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Liturgia de 24 de novembro de 2018

SABADO – SANTO ANDRÉ DUNG-LAC PRESBÍTERO E MÁRTIR
(Vermelho, pref. comum ou dos mártires – ofício da memória)

Antífona da entrada

 

- A cruz de nosso Senhor Jesus Cristo deve ser a nossa glória: nele está nossa vida e ressurreição; para os salvos, como nós, ela é poder de Deus

(1Cor 1,18).

 

Oração do dia

 

- Ó Deus, fonte e origem de toda paternidade, que destes aos santos mártires André e seus companheiros serem fiéis à cruz do vosso Filho até a efusão do sangue, concedei, por sua intercessão, que, propagando o vosso amor entre os irmãos, possamos ser chamados vossos filhos e filhas e realmente o sejamos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Ap 11,4-12

 

- Leitura do livro do Apocalipse de são João: Disseram a mim, João: 4Essas duas testemunhas são as duas oliveiras e os dois candelabros, que estão diante do Senhor da terra. 5Se alguém quiser fazer-lhes mal, um fogo sairá da boca delas e devorará seus inimigos. Sim, se alguém quiser fazer-lhes mal, é assim que vai morrer. 6Elas têm o poder de fechar o céu, de modo que não caia chuva alguma enquanto durar a sua missão profética. Elas têm também o poder de transformar as águas em sangue. E quantas vezes elas quiserem, podem ferir a terra com todo o tipo de praga. 7Quando elas terminarem o seu testemunho, a besta que sobe do Abismo vai combater contra elas, vai vencê-las e matá-las. 8E os cadáveres das duas testemunhas vão ficar expostos na praça da grande cidade, que se chama, simbolicamente, Sodoma e Egito, e na qual foi crucificado também o Senhor delas. 9Gente de todos os povos, raças, línguas e nações, verão seus cadáveres durante três dias e meio, e não deixarão que os corpos sejam sepultados. 10Os habitantes da terra farão festa pela morte das testemunhas; felicitar-se-ão e trocarão presentes, pois estes dois profetas estavam incomodando os habitantes da terra. 11Depois dos três dias e meio, um sopro de vida veio de Deus, penetrou nos dois profetas e eles ficaram de pé. Todos aqueles que os contemplavam, ficaram com muito medo. 12Ouvi então uma voz forte vinda do céu e chamando os dois: “Subi para aqui!” Eles subiram ao céu, na nuvem, enquanto os inimigos ficaram olhando.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 144,1.2.9-10 (R: 1a)

 

- Bendito seja o Senhor, meu rochedo!

R: Bendito seja o Senhor, meu rochedo!


- Bendito seja o Senhor, meu rochedo, que adestrou minhas mãos para a luta, e os meus dedos treinou para a guerra!

R: Bendito seja o Senhor, meu rochedo!


- Ele é meu amor, meu refúgio, libertador, fortaleza e abrigo; é meu escudo: é nele que espero, ele submete as nações a meus pés.

R: Bendito seja o Senhor, meu rochedo!


- Um canto novo, meu Deus, vou cantar-vos, nas dez cordas da harpa louvar-vos, a vós que dais a vitória aos reis e salvais vosso servo Davi.

R: Bendito seja o Senhor, meu rochedo!


Aclamação ao santo Evangelho

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- Jesus Cristo salvador destruiu o mal e a morte; fez brilhar pelo evangelho a luz e a vida imperecíveis  (2Tm 1,10).

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 20,27-40

 

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

- Glória a vós, Senhor!   

- Naquele tempo, 27aproximaram-se de Jesus alguns sa­duceus, que negam a ressurreição, 28e lhe perguntaram: “Mestre, Moisés deixou-nos escrito: se alguém tiver um irmão casado e este morrer sem filhos, deve casar-se com a viúva a fim de garantir a descendência para o seu irmão. 29Ora, havia sete irmãos. O primeiro casou e morreu, sem deixar filhos. 30Também o segundo 31e o terceiro se casaram com a viúva. E assim os sete: todos morreram sem deixar filhos. 32Por fim, morreu também a mulher. 33Na ressurreição, ela será esposa de quem? Todos os sete estiveram casados com ela”. 34Jesus respondeu aos saduceus: “Nesta vida, os homens e as mulheres casam-se, 35mas os que forem julgados dignos da ressurreição dos mortos e de participar da vida futura, nem eles se casam nem elas se dão em casamento; 36e já não poderão morrer, pois serão iguais aos anjos, serão filhos de Deus, porque ressuscitaram.  37Que os mortos ressuscitam, Moisés também o indicou na passagem da sarça, quando chama o Senhor ‘o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó’. 38Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para ele”. 39Alguns doutores da Lei disseram a Jesus: “Mestre, tu falaste muito bem”. 40E ninguém mais tinha coragem de perguntar coisa alguma a Jesus.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!   


 

Liturgia comentada
O Deus dos vivos... (Lc 20,27-40)

O foco deste Evangelho não é o casamento indissolúvel ou o direito de repudiar o cônjuge. A história perpetrada pelos saduceus – a mesma mulher com sete maridos sucessivos - foi apenas uma armadilha com que pretendiam confundir a Jesus. O foco é a ressurreição dos mortos.

Vamos acolher a lição de São Cirilo de Alexandria [378-444 d.C.]:

“Toda alma que crê na ressurreição trata a si mesma com respeito”. Quem não crê na ressurreição abusa de seu próprio corpo como o faria de um corpo estranho. A Santa Igreja nos ensina a fé na ressurreição dos mortos: artigo de fé importante e muito necessário, combatido por muitos, mas estabelecido pela verdade. Os gregos o combatem, os samaritanos o negam, os heréticos o rasgam. A contradição tem muitas faces, mas a verdade tem um único rosto.

Há cem ou duzentos anos, onde estávamos todos nós? Ignoras que a partir de coisas sem força, nem forma, nem diversidade é que fomos gerados? Aquele que criou o que não existia, não iria ressuscitar aquele que morreu depois de sua existência?

Voltemo-nos agora para os escritos da Lei. Deus diz a Moisés: ‘Eu sou o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó’. (Ex 3,6) Se Abraão estava morto, assim como Isaac e Jacó, Deus é, então, o Deus dos que não existem? Assim, é preciso que Abraão, Isaac e Jacó ainda existam para que nesta passagem Deus seja o Deus de personagens existentes, pois ele não disse “Eu era o Deus deles”, mas “Eu sou”.

A vara de Aarão, quebrada e morta, pôs-se a florir sem mesmo ter passado pela água (Nm 17). Esta vara, por assim dizer, ressuscitou dos mortos enquanto o próprio Aarão não ressuscitaria? Deus operou um milagre em um pedaço de pau; não daria a ressurreição ao próprio Aarão?

Para criar o homem, Deus mudou a poeira em carne; não seria a carne novamente restaurada em carne? De onde tiraram sua existência o céu, a terra e o mar? E o sol, a lua e as estrelas? Como os pássaros e os peixes foram tirados das águas? Tantas miríades de criaturas foram transportadas do nada para o ser, e nós, homens, criados à imagem de Deus, será que não ressuscitaremos? [...]

Lembrai ainda as palavras de Paulo aos coríntios: ‘Se os mortos não ressuscitam, então também Cristo não ressuscitou’. (1Cor 15,13) Depois, ele chama de ‘loucos’ os que não creem. E aos tessalonicenses: ‘Os mortos que estão em Cristo ressuscitarão primeiro’. (1Ts 4,16)

Orai sem cessar: “Tornarás a dar-me vida!” (Sl 71,20)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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