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Liturgia de 11 de setembro de 2018

TERÇA FEIRA – XXIII SEMANA DO TEMPO COMUM
(Verde, ofício do dia)

Antífona da entrada

 

- Vós sois justo, Senhor, e justa é a vossa sentença; tratai o vosso servo segundo a vossa misericórdia (Sl 118,137.124).

 

Oração do dia

 

- Ó Deus, Pai de bondade, que nos redimistes e adotastes como filhos e filhas, concedei aos que creem em Cristo a verdadeira liberdade e a herança eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: 1Cor 6,1-11

 

- Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios: Irmãos, 1quando um de vós tem uma questão com um outro, como se atreve a entrar na justiça perante os injustos, em vez de recorrer aos santos? 2Será que ignorais que os santos julgarão o mundo? Ora, se o mundo está sujeito a vosso julgamento, seríeis acaso indignos de deliberar e julgar sobre questões tão insignificantes?  3Ignorais que julgaremos os anjos? Quanto mais, coisas desta vida! 4No entanto, se tendes dessas questões a resolver, re­cor­rereis a juízes que a Igreja não pode recomendar. 5Digo isso, para confusão vossa! Será, então, que aí entre vós não se encontra ninguém sensato e prudente que possa ser juiz entre irmãos? 6Ao invés disso, irmão contra irmão vai a juízo, e isso perante infiéis! 7Aliás, já é uma grande falta haver processos entre vós. 8Por que não suportais, antes, a injustiça? Por que não tolerais, antes, ser prejudicados? Pelo contrário, vós é que cometeis injustiças e fraudes, e isso contra irmãos! 9Porventura ignorais que pessoas injustas não terão parte no reino de Deus? Não vos iludais: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem efe­minados, nem pederastas, 10nem ladrões, nem avarentos, nem beberrões, nem insolentes, nem salteadores terão parte no reino de Deus. 11E vós, isto é, alguns de vós, éreis isso! Mas fostes lavados, fostes santificados, fostes justificados pelo nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito de nosso Deus.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 149,1-2.3-4.5-6a.9b (R: 4a)

 

- O Senhor ama seu povo de verdade.

R: O Senhor ama seu povo de verdade.


- Cantai ao Senhor Deus um canto novo, e o seu louvor na assembleia dos fiéis! Alegre-se Israel em quem o fez, e Sião se rejubile no seu Rei!

R: O Senhor ama seu povo de verdade.


- Com danças glorifiquem o seu nome, toquem harpa e tambor em sua honra! Porque, de fato, o Senhor ama seu povo e coroa com vitória os seus humildes.

R: O Senhor ama seu povo de verdade.


- Exultem os fiéis por sua glória, e cantando se levantem de seus leitos, com louvores do Senhor em sua boca. Eis a glória para todos os seus santos.

R: O Senhor ama seu povo de verdade.


Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- Eu vos escolhi a fim de que deis, no meio do mundo, um fruto que dure (Jo 15,16).

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 6,12-19

 

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

- Glória a vós, Senhor!   

- 12Naqueles dias, Jesus foi à montanha para rezar. E passou a noite toda em oração a Deus. 13Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de apóstolos: 14Simão, a quem impôs o nome de Pedro, e seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu;  15Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelota; 16Judas, filho de Tiago, e Judas Is­cariotes, aquele que se tornou traidor. 17Jesus desceu da montanha com eles e parou num lugar plano. Ali estavam muitos dos seus discípulos e grande multidão de gente de toda a Judeia e de Jerusalém, do litoral de Tiro e Sidônia. 18Vieram para ouvir Jesus e ser curados de suas doenças. E aqueles que estavam atormentados por espíritos maus também foram curados. 19A multidão toda procurava tocar em Jesus, porque uma força saía dele, e curava a todos.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!   

 

Liturgia comentada
Passou a noite a orar... (Lc 6, 12-19)

Jesus Cristo não era um homem “comum”. Homem verdadeiro, sim, mas também verdadeiro Deus. Por isso mesmo, somos inclinados a imaginar que, para ele, as coisas fossem mais fáceis do que são para nós.

Como Deus, ele teria uma visão completa da situação, perceberia logo a saída para os impasses e teria resposta pronta para todos os problemas. Ledo engano. Ao se encarnar, o Filho de Deus abrira mão, voluntariamente, de suas prerrogativas divinas: humano como nós, deverá “crescer” como todo filho do homem. Crescer no físico, no psíquico, no espiritual.

Por isso mesmo, não admira que, na iminência de escolher o primeiro grupo de seus apóstolos, tenha passado em vigília toda uma noite de oração, buscando as luzes interiores necessárias a toda escolha. Ao recorrer ao Pai, em busca de luz e entendimento, Jesus manifesta sua total dependência em relação Àquele que o enviara a este mundo.

Sim, a oração é sinal de “dependência”. Quem reconhece seus limites de criatura, acode ao Criador. O filho obediente não age sem antes obter a aprovação do pai. E Jesus Cristo é esse Filho submisso, obediente aos desígnios do Pai.

Aliás, aqui mesmo está nosso grande problema. Vivemos cheios de impulsos personalistas, preferências próprias, gostos pessoais. Pior ainda, chamamos tudo isso de “inspiração”. Tomamos decisões que determinarão todo o nosso futuro (casar? / ter filhos? / assumir uma profissão? / mudar de emprego?) sem um tempo suficiente de oração, discernimento e orientação.

Bem, é que nós nos sentimos muito seguros. Nós nos bastamos. Confiamos em nosso taco... Assim, não precisamos rezar, não é? E lá vamos nós por caminhos tortuosos, dando trombadas e atropelando pessoas, fundamentados apenas em nosso infalível instinto de... pecadores...

O exemplo de Jesus deve animar-nos a corrigir diariamente a nossa rota. Abrir mão de nossa autossuficiência. Reconhecer nossa extrema dependência. Orientar de novo nossa vida para Deus e buscar as luzes do Espírito Santo. Este Espírito de sabedoria é quem pode ensinar-nos todas as coisas, mostrar-nos toda a verdade (cf. Jo 16, 13).

Quanto tempo de nosso dia temos dedicado à oração?

 

Orai sem cessar: “O Senhor preservará teu pé de toda cilada.” (Pr 3, 26)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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