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Liturgia de 03 dezembro de 2018

SEGUNDA FEIRA- SÃO FRANCISCO XAVIER PRESBÍTERO – MISSIONÁRIO DA ÁSIA
(branco, pref. do advento I ou dos pastores - ofício da memória)

 

 Antífona da entrada

- Estes são homens santos que se tornam amigos de Deus, gloriosos arautos de sua mensagem.

 Oração do dia

 

- Ó Deus, que pela pregação de são Francisco Xavier, conquistastes para vós muitos povos do oriente, concedei a todos os fiéis o mesmo zelo, para que a santa Igreja possa alegrar-se com o nascimento de novos filhos em toda a terra. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Is 4,4-6


- Leitura do livro do profeta Isaías: 2Naquele dia, o povo do Senhor terá esplendor e glória, e o fruto da terra será de grande alegria para os sobreviventes de Israel. 3Então, os que forem deixados em Sião, os sobreviventes de Jerusalém, serão chamados santos, a saber, todos os destinados à vida em Jerusalém. 4Quando o Senhor tiver lavado as imundícies das filhas de Sião, e limpado as manchas de sangue dentro de Jerusalém, com espírito de justiça e de purificação, 5ele criará em todo lugar do monte Sião e em suas assembleias uma nuvem durante o dia, e fumaça e clarão de chamas durante a noite: e será proteção para toda a sua glória, 6uma tenda para dar sombra contra o calor do dia, abrigo e refúgio contra a ventania e a chuva.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 122, 1-4a.4b-5.6-7.8-9 (R: 1)

- Que alegria, quando me disseram: 'Vamos à casa Senhor!

R: Que alegria, quando me disseram: 'Vamos à casa Senhor!


- Que alegria, quando ouvi que me disseram: 'Vamos à casa do Senhor!'
E agora nossos pés já se detêm, Jerusalém, em tuas portas. 

R: Que alegria, quando me disseram: 'Vamos à casa Senhor!


- Jerusalém,cidade bem edificada num conjunto harmonioso; apara lá sobem as tribos de Israel, as tribos do Senhor. 

R: Que alegria, quando me disseram: 'Vamos à casa Senhor!


- Para louvar, segundo a lei de Israel, o nome do Senhor. A sede da justiça lá está e o trono de Davi. 

R: Que alegria, quando me disseram: 'Vamos à casa Senhor!


- Rogai que viva em paz Jerusalém, e em segurança os que te amam!

Que a paz habite dentro de teus muros, tranquilidade em teus palácios! 

R: Que alegria, quando me disseram: 'Vamos à casa Senhor!


- Por amor a meus irmãos e meus amigos, peço: 'A paz esteja em ti!'

Pelo amor que tenho à casa do Senhor, eu te desejo todo bem!

R: Que alegria, quando me disseram: 'Vamos à casa Senhor!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

 - Eis que virá o nosso Deus com poder e majestade. Ele há de iluminar os olhos dos seus servos.

Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 8,5-11


- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.

- Glória a vós, Senhor!

 - Naquele tempo: 5Quando Jesus entrou em Cafarnaum, um oficial romano aproximou-se dele, suplicando: 6'Senhor, o meu empregado está de cama, lá em casa, sofrendo terrivelmente com uma paralisia.' 7Jesus respondeu: 'Vou curá-lo.' 8O oficial disse: 'Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado. 9Pois eu também sou subordinado e tenho soldados debaixo de minhas ordens. E digo a um : 'Vai!', e ele vai; e a outro: 'Vem!', e ele vem; e digo ao meu escravo: 'Faze isto!', e ele faz.' 10Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado, e disse aos que o seguiam: 'Em verdade, vos digo: nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé. 11Eu vos digo: muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa no Reino dos Céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

Liturgia comentada
Uma só palavra... (Mt 8, 5-11)

Neste Evangelho, Jesus se encontra com um centurião romano, um oficial que capitaneava 100 legionários. No exército, o superior dá ordens aos subordinados. Uma palavra, e eles obedecem. É uma questão de hierarquia, de autoridade.

Quando esse centurião – um pagão, estranho ao Povo Escolhido – se aproxima de Jesus, busca a cura de um servo muito estimado, que jaz em casa, paralítico. Para surpresa do militar, Jesus ouve o pedido e prontamente se dispõe a visitar o doente em casa. Era muito mais do que o suplicante esperava obter.

Daí seu espanto e suas escusas: mesmo como oficial subalterno, submisso ao general, ele conhecia o poder de uma palavra de mando. Com breves imperativos – Vai! Vem! Faz! -, o centurião via suas ordens prontamente realizadas.

E aqui se manifesta o seu notável ato de fé: Jesus não precisa ir pessoalmente a sua casa, basta uma palavra pronunciada à distância! E é uma fé mesclada de humildade: “Eu, um reles pagão – aquele que os judeus chamam de “cão” e de impuro –, não sou digno de que o Rabi entre sob meu teto. Mas se disser uma simples palavra de comando, a enfermidade deixará meu servo!”

Desta maneira, aquele oficial manifesta sua fé no poder de Jesus (algo exclusivo de Deus!) sobre a matéria, sobre as enfermidades, o poder de curar e salvar. Fica evidente o contraste entre a inesperada fé manifestada pelos pagãos (como o samaritano que volta para agradecer, e o outro militar romano aos pés da cruz) face à descrença pétrea dos compatriotas de Jesus.

Ainda hoje a Igreja se admira desse ato de fé. Não por acaso, quis incluí-lo no momento nobre da liturgia eucarística, logo antes da Comunhão. Tais estrangeiros são como que primícias daqueles que viriam “do Oriente e do Ocidente” para formar o novo Israel, a Igreja de Cristo.

“Vai! Faça-se conforme a tua fé!” A frase final de Jesus parece mostrar que o poder de Deus se “acomoda” à nossa disposição para sua acolhida, que a ausência de fé no coração humano paralisa o próprio Senhor. Não admira que, em outro Evangelho, Jesus “não tenha feito ali nenhum milagre, devido à falta de confiança” dos moradores do lugar (cf. Mc 6, 5-6).

E nós? Apostamos na Palavra de Jesus?

Orai sem cessar: “O Senhor é minha luz e minha salvação.” (Sl 27,1)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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