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Liturgia de 08 de setembro de 2018

SABADO – NATIVIDADE DE N. SENHORA.
(branco, glória, pref. de Maria – ofício da festa)

Antífona da entrada

 

- Celebremos com alegria o nascimento da virgem Maria: por ela nos veio o sol da justiça, Cristo, nosso Deus.

 

Oração do dia

 

- Abri, ó Deus, para os vossos servos e servas os tesouros da vossa graça: e, assim como a maternidade de Maria foi a aurora da salvação, a festa do seu nascimento aumente em nós a vossa paz. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Mq 5,1-4

 

- Leitura da profecia de Miqueias: Assim diz o Senhor: 1”Tu, Belém de Éfrata, pequenina entre os mil povoados de Judá, de ti há de sair aquele que dominará em Israel; sua origem vem de tempos remotos, desde os dias da eternidade. 2Deus deixará seu povo ao abandono, até ao tempo em que uma mãe der à luz; e o resto de seus irmãos se voltará para os filhos de Israel. 3Ele não recuará, apascentará com a força do Senhor e com a majestade do nome do Senhor seu Deus; os homens viverão em paz, pois ele agora estenderá o poder até aos confins da terra, 4ae ele mesmo será a paz”.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 71,6;13,6 (R: Is 61,10)

 

- Exulto de alegria no Senhor.

R: Exulto de alegria no Senhor.


- Sois meu apoio desde antes que eu nascesse, desde o seio maternal, o meu amparo: para vós o meu louvor eternamente!

R: Exulto de alegria no Senhor.


- Uma vez que confiei no vosso amor, meu coração, por vosso auxílio, rejubile, e que eu vos cante pelo bem que me fizestes!

R: Exulto de alegria no Senhor.


Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- Sois feliz, virgem Maria, e mereceis todo louvor; pois de vós se levantou o sol brilhante da justiça, que é Cristo, nosso Deus, pelo qual nós fomos salvos! 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 1, 1-16.18-23

 

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

- Glória a vós, Senhor!   

- 1Livro da origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. 2Abraão gerou Isaac. Isaac gerou Jacó. Jacó gerou Judá e seus irmãos. 3Judá gerou, de Tamar, Farés e Zara. Farés gerou Esron. Esron gerou Arão. 4Arão gerou Aminadab. Aminadab gerou Naasson. Naasson gerou Salmon. 5Salmon gerou Booz, de Raab. Booz gerou Obed, de Rute. Obed gerou Jessé. Jessé gerou o rei Davi. 6O rei Davi gerou Salomão, daquela que fora mulher de Urias. 7Salomão gerou Roboão. Roboão gerou Abias. Abias gerou Asa. 8Asa gerou Josafá. Josafá gerou Jorão. Jorão gerou Ozias. 9Ozias gerou Joatão. Joatão gerou Acaz. Acaz gerou Ezequias. 10Ezequias gerou Manassés. Manassés gerou Amon. Amon gerou Josias. 11Josias gerou Jeconias e seus irmãos, no cativeiro de Babilônia. 12E, depois do cativeiro de Babilônia, Jeconias gerou Salatiel. Salatiel gerou Zorobabel. 13Zorobabel gerou Abiud. Abiud gerou Eliacim. Eliacim gerou Azor. 14Azor gerou Sadoc. Sadoc gerou Aquim. Aquim gerou Eliud. 15Eliud gerou Eleazar. Eleazar gerou Matã. Matã gerou Jacó. 16Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo. 18A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. 19José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria em segredo. 20Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: “José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. 21Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”. 22Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: 23“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco”.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!   

 

Liturgia comentada
É obra do Espírito Santo... (Mt 1,1-16.18-23)

A Liturgia escolheu este Evangelho para a festa da Natividade de Nossa Senhora. Nele, temos o registro histórico da genealogia de Jesus Cristo, desde Abraão até José, esposo de Maria, seguida da cena da “Anunciação a José”. E é neste mesmo episódio que o Anjo do Senhor esclarece o justo José sobre a natureza da gravidez de Maria: “É obra do Espírito Santo”.

Ora, a obra do Espírito Santo não começa por aí. Desde o início, quando ainda  “pairava sobre as águas” (Gn 1,2), Deus já agia simultaneamente em dois campos: a Criação e a Salvação. E o Espírito Santo sempre trabalhou em ambas as “obras”. É neste sentido que nós devemos prestar atenção à fastidiosa relação de nomes, desde Abraão até José: enquanto passa o tempo, ao longo da história humana, Deus se “prepara” para agir. As promessas feitas a Abraão, renovadas a Davi, hão de cumprir-se em José, da tribo de Davi, do povo de Abraão, da raça de Noé. Afunilando-se, “especializando-se”, Deus se vale de mediações humanas para cumprir a promessa de Aliança com os homens.

Mas Deus havia decidido que o próprio homem devia colaborar e participar em sua obra. Nas conhecidas palavras de Santo Agostinho, “o Deus que te criou sem ti, não te salvará sem ti”. Por isso mesmo, os Padres da Igreja “dataram” a missão de Maria – a missão de gerar o Filho de Deus na carne dos homens – desde toda a eternidade. Isto é, nos desígnios de Deus, Maria estava eternamente em seu pensamento. Como disse o poeta, falando em nome de Maria, “a Criação estava por nascer / e o Senhor se agradou de mim...”

A festa da Natividade da Bem-aventurada Virgem Maria é, pois, um momento bem adequado para recordarmos o seu especial privilégio: desde a sua concepção imaculada, tendo em conta a sua futura missão de acolher no próprio ventre o Filho de Deus, o Cordeiro sem mancha, Maria de Nazaré foi preservada de todo pecado. “Em vista dos méritos de seu Filho, foi redimida de um modo mais sublime.” (LG, 53.)

Conforme comenta o Catecismo da Igreja Católica, “Os Padres da tradição oriental chamam a Mãe de Deus ‘a toda santa’ (Panhaghia), celebram-na como ‘imune de toda mancha de pecado, como que plasmada pelo Espírito Santo, e formada como nova criatura’. Assim, foi pela graça de Deus que Maria permaneceu pura de todo pecado pessoal ao longo de toda a sua vida.” (C.I.C., 493.)

À imitação de Maria, abramos todo o nosso ser à ação do Espírito de Deus.

Orai sem cessar: “És toda bela, ó minha amiga, / e não há mancha em ti!” (Ct 4,7)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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