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Liturgia de 12 de dezembro de 2018

QUARTA FEIRA - NOSSA SENHORA DE GUADALUPE - PADROEIRA DA AMÉRICA LATINA
 (branco, glória, prefácio de Maria - ofício da festa)

 

Antífona da entrada

- Alegremo-nos todos no Senhor, celebrando a festa de Nossa Senhora de Guadalupe; conosco alegram-se anjos e glorificam o Filho de Deus.

Oração do dia

- Ó Deus, que nos destes a santa virgem Maria para amparar-nos como mãe solícita, concedei aos povos da América Latina, que hoje se alegram com sua proteção, crescer constantemente na fé e alcançar o desejado progresso no caminho da justiça e da paz. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Gl 4, 4-7


- Leitura da carta de são Paulo aos Gálatas - Irmãos, 4quando se completou o tempo previsto, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sujeito à Lei, 5a fim de resgatar os que eram sujeitos à Lei e para que todos recebêssemos a filiação adotiva. 6E porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: Abá - ó Pai! 7Assim, já não és mais escravo, mas filho; e se és filho, és também herdeiro: tudo isso, por graça de Deus.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial Sl 96, 1-2a.2b-3.10 (R: 3a)

 

- Manifestai a sua glória entre as nações.

R: Manifestai a sua glória entre as nações.

 

- Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! Cantai e bendizei seu Santo nome.

R: Manifestai a sua glória entre as nações.

 

- Dia após dia anunciai sua salvação, manifestai a sua glória entre as nações, e entre os povos do universo seus prodígios!

R: Manifestai a sua glória entre as nações.

 

- Publicai entre as nações: "Reina o Senhor! Ele firmou o universo inabalável, e os povos ele julga com justiça".

R: Manifestai a sua glória entre as nações.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

- Maria, alegra-te, ó cheia de graça, o Senhor é contigo; és bendita entre todas as mulheres da terra! (Lc 1,28)

 Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 1, 39-47

 

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

- Glória a vós, Senhor!

 

- 39Naqueles dias Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judéia. 40Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. 41Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou em seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42Com um grande grito, exclamou: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! 43Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? 44Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. 45Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu". 46Então Maria disse: "A minha alma engrandece o Senhor, 47e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador".

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

 

Liturgia comentada
O fruto de teu ventre... (Lc 1,39-47)

Este é o Evangelho da Visitação de Maria a sua parenta Isabel, aquela idosa estéril que Deus fez mãe de João Batista. Esta gravidez humanamente impossível fora exatamente o “sinal” dado pelo anjo Gabriel a Maria de Nazaré no momento da Anunciação, como uma espécie de apoio para o ato de fé da jovem hebreia.

E é dos lábios de Isabel, intimamente instruída pelo Espírito Santo (cf. Lc 1,41-42), que Maria ouve a saudação – os gregos a chamam de “aspasmós” – que repetimos cada vez que rezamos uma Ave-Maria: “Bendito é o fruto de teu ventre!” A chegada de Maria não só traz o Espírito para Isabel e João Batista, como dá ocasião ao louvor dirigido a Jesus, que ela transporta: ele é bendito.

Como observa Urs von Balthasar, não é Maria que dá a conhecer sua gravidez a Isabel, pois a jovem noiva se manterá em silêncio até mesmo para seu noivo José, ciosa do segredo divino. É o Espírito Santo que faz “pular de alegria” no seio de Isabel o pequeno João Batista. Maravilhosa encruzilhada da Primeira Aliança (Isabel, mãe do Precursor) com a Nova Aliança (Maria, mãe do Messias prometido)!

Comenta von Balthasar: “Se o Batista não saberia, de início, quem é o maior que vem depois dele (“eu não o conhecia” – Jo 1,33), entretanto ele já foi santificado por esse maior nas entranhas maternas e escolhido como Precursor. Por extensão, podemos dizer: em vista do cumprimento da promessa, em vista do Cristo, todo o Antigo Testamento está destinado a ser o precursor, de tal modo que ele só adquire sua plenitude ao ser desdobrado a partir de Cristo”.

De fato, os homens da Primeira Aliança tinham apenas uma pálida imagem daquilo que esperavam como salvação nas sombras do futuro. Isabel, ao contrário – comenta o mesmo teólogo -, cheia do Espírito Santo, tal como seu filho, sabe-o com exatidão. E desde então ela pode saudar a mulher que se apresenta diante dela como aquela que possuiu a fé perfeita, a ponto de Deus poder levar sua longa promessa até seu cumprimento.

A primeira eleição de Deus em relação a Maria – sua escolha como cooperadora da Encarnação – manifesta-se continuamente ao longo da história humana. Depois de ter sido o primeiro “canal” para a vinda do Salvador, Maria continua a serviço do Senhor para fazer contatos com todos os povos, seja no México, na França ou em Portugal. Maria nos põe em contato com Deus...

Orai sem cessar: “Meu fruto é melhor do que o ouro fino!” (Pr 8,19)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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