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Liturgia de 03 de janeiro de 2019

QUINTA FEIRA – SANTISSIMO NOME DE JESUS
(branco, pref. do Natal - ofício do dia)

Antífona da entrada

 

- No princípio e antes dos séculos, o Verbo era deus, e dignou-se a nascer para salvar o mundo (Jo 1,11).

Oração do dia

- Ó Deus, pelo nascimento do vosso Filho, iniciastes maravilhosamente a redenção do vosso povo. Concedei a vossos servos e servas uma fé tão firme, que nos deixemos conduzir por ele e cheguemos à glória prometida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: 1 Jo 2,29-3,6

 

- Leitura da primeira carta de são João: Caríssimos: 29 Já que sabeis que ele é justo, sabei também que todo aquele que pratica a justiça nasceu dele. 3,1Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos! Se o mundo não nos conhece, é porque não conheceu o Pai. 2 Caríssimos, desde já somos filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é. 3 Todo o que espera nele, purifica-se a si mesmo, como também ele é puro. 4 Todo o que comete pecado comete também a iniquidade, porque o pecado é a iniquidade. 5 Vós sabeis que ele se manifestou para tirar os pecados e que nele não há pecado. 6 Todo aquele que peca mostra que não o viu, nem o conheceu.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 98,1.3cd-4.5-6 (R: 3a)

- Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.

R: Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.


- Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.

R: Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.


- Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!

R: Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.

- Cantai salmos ao Senhor ao som da harpa e da cítara suave! Aclamai, com os clarins e as trombetas, ao Senhor, o nosso Rei!

R: Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- A palavra se fez carne, entre nós ela habitou; e todos os que a acolheram, de Deus filhos se tornaram (Jo 1,14.12).

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 1,29-34

 

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.

- Glória a vós, Senhor!  


- 29 No dia seguinte, João viu Jesus aproximar-se dele e disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. 30 Dele é que eu disse: Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque existia antes de mim. 31 Também eu não o conhecia, mas se eu vim batizar com água, foi para que ele fosse manifestado a Israel”. 32 E João deu testemunho, dizendo: “Eu vi o Espírito descer, como uma pomba do céu, e permanecer sobre ele. 33Também eu não o conhecia, mas aquele que me enviou a batizar com água me disse: ‘Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, este é quem batiza com o Espírito Santo’. 34Eu vi e dou testemunho: Este é o Filho de Deus!”

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor! 

 

Liturgia comentada
Eu vi... (Jo 1,29-34)

Este Evangelho nos fala de um conhecimento especial de Jesus Cristo. Uma experiência de quem o viu. Muitas vezes, nós sabemos de coisas por ouvir falar. Sabemos de outras por simples dedução lógica. Não é este, porém, o “conhecimento” de João Batista enquanto testemunha do Verbo de Deus. João, o batizador, é uma testemunha ocular (v. 34): “Eu vi, e por isso dou testemunho: ele é o Filho de Deus!”

A perícope do Evangelho escolhida pela liturgia de hoje apresenta 4 vezes o verbo “ver”, que expressa uma experiência sensorial direta através do sentido da visão. Aquilo que a Primeira Aliança não pôde ver, permanecendo oculto por séculos, agora vem manifestar-se aos olhos da Nova Aliança: “Muitos profetas e justos desejaram ver o que estais vendo, e não viram...” (Mt 13,17)

E o apóstolo João confirmaria esta mesma visão de Cristo em sua 1ª Carta: “Aquele que era desde o princípio, aquele que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e o que nossas mãos apalparam da Palavra da Vida [...], isso que vimos e ouvimos, nós vos anunciamos...” (1Jo 1,1.3)

São olhos e olhares que acompanharam o Filho de Deus encarnado desde a gruta de Belém, onde mamava um recém-nascido, até o drama do Calvário, onde o mesmo evangelista se diz presente à morte do Cordeiro inocente: “Aquele que viu dá testemunho, e seu testemunho é verdadeiro; ele sabe que fala a verdade, para que vós também acrediteis”. (Jo 19,35)

Deste modo, fica evidente que nossa fé não brota de ilusões ou de lendas piedosas, não é fruto da imaginação, mas do testemunho dos apóstolos. Um testemunho tão sólido e incontestável que, ao longo dos séculos, foi assinado com o sangue dos mártires.

Ao identificar Jesus como o Cordeiro de Deus, João Batista se refere ao cordeiro pascal e ao sacrifício de salvação que seria cumprido no Calvário. Assim, a “visão” do Precursor não se esgota na cena imediata do Jordão, mas se projeta infinitamente no plano da salvação. É esta a visão que nos dá o Espírito Santo, permitindo que dos fatos imediatos tenhamos a compreensão dos desígnios de Deus.

Orai sem cessar: “Senhor, queremos ver Jesus!” (Jo 12,21)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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