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Liturgia de 11 de junho de 2018

SEGUNDA FEIRA – SÃO BARNABÉ – APÓSTOLO
(vermelho, pref. dos apóstoços - ofício da memória)

 

 Antífona da entrada

- Feliz foi Barnabé, santo de Deus, que mereceu ser contado entre os apóstolos. Era na verdade um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé, aleluia!

(At 11,24)

Oração do dia

- Ó Deus, que designastes são Barnabé, cheio de fé e do Espírito Santo, para converter as nações, fazei que a vossa Igreja anuncie, por palavras e atos, o evangelho de Cristo que ele proclamou intrepidamente. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: At 11,21-26;13,1-3

- Leitura dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, 11,21b muitas pessoas acreditaram no Evangelho e se converteram ao Senhor. 22A notícia chegou aos ouvidos da Igreja que estava em Jerusalém. Então enviaram Barnabé até Antioquia. 23Quando Barnabé chegou e viu a graça que Deus havia concedido, ficou muito alegre e exortou a todos para que permanecessem fiéis ao Senhor, com firmeza de coração. 24É que ele era um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé. E uma grande multidão aderiu ao Senhor. 25Então Barnabé partiu para Tarso, à procura de Saulo. 26Tendo encontrado Saulo, levou-o a An­tioquia. Passaram um ano inteiro trabalhando juntos naquela Igreja, e instruíram uma numerosa multidão. Em Antioquia os discípulos foram, pela primeira vez, chamados com o nome de cristãos. 13,1Na Igreja de Antioquia, havia profetas e doutores. Eram eles: Barnabé, Simeão, chamado o Negro, Lúcio de Cirene, Manaém, que fora criado junto com Herodes, e Saulo. 2Um dia, enquanto celebravam a liturgia, em honra do Senhor, e jejuavam, o Espírito Santo disse: “Separai para mim Barnabé e Saulo, a fim de fazerem o trabalho para o qual eu os chamei”. 3Então eles jejuaram e rezaram, impuseram as mãos sobre Barnabé e Saulo, e deixaram-nos partir.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 98,1.2-3ab.3bc-4.5-6 (R: 2b)

- O Senhor fez conhecer seu poder salvador, e às nações sua justiça.

R: O Senhor fez conhecer seu poder salvador, e às nações sua justiça.


- Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.

R: O Senhor fez conhecer seu poder salvador, e às nações sua justiça.


- O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel.

R: O Senhor fez conhecer seu poder salvador, e às nações sua justiça.


- Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!

R: O Senhor fez conhecer seu poder salvador, e às nações sua justiça.


- Cantai Salmos ao Senhor ao som da harpa e da cítara suave! Aclamai, com os clarins e as trombetas, ao Senhor, o nosso Rei!

R: O Senhor fez conhecer seu poder salvador, e às nações sua justiça.

Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

- Ide ao mundo e ensinai a todas as nações! Eis que eu estou convosco até o fim do mundo! (Mt 28,19).

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 10,7-13


- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.

- Glória a vós, Senhor!

- Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7“Em vosso caminho, anunciai: ‘O Reino dos Céus está próximo’. 8Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar! 9Não leveis nem ouro nem prata nem dinheiro nos vossos cintos; 10nem sacola para o caminho, nem duas túnicas nem sandálias nem bastão, porque o operário tem direito ao seu sustento. 11Em qualquer cidade ou povoado onde entrardes, informai-vos para saber quem ali seja digno. Hospedai-vos com ele até a vossa partida. 12Ao entrardes numa casa, saudai-a. 13Se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; se ela não for digna, volte para vós a vossa paz”.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

Liturgia comentada
Dai de graça... (Mt 10,7-13)

Os dons de Deus são gratuitos. Não “custam” nada. O livro dos “Atos dos Apóstolos” fala de um tal Simão (At 8,18ss), dedicado à magia, que ousou oferecer aos apóstolos uma soma de dinheiro em troca dos poderes excepcionais que o Espírito Santo neles manifestava. Eis a resposta de Pedro: “Maldito seja o teu dinheiro e tu também, se julgas poder comprar o dom de Deus com dinheiro!”

Igual maldição há de merecer aquele que “usa” o Evangelho e a religião com a intenção de acumular fortuna, explorando impiedosamente a inocência ou a ignorância do povo simples. A exemplo do Mestre, seus seguidores vivem vida simples e sóbria. Mesmo quando dotados de dons extraordinários (como o dom de curar enfermos do Pe. Emiliano Tardiff), o homem de Deus jamais fará negócio com tais poderes.

Mas há muitos “dons naturais” que nos foram concedidos e que devemos partilhar com nossos irmãos. Conhecimentos, habilidades, pendores artísticos e – por que não? – força muscular, tudo pode ser orientado para o bem de nossos irmãos, para o enriquecimento da comunidade humana.

Assim, conhecemos o admirável exemplo de George Washington Carver, filho de escravos nos EUA, que recusou um alto salário no laboratório de Thomas Edison, preferindo exercer seu humilde trabalho de professor em uma escola rural, ensinando as famílias pobres a usar melhor os recursos de suas terras. Músico e pintor de qualidade, Carver morreu pobre e solteiro, pois sabia que seria difícil encontrar uma esposa que adotasse seu estilo de vida tão despojado.

Em um mundo como o nosso, capitalista e contabilizado, onde escasseiam a dedicação e o altruísmo desinteressado, mesmo em atividades como a medicina, o magistério e o sacerdócio, Jesus nos chama a viver para nossos irmãos, multiplicando entre eles o amor que Deus nos dá de graça.

Quando morreu o Papa João Paulo II, o minúsculo “testamento” revelou ao mundo o seu notável espírito de pobreza. Alguns anos atrás, Madre Teresa de Calcutá visitara São Paulo, trazendo como bagagem uma muda de roupa e uma pequena bacia, dentro de uma caixa de biscoitos amarrada com um cordão de persiana. O desprendimento e a sobriedade de quem segue a Jesus dão testemunho da profunda liberdade espiritual que o Espírito de Deus pode infundir em nós.

Estamos preocupados em acumular sempre mais? Ou nós já descobrimos a alegria de partilhar? Não nos basta o inestimável tesouro do amor de Deus graciosamente derramado em nossa vida?

Orai sem cessar: “O Senhor é meu pastor. Nada me falta.” (Sl 23,1)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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