L Liturgia

Liturgia de 21 de dezembro de 2018

SEXTA FEIRA DA III SEMANA DO ADVENTO
(roxo, pref. do Advento II - ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

- Eis que chega o Senhor dos senhores; seu nome será Emanuel, o Deus “conosco” (Is 7,14;8,10).

Oração do dia

 

- Ouvi com bondade, ó Deus as preces do vosso povo, para que alegrando-nos hoje com a vinda do vosso Filho em nossa carne, alcancemos o prémio da vida eterna, quando ele vier na sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Ct 2,8-14

 

- Leitura do livro Cântico dos Cânticos: 8É a voz do meu amado! Eis que ele vem saltando pelos montes, pulando sobre as colinas. 9O meu amado parece uma gazela, ou um cervo ainda novo. Eis que ele está de pé atrás de nossa parede, espiando pelas janelas, observando através das grades. 10O meu amado me fala dizendo: 'Levanta-te, minha amada, minha rola, formosa minha, e vem! 11O inverno já passou, as chuvas pararam e já se foram. 12No campo aparecem as flores, chegou o tempo das canções, a rola já faz ouvir seu canto em nossa terra. 13Da figueira brotam os primeiros frutos, soltam perfume as vinhas em flor. Levanta-te, minha amada, formosa minha, e vem! 14Minha rola, que moras nas fendas da rocha, no esconderijo escarpado, mostra-me teu rosto, deixa-me ouvir tua voz! Pois a tua voz é tão doce, e gracioso o teu semblante'.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 33,2-3.11-12.20-21 (R: 1a.3a)

- Ó justos, alegrai-vos no Senhor! Cantai para o Senhor um canto novo!

R: Ó justos, alegrai-vos no Senhor! Cantai para o Senhor um canto novo!


- Dai graças ao Senhor ao som da harpa, na lira de dez cordas celebrai-o!
Cantai para o Senhor um canto novo, com arte sustentai a louvação! 
R: Ó justos, alegrai-vos no Senhor! Cantai para o Senhor um canto novo!


- Mas os desígnios do Senhor são para sempre, e os pensamentos que ele traz no coração, de geração em geração, vão perdurar. Feliz o povo cujo Deus é o Senhor, e a nação que escolheu por sua herança!  
R: Ó justos, alegrai-vos no Senhor! Cantai para o Senhor um canto novo!


- No Senhor nós esperamos confiantes, porque ele é nosso auxílio e proteção!
Por isso o nosso coração se alegra nele, seu santo nome é nossa única esperança.
R: Ó justos, alegrai-vos no Senhor! Cantai para o Senhor um canto novo!

Aclamação ao santo Evangelho.

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

 - Ó Emanuel, sois vosso rei e orientador: vinde salvar-nos, ó Senhor e nosso Deus!

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Lc 1,39-45

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.

- Glória a vós, Senhor!

- 39Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judéia. 40Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. 41Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42Com um grande grito, exclamou: 'Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!' 43Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar?
44Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. 45Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido, o que o Senhor lhe prometeu.'

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

 

Liturgia comentada
Feliz aquela que acreditou! (Lc 1,39-45)

O tema da “felicidade” é uma das ideias condutoras da era moderna. De um lado, os céticos, afirmando que a felicidade é uma ilusão, um sonho impossível neste planeta enfumaçado. Um dos bordões correntes garante que “felicidade são momentos”... Nada que dure...

No polo oposto, encontramos aqueles que adotam a felicidade como ideal prioritário, entendendo-a como um alvo a ser conquistado a todo preço, a qualquer custo, doa a quem doer. Claro que este libertino excesso de individualismo nos transformaria em lobos rapaces, verdadeiras ameaças para o próximo e para a sociedade.

Ora, um exame mais atento da história humana acabará por encontrar pessoas realmente felizes, ainda que trilhando diferentes caminhos. Francisco de Assis, na Idade Média, achou a felicidade no desapego dos bens materiais. Teresa de Calcutá, em nossos dias, encontrou-a no serviço aos mais pobres. Todos eles, no entanto, tornaram-se felizes por um ato de fé.

É o caso do Evangelho de hoje, quando, intimamente iluminada pelo Espírito Santo, Isabel exclama para a visitante: “Feliz és tu, que creste, porque se há de cumprir aquilo que te foi dito da parte do Senhor!” Deus tinha uma missão para Maria – ser a Mãe do Salvador -, mas esta missão seria impossível sem o ato de fé, sem a aposta que ela fez diante da proposta divina.

Parece que nem sempre percebemos que o ato de fé seja o ponto de encontro com a sonhada felicidade. Não que os fiéis não tenham problemas, mas, ao apostarem tudo em Deus, passam a contar com a graça divina, sem a qual é mais fácil encontrar os portões do inferno do que as bem-aventuranças eternas.

Se alguém ainda duvida, leia os relatos de tantos convertidos que registraram seu encontro com Deus e a felicidade daí resultante. Na extensa fileira, figura o Saulo da estrada de Damasco, o Agostinho das “Confissões”, o Thomas Merton de “A Montanha dos Sete Patamares”, o C.S.Lewis de “Suprised by Joy”, o Jacques Loew de “Meu Deus em quem confio”, o André Frossard de “Deus existe, eu o encontrei!

A lista é imensa. Em todos eles uma constante: um encontro com Deus, um ato de fé e... uma vida transfigurada. A todos eles, Isabel repetiria as mesmas palavras: “Feliz és tu, que creste!”

Orai sem cessar: “Eu sei em quem acreditei!” (2Tm 1,12)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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