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Liturgia de 12 de junho de 2019

QUARTA FEIRA DA X SEMANA DO TEMPO COMUM
(verde - ofício do dia)

Antífona da entrada

- O Senhor é minha luz e minha salvação, a quem poderia eu temer? O Senhor é o baluarte de minha vida, perante quem tremerei? Meus opressores e inimigos, são eles que vacilam e sucumbem (Sl 26,1)

Oração do dia

- Ó Deus, fonte de todo bem, atendei ao nosso apelo e fazei-nos, por vossa inspiração, pensar o que é certo e realizá-lo com vossa ajuda. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: 2º Cor 3, 4-11


- Leitura da segunda carta de são Paulo aos Coríntios - Irmãos, 4é por Cristo que temos tal confiança perante Deus, 5não porque sejamos capazes por nós mesmos de ter algum pensamento, como de nós mesmos, mas essa nossa capacidade vem de Deus. 6Ele é que nos tornou capazes de exercer o ministério de uma aliança nova. Esta não é uma aliança da letra, mas do Espírito. Pois a letra mata, mas o Espírito comunica a vida. 7Se o ministério da morte, gravado em pedras com letras, foi cercado de tanta glória, que os israelitas não podiam fitar o rosto de Moisés, por causa do seu fulgor, ainda que passageiro, 8quanto mais glorioso não será o ministério do Espírito? 9Pois, se o ministério, da condenação foi glorioso, muito mais glorioso há de ser o ministério ao serviço da justificação. 10Realmente em comparação com uma glória, tão eminente, já não se pode chamar glória o que então tinha sido glorioso. 11Pois se o que era passageiro foi marcado de glória, muito mais glorioso será o que permanece.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 99,5.6.7.8.9 (R: 9c)

- Santo é o Senhor nosso Deus!

R: Santo é o Senhor nosso Deus!

 

- Exaltai o Senhor nosso Deus, e prostrai-vos perante seus pés, pois é santo o Senhor nosso Deus!

R: Santo é o Senhor nosso Deus!

 

- Eis Moisés e Aarão entre os seus sacerdotes. E também Samuel invocava seu nome, e ele mesmo, o Senhor, os ouvia.

R: Santo é o Senhor nosso Deus!

 

- Da coluna de nuvem falava com eles. E guardavam a lei e os preceitos divinos, que o Senhor nosso Deus tinha dado.

R: Santo é o Senhor nosso Deus!

 

- Respondíeis a eles, Senhor nosso Deus, porque éreis um Deus paciente com eles, mas sabíeis punir seu pecado.

R: Santo é o Senhor nosso Deus!

 

- Exaltai o Senhor nosso Deus, e prostrai-vos perante seu monte, pois é santo o Senhor nosso Deus!

R: Santo é o Senhor nosso Deus!

Aclamação ao santo Evangelho.

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- Fazei-me conhecer vossa estrada, vossa verdade me oriente e me conduza!

(Sl 24,4).

Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus: Mt 5, 17-19


- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.

- Glória a vós, Senhor!

- Naquele tempo; disse Jesus aos seus discípulos: 17Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. 18Em verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo se cumpra. 19Portan­to, quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus”.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

 

Liturgia comentada
Não vim abolir... (Mt 5,17-19)

Aqui e ali, ouvem-se comentários: hoje as coisas são diferentes... Isso é coisa do passado... O mundo moderno não pode conviver com essas normas ultrapassadas... A Igreja é conservadora... São opiniões de pessoas que desejam jogar no lixo princípios e valores que são fundamentais para uma vida baseada no Evangelho, em nome de uma liberalização que acaba normalmente em libertinagem.

Neste Evangelho, Jesus de Nazaré, que parecia um revolucionário aos olhos de muitos contemporâneos, insiste várias vezes que não veio abolir os Dez Mandamentos. A Lei do Sinai ainda valia. E ainda vale!

Claro que Jesus não se referia aos 316 preceitos com que os fariseus haviam sobrecarregado a Lei, a ponto de proibirem que, no repouso do sábado, alguém pudesse dar dois nós em uma linha. O pensamento de Jesus se refere ao núcleo da Lei, às Dez Palavras (cf. Ex 20) que serviam de defensa para a árdua caminhada do povo escolhido.

Como abolir um mandamento que proíbe o homicídio? Como rasgar o preceito que leva os filhos a honrarem seus pais? Como manter a estabilidade da família se a esposa do próximo pode ser desejada e possuída? Jesus deixa claro que a Lei é tão estável quanto os céus e a terra, isto é, deve durar enquanto estes permanecem.

Não raro, algum pregador tenta afirmar que existe uma oposição entre a Lei mosaica e os evangelhos. Estão desmentindo o próprio Senhor. Não é a Lei, mas sua interpretação deturpada que merece reparos de Jesus, ele mesmo um cumpridor da Lei quando guardava o sábado (cf. Lc 4,16) e honrava seus pais (Lc 2,51). Ao rezar os salmos de seu povo, Jesus aprendeu que “a Lei de Deus é perfeita” (Sl 19,8).

Quando afirma que veio para “cumprir” a Lei, e não para a abolir, Jesus deixa claro que ele mesmo é o conteúdo da Lei: em sua pessoa se realiza tudo aquilo que os profetas anunciaram, tudo que os patriarcas desejaram ver... e não viram...

Por último, olhar em volta e ver o resultado da sonhada “abolição” da Lei de Deus: ateísmo, perda do sentido de sagrado, aborto legalizado, embriões usados como cobaias, assassinatos banais, famílias destroçadas, crianças no lixo...

Orai sem cessar: “Senhor, não esquecerei a tua palavra!” (Sl 119,16)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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