L Liturgia

Liturgia de 02 de março de 2019

SABADO DA VII SEMANA DO TEMPO COMUM
(cor verde - ofício do dia)

Antífona da entrada

- Confiei, Senhor, na vossa misericórdia; meu coração exulta porque me salvais. Cantarei ao Senhor pelo bem que me fez (Sl 12,6).

Oração do dia

- Concedei, ó Deus todo poderoso, que, procurando conhecer sempre o que é reto, realizemos vossa vontade em nossas palavras e ações. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Eclo 17,1-13


- Leitura do livro do Eclesiástico: 1Da terra Deus criou o homem, e o formou à sua imagem. 2E à terra o faz voltar novamente, embora o tenha revestido de poder, semelhante ao seu. 3Concedeu-lhe dias contados e tempo determinado, deu-lhe autoridade sobre tudo o que está sobre a terra. 4Em todo ser vivo infundiu o temor do homem, fazendo-o dominar sobre as feras e os pássaros.
5Deu aos homens discer­nimento, língua, olhos, ouvidos, e um coração para pensar; encheu-os de inteligência e de sabedoria. 6Deu-lhes ainda a ciência do espírito, encheu o seu coração de bom senso e mostrou-lhes o bem e o mal. 7Infundiu o seu temor em seus corações, mostrando-lhes as grandezas de suas obras. 8Concedeu-lhes que se gloriassem de suas maravilhas, louvassem o seu Nome Santo e proclamassem as grandezas de suas obras. 9Concedeu-lhes ainda a instrução e entregou-lhes por herança a lei da vida. 10Firmou com eles uma aliança eterna e mostrou-lhes sua justiça e seus julgamentos. 11Seus olhos viram as grandezas da sua glória e seus ouvidos ouviram a glória da sua voz. Ele lhes disse: “Tomai cuidado com tudo o que é injusto!” 12E a cada um deu mandamentos em relação a seu próximo. 13Os caminhos dos homens estão sempre diante do Senhor e não podem ficar ocultos a seus olhos.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 103,13-14.15-16.17-18a. (R: 17)

- O amor do Senhor por quem o respeita, é de sempre e para sempre.

R: O amor do Senhor por quem o respeita, é de sempre e para sempre.


- Como um pai se compadece de seus filhos, o Senhor tem compaixão dos que o temem. Porque sabe de que barro somos feitos, e se lembra de que apenas somos pó.

R: O amor do Senhor por quem o respeita, é de sempre e para sempre.


- Os dias do homem se parecem com a erva, ela floresce como a flor dos verdes campos; mas apenas sopra o vento ela se esvai, já nem sabemos onde era o seu lugar.

R: O amor do Senhor por quem o respeita, é de sempre e para sempre.


- Mas o amor do Senhor Deus por quem o teme é de sempre e perdura para sempre; e também sua justiça se estende por gerações até os filhos de seus filhos, aos que guardam fielmente sua Aliança.

R: O amor do Senhor por quem o respeita, é de sempre e para sempre.

 

Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

- Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelastes os mistérios do reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores!  (Mt 11,25).

Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 10,13-16


- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  †  segundo Marcos.

- Glória a vós, Senhor!

- Naquele tempo, 13traziam crianças para que Jesus as tocasse. Mas os discípulos as repreendiam. 14Vendo isso, Jesus se aborreceu e disse: “deixai vir a mim as crianças. Não as proibais, porque o Reino de Deus é dos que são como elas. 15Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele”. 16Ele abraçava as crianças e as abençoava, impondo-lhes as mãos.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

 

Liturgia comentada
Jesus se indignou... (Mc 10,13-16)

Qual o motivo da indignação de Jesus? É que os discípulos - sim, aqueles que pretendem gerenciar Jesus! – tentavam impedir que as criancinhas fossem levadas até o Mestre.

Sempre se pode “dar um desconto” à imprudência dos discípulos, pois as crianças, naquela época, eram consideradas no máximo como uns “homúnculos”, sem estatuto de pessoa. Nem figuravam nas contagens e recenseamentos (cf. Mt 14,21; 15,38).

Mesmo assim, Jesus ficou “indignado”. Não apenas se “aborreceu”, como tenta adoçar a tradução da CNBB. No grego original, aparece o verbo “aganaktéo”, que indica “forte agitação interior” - um verbo muito intenso para ser reduzido a mero “aborrecimento”.

Isso foi naquele tempo. E hoje? Quais seriam os motivos da indignação de Jesus Cristo? Sem muito esforço, podemos fazer uma lista. Jesus deve estar “indignado” com:

- os casais que não deixam as criancinhas nascerem e usam de recursos artificiais para impedi-las de vir ao mundo...

- os pais e padrinhos que, depois de batizarem as crianças, não as acompanham em sua vida espiritual; não lhes proporcionam a necessária catequese; não incentivam sua amizade com Deus...

- os educadores que se limitam a dar aos pequenos um currículo de conhecimentos e habilidades, mas não se ocupam com a formação moral dos educandos...

- os governantes que desperdiçam recursos com arenas esportivas, mas alegam não dispor de verbas para creches, pré-escolas, assistência pré-natal, contratação de pediatras etc.

- os responsáveis por canais de televisão que inundam a mente das crianças e adolescentes com imagens de violência, rebeldia, falta de respeito pelos mais velhos, consumismo sem freios e sexualização precoce...

Hoje, como sempre, Jesus Cristo quer a aproximação das crianças. Sua ternura se derrama sobre os pequeninos com uma intensidade além de nossas medidas humanas. Jesus ama os pequenos. Sofre com eles. Indigna-se por eles, ao vê-los abandonados e abusados.

Mas Jesus também se alegra! É indizível a sua alegria ao ver os pequenos deficientes acolhidos amorosamente pela Comunidade Jesus Menino, de Petrópolis. Vibra de alegria com os catequistas que “gastam” seu tempo livre a encaminhar os pequenos em sua vida de oração. Jesus abençoa os profissionais da saúde que ficam de vigília para trazer ao mundo novos adoradores do Pai do Céu. Sabe? Jesus também faz plantão...

Orai sem cessar: “Desde o ventre de minha mãe, o Senhor já sabia o meu nome!” (Is 49,1)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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