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Liturgia de 01 de setembro de 2018

SABADO – XXI SEMANA DO TEMPO COMUM
(Verde, – ofício do dia)

Antífona da entrada

 

- Inclinai, Senhor, o vosso ouvido e escutai-me; salvai, meu Deus, o servo que confia em vós. Tende compaixão de mim, clamo por vós o dia inteiro (Sl 85,1).

 

Oração do dia

 

- Deus que uni os corações dos vossos fieis num só desejo, dai ao vosso povo amar o que ordenais e esperar o que prometeis para que, na instabilidade deste mundo, fixemos os nossos corações onde encontram as verdadeiras alegrias. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: 1Cor 1,26-31

 

- Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios - 26Irmãos, considerai vós mesmos como fostes chamados por Deus. Pois entre vós não há muitos sábios de sabedoria humana nem muitos poderosos nem muitos nobres. 27Na verdade, Deus escolheu o que o mundo considera como estúpido, para assim confundir os sábios; Deus escolheu o que o mundo considera como fraco, para assim confundir o que é forte. 28Deus escolheu o que para o mundo é sem importância e desprezado, o que não tem nenhuma serventia, para assim mostrar a inutilidade do que é considerado importante, 29para que ninguém possa gloriar-se diante dele. 30É graças a ele que vós estais em Cristo Jesus, o qual se tornou para nós, da parte de Deus: sabedoria, justiça, santificação e libertação, 31para que, como está escrito, “quem se gloria, glorie-se no Senhor”.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 33,12-13.18-19.20-21 (R: 12b)

 

- Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!

R: Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!

 

- Feliz o povo cujo Deus é o Senhor, e a nação que escolheu por sua herança! Dos altos céus o Senhor olha e observa; ele se inclina para olhar todos os homens.
R: Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!

 

- Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem, e que confiam esperando em seu amor, para da morte libertar as suas vidas e alimentá-los quando é tempo de penúria.

R: Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!

 

- No Senhor nós esperamos confiantes, porque ele é nosso auxílio e proteção!  Por isso o nosso coração se alegra nele, seu santo nome é nossa única esperança.

R: Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- Eu vos dou um novo preceito: que uns aos outros vos ameis, como eu vos tenho amado  (Jo 13,34).

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 25,14-30

 

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

- Glória a vós, Senhor!   

 

- Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos esta parábola: 14“Um homem ia viajar para o estrangeiro. Chamou seus empregados e lhes entregou seus bens. 15A um deu cinco talentos, a outro deu dois e ao terceiro, um; a cada qual de acordo com a sua capacidade. Em seguida viajou. 16O empregado que havia recebido cinco talentos saiu logo, trabalhou com eles, e lucrou outros cinco. 17Do mesmo modo, o que havia recebido dois lucrou outros dois. 18Mas aquele que havia recebido um só saiu, cavou um buraco na terra, e escondeu o dinheiro do seu patrão. 19Depois de muito tempo, o patrão voltou e foi acertar contas com os empregados. 20O empregado que havia recebido cinco talentos entregou-lhes mais cinco, dizendo: ‘Senhor, tu me entregaste cinco talentos. Aqui estão mais cinco que lucrei’. 21O patrão lhe disse: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!’ 22Chegou também o que havia recebido dois talentos, e disse: ‘Senhor, tu me entregaste dois talentos. Aqui estão mais dois que lucrei’. 23O patrão lhe disse: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!’ 24Por fim, chegou aquele que havia recebido um talento, e disse: ‘Senhor, sei que és um homem severo, pois colhes onde não plantaste e ceifas onde não semeaste. 25Por isso fiquei com medo e escondi o teu talento no chão. Aqui tens o que te pertence’. 26O patrão lhe respondeu: ‘Servo mau e preguiçoso! Tu sabias que eu colho onde não plantei e que ceifo onde não semeei? 27Então devias ter depositado meu dinheiro no banco, para que, ao voltar, eu recebesse com juros o que me pertence’. 28Em seguida, o patrão ordenou: ‘Tirai dele o talento e dai-o àquele que tem dez! 29Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado. 30Quanto a este servo inútil, jogai-o lá fora, na escuridão. Ali haverá choro e ranger de dentes!’”

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

 

Liturgia comentada
Uma cova na terra... (Mt 25,14-30)

Os coveiros cavam covas para enterrar os mortos. Quando a alma deixa o corpo, este é devolvido à terra, sem vida, incapaz, agora, de frutificar...

Os dons de Deus, ao contrário, são coisa viva, não podem ser enterrados, cobertos de entulho, mas devem ser trabalhados operosamente para que deem fruto e seu Senhor seja glorificado. Deus quis depender da ação humana!

Neste Evangelho, Jesus narra a parábola dos “servos desiguais”. Três servidores do mesmo Senhor, cada um com a sua capacidade. E cada um deles acolhe um “investimento” de seu Senhor, na medida exata de sua capacidade.

Claro, não há investimento sem risco. O primeiro recebeu cinco talentos e arrisca tudo: trabalha para o benefício do mestre e acaba lucrando outros cinco talentos. O segundo, ao receber dois talentos, trabalha também na medida de sua capacidade e lucra outros dois, aumentando um pouco mais o capital do Senhor.

O terceiro é diferente. Não quer correr riscos. Sua segurança conta mais que o benefício de seu “patrão”. Aliás, ele conhece muito bem o seu “patrão”: vê-o como um homem duro, a ponto de colher o que não plantou, recolher o que não semeou. Assim, é mais seguro, sem riscos, enterrar o único talento recebido e esperar a hora de devolvê-lo, quando o patrão voltar da viagem.

Muito tempo depois (notem aqui a paciência do Senhor, à espera de nosso compromisso!), volta o Senhor e faz o acerto de contas. Aos dois primeiros, elogia e gratifica. Deverão participar da alegria do Senhor. Já o terceiro, ao devolver sujo de terra o talento estéril, sem conseguir disfarçar seu desinteresse pelos “negócios” do Senhor, ouve dele uma frase de condenação: “Servo mau e preguiçoso!”

No mínimo, aprendemos que a preguiça é um mal. Que somos maus se não fazemos frutificar os dons recebidos gratuitamente de um Senhor que se alegra em nos fazer participantes da edificação de seu Reino de amor. Que a omissão não é diferente do crime intencional. Afinal, diante do mal, quem cala... consente... Mas o escândalo dos maus ainda vai aumentar: o Senhor manda que se recolha o único talento do preguiçoso, entregando-o àquele que já possui dez talentos.

Que faria você? A quem confiaria os seus talentos? Ao preguiçoso? Ou àquele que – tudo indica – se dedicará de alma e coração a ampliar o Reino de Deus?

Orai sem cessar: “Trabalhai pela comida que dura eternamente!” (Jo 6,27)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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