das palavras preditas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo. 20bEdifificai-vos sobre o fundamento da vossa santíssima fé e rezai, no Santo Espírito, 21de modo que vos mantenhais no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna. 22E a uns, que estão com dúvidas, deveis tratar com piedade. 23A outros, deveis salvá-los arrancando-os do fogo. De outros ainda deveis ter piedade, mas com temor, aborrecendo a própria veste manchada pela carne... 24Àquele que é capaz de guardar-vos da queda e de apresentar-vos perante a sua glória irrepreensíveis e jubilosos, 25ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo, nosso Senhor: glória, majestade, poder e domínio, desde antes de todos os séculos, e agora, e por todos os séculos. Amém.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 63,2.3-4.5-6 (R: 2b)

 

- A minha alma tem sede de vós, ó Senhor!

R: A minha alma tem sede de vós, ó Senhor!


- Sois vós, ó Senhor, o meu Deus! Desde a aurora ansioso vos busco! A minh’alma tem sede de vós, minha carne também vos deseja, como terra sedenta e sem água!

R: A minha alma tem sede de vós, ó Senhor!


- Venho, assim, contemplar-vos no templo, para ver vossa glória e poder. Vosso amor vale mais do que a vida: e por isso meus lábios vos louvam.

R: A minha alma tem sede de vós, ó Senhor!


- Quero, pois vos louvar pela vida, e elevar para vós minhas mãos! A minh’alma será saciada, como em grande banquete de festa; cantará a alegria em meus lábios, ao cantar para vós meu louvor!

R: A minha alma tem sede de vós, ó Senhor!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

- A palavra de Cristo ricamente habita em vós, dando graças, por ele, a Deus Pai!  (Cl 3,16).

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 11,27-33

 

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos

- Glória a vós, Senhor!  

 

- Naquele tempo, 27Jesus e os discípulos foram de novo a Jerusalém. Enquanto Jesus estava andando no Templo, os sumos sacerdotes, os mestres da Lei e os anciãos aproximaram-se dele e perguntaram: 28Com que autoridade fazes essas coisas? Quem te deu autoridade para fazer isso?” 29Jesus respondeu: “Vou fazer-vos uma só pergunta. Se me responderdes, eu vos direi com que autoridade faço isso. 30O batismo de João vinha do céu ou dos homens? Respondei-me”. 31Eles discutiam entre si: “Se respondermos que vinha do céu, ele vai dizer: ‘Por que não acreditastes em João?’ 32Devemos então dizer que vinha dos homens?” Mas eles tinham medo da multidão, porque todos, de fato, tinham João na qualidade de profeta. 33Então eles responderam a Jesus: “Não sabemos”. E Jesus disse: “Pois eu também não vos digo com que autoridade faço essas coisas”.

 

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!  

 

Liturgia comentada
Com que autoridade? (Mc 11,27-33)

Nós vivemos envolvidos em uma cultura da “autoridade”. Em lugar de considerar a verdade dos fatos ou a força dos argumentos, preferimos levar em conta a pessoa que está envolvida. Se o assunto é técnico, recorremos ao especialista. Assim, seria o doutor em genética a pessoa indicada para decidir se um embrião humano pode, ou não, ser usado como matéria-prima para pesquisas duvidosas...

Por outro lado, o “portador da autoridade” sempre faz questão de acentuar o peso de seu cargo ou o brilho de seus galões: “Sabe com quem está falando?!” O orador é apresentado com uma lista de seus feitos e realizações. E o pobre homem-comum acabará esmagado pela prepotência das autoridades.

Mas existe uma “autoridade” que ninguém pode negar: a do AUTOR. Afinal de contas, Jesus Cristo é o Verbo de Deus encarnado. Desde a Criação, ele – o Verbo-Palavra de Deus – participou com o Pai e o Espírito Santo naquele ato de amor que chamou à existência todos os seres: terra e água, fogo e ar, rochas e minerais, sementes e florestas, aves e mamíferos. De tudo, Ele é o Autor!

Na Palestina do tempo de Jesus, a autoridade política estava nas mãos dos romanos. A autoridade religiosa se dividia entre os saduceus do Templo e os fariseus da Sinagoga. Escribas e doutores da Lei, anciãos e príncipes dos sacerdotes impunham-se ao povo com a autoridade de seus cargos e a imponência de seus títulos.

Neste quadro de opressão, eis que surge das planícies roceiras da Galileia um simples carpinteiro que fala das coisas de Deus como quem as conhece de dentro. E, passando da palavra à ação, cura os doentes e expulsa os maus espíritos. Até os guardas enviados para prendê-lo voltam de mãos vazias e com os olhos cheios: “Homem algum jamais falou como este homem!” (Jo 7,46)

Apesar de tudo, Jesus será rejeitado por seu povo. Foi inútil o testemunho de João Batista, que o reconheceu como o Cordeiro de Deus. Inúteis foram os sinais de que Deus agia nele. Inúteis foram as profecias do passado. Sua autoridade acaba recusada, pois competia com numerosos ídolos de plantão: o orgulho nacional, a avareza dos poderosos, o jogo do poder, a letra da Lei.

Fala-se muito no “senhorio de Jesus”, objeto de polêmicas e elucubrações teológicas. Pois não é outra coisa a não ser o reconhecimento prático da autoridade de Cristo em nossa vida. E, por falar no assunto: quem manda na sua vida? Quem tem autoridade sobre você? A quem você obedece?

Orai sem cessar: “Observarei o que tua boca exige, Senhor!” (Sl 119,88)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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