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Liturgia de 01 de novembro de 2018

QUINTA FEIRA DA XXX SEMANA COMUM
(cor verde - ofício do dia da II semana)

Antífona da entrada

- Exulte o coração dos que buscam a Deus. Sim, buscai o Senhor e sua força, procurai sem cessar a sua face (Sl 104, 3).

Oração do dia

 

- Deus eterno e todo-poderoso, aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade e dai-nos amar o que ordenais para conseguirmos o que prometeis. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Ef 6,10-20


- Leitura da carta de são Paulo aos Efésios: 10Para terminar, irmãos, confortai-vos no Senhor, e no domínio de sua força, 11revesti-vos da armadura de Deus, para estardes em condições de enfrentar as manobras do diabo. 12Pois não é a homens que enfrentamos, mas as autoridades, os poderes, as dominações deste mundo de trevas, os espíritos do mal que estão nos céus. 13Revesti, portanto, a armadura de Deus, a fim de que no dia mau possais resistir e permanecer firmes em tudo. 14De pé, portanto! Cingi os vossos rins com a verdade, revesti-vos com a couraça da justiça 15e calçai os vossos pés com a prontidão em anunciar o Evangelho da paz. 16Tomai o escudo da fé, o qual vos permitirá apagar todas as flechas ardentes do Maligno. 17Tomai, enfim, o capacete da salvação e o gládio do espírito, isto é, a Palavra de Deus. 18Com preces e súplicas de vária ordem, orai em todas as circunstâncias, no Espírito, e vigiai com toda a perseverança, intercedendo por todos os santos. 19Orai também por mim, para que a palavra seja posta em minha boca para anunciar corajosamente o mistério do Evangelho, 20do qual sou embaixador acorrentado. Possa eu, como é minha obrigação, proclamá-lo com toda a ousadia.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 144,1.2.9-10 (R: 1a)

- Bendito seja o Senhor, meu rochedo!

R: Bendito seja o Senhor, meu rochedo!

- Bendito seja o Senhor, meu rochedo, que adestrou minhas mãos para a luta  e meus dedos treinou para a guerra;

R: Bendito seja o Senhor, meu rochedo!

- Ele é meu amor e meu refúgio, libertador, fortaleza e abrigo; é meu escudo: é nele que espero, ele submete as nações a meus pés.

R: Bendito seja o Senhor, meu rochedo!

- Um canto novo, meu Deus, vou cantar-vos nas dez cordas da harpa louvar-vos, a vós que dais a vitória aos reis e salvais vosso servo;

R: Bendito seja o Senhor, meu rochedo!

Aclamação ao santo Evangelho.

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

 - Bendito é o rei que vem em nome do Senhor! Glória a Deus nos altos céus e na terra paz aos homens! (Lc 19,38; 2,14).

Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 13, 31-35


- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.

- Glória a vós, Senhor!

- 31Naquela hora, alguns fariseus aproximaram-se e disseram a Jesus: “Tu deves ir embora daqui, porque Herodes quer te matar”. 32Jesus disse: “Ide dizer a essa raposa: eu expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e no terceiro dia terminarei o meu trabalho. 33Entretanto, preciso caminhar hoje, amanhã e depois de amanhã, porque não convém que um profeta morra fora de Jerusalém. 34Jerusalém, Jerusalém! Tu que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes eu quis reunir teus filhos, como a galinha reúne os pintinhos debaixo das asas, mas tu não quiseste! 35Eis que vossa casa ficará abandonada. Eu vos digo: não me vereis mais, até que chegue o tempo em que vós mesmos direis: Bendito aquele que vem em nome do Senhor”.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

Liturgia comentada
Debaixo das asas... (Lc 13,31-35)

Este é um Evangelho pungente, capaz de tocar nosso coração, ao revelar-nos a profunda sensibilidade humana do Filho de Deus que nascera de Mulher. Jesus antevê a ruína que se aproxima e a desolação que virá sobre a Cidade Santa, e lamenta sua recusa em acolher o Enviado do Pai.

Mais uma vez, Jesus vem utilizar imagens simples, coisas do cotidiano, para expressar sua visão das coisas. Desta vez, para expressar seus cuidados com o povo de Israel, o seu afeto por Jerusalém, ele se compara a uma galinha que chocou seus pintainhos e, zelosa e atenta, envolve-os na proteção de suas asas.

A imagem das asas divinas estendidas sobre o Povo Escolhido reaparece aqui e ali na Escritura Sagrada. O “Cântico de Moisés” (Dt 32) fala da atitude de Deus para com seu povo: “Qual águia que desperta a ninhada, esvoaçando sobre os filhotes, também o Senhor estendeu suas asas e o apanhou, e sobre suas penas o carregou”.

O salmista retoma a mesma imagem: “Os homens se refugiam à sombra de tuas asas”. (Sl 36,8b) E ainda: “Vou morar na tua tenda para sempre, à sombra de tuas asas encontrar abrigo!” (Sl 61,5) E o profeta o repete: “Mas para vós que tendes o meu temor, o sol da justiça há de nascer, trazendo o alívio em suas asas!” (Ml 3,20)

Jesus não fala de águias nem de outras aves nobres, conhecidas pela força, pela agressividade. Humilde e manso, Jesus prefere a figura das galinhas, mães excelentes, notáveis protetoras. É a sua maneira de manifestar ternura e aconchego. De sugerir aproximação a todos nós.

Lev Gillet, conhecido autor espiritual da Igreja Ortdoxa, publicou um pequeno livro – “Amour sans Limites” - em que ele imagina Jesus Cristo que se dirige ao leitor com palavras da mais terna intimidade. E ele nos convida: “Meu filho, no começo existiu – e existe sempre – um Coração, um Coração que não cessou de bater pelos homens, de pulsar por ti. Queres dar-me teu coração?”

E se adianta ainda mais: “Dá-me teu coração. Meu filho, é o universo inteiro que assim grita para ti. É todo o sofrimento humano, toda a humana abertura de boa vontade, todos os espasmos humanos que têm necessidade de que tu compreendas e intercedas, por mais indigno que sejas. Não ouves este grito?”

É na entrega total ao Senhor que encontraremos a paz.

Orai sem cessar: “Senhor, eu me abrigo à sombra de tuas asas!” (Sl 57,2)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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