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Liturgia de 30 de junho de 2019

DOMINGO – SÃO PEDRO E SÃO PAULO
(Vermelho, glória, creio, pref. próprio  – Ofício da solenidade)

Antífona da entrada

 

- Eis os santos que, vivendo neste mundo, plantaram a Igreja, regando-a com sangue. Beberam do cálice do Senhor e se tornaram amigos de Deus.

Oração do dia

 

- Ó Deus, que hoje nos concedeis a alegria de festejar são Pedro e são Paulo, concedei à vossa Igreja seguir em tudo os ensinamentos destes apóstolos que nos deram as primícias da fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: At 12,1-11

- Leitura dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, 1o rei Herodes prendeu alguns membros da Igreja, para torturá-los. 2Mandou matar à espada Tiago, irmão de João. 3E, vendo que isso agradava aos judeus, mandou também prender a Pedro. Eram os dias dos Pães ázimos. 4“Depois de prender Pedro, Herodes colocou-o na prisão, guardado por quatro grupos de soldados, com quatro soldados cada um. Herodes tinha a intenção de apresentá-lo ao povo, depois da festa da Páscoa. 5Enquanto Pedro era mantido na prisão, a Igreja rezava continuamente a Deus por ele. 6Herodes estava para apresentá-lo. Naquela mesma noite, Pedro dormia entre dois soldados, preso com duas correntes; e os guardas vigiavam a porta da prisão. 7Eis que apareceu o anjo do Senhor e uma luz iluminou a cela. O anjo tocou o ombro de Pedro, acordou-o e disse: “Levanta-te depressa!” As correntes caíram-lhe das mãos. 8O anjo continuou: “Coloca o cinto e calça tuas sandálias!”  Pedro obedeceu e o anjo lhe disse: “Põe tua capa e vem comigo!” 9Pedro acompanhou-o, e não sabia que era realidade o que estava acontecendo por meio do anjo, pois pensava que aquilo era uma visão. 10Depois de passarem pela primeira e segunda guarda, chegaram ao portão de ferro que dava para a cidade. O portão abriu-se sozinho. Eles saíram, caminharam por uma rua e logo depois o anjo o deixou.
11Então Pedro caiu em si e disse: “Agora sei, de fato, que o Senhor enviou o seu anjo para me libertar do poder de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava!”

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 34,2-3.4-5.6-7.8-9 (R: 5)

 

- De todos os temores me livrou o Senhor Deus.

R: De todos os temores me livrou o Senhor Deus.


- Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, Seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor; Que ouçam os humildes e se alegrem!

R: De todos os temores me livrou o Senhor Deus.


- Comigo engrandecei ao Senhor Deus, Exaltemos todos juntos o seu nome! Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, E de todos os temores me livrou.

R: De todos os temores me livrou o Senhor Deus.


- Contemplai a sua face e alegrai-vos, E vosso rosto não se cubra de vergonha! Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, E o Senhor o libertou de toda angústia.

R: De todos os temores me livrou o Senhor Deus.


- O anjo do Senhor vem acampar Ao redor dos que o temem, e os salva. Provai e vede quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!

R: De todos os temores me livrou o Senhor Deus.

 

2ª Leitura: 2Tm 4,6-8.17-18

 

- Leitura da segunda carta de são Paulo a Timóteo: Caríssimo: 6Quanto a mim, eu já estou para ser derramado em sacrifício; aproxima-se o momento de minha partida. 7Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé. 8Agora está reservada para mim a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que esperam com amor a sua manifestação gloriosa. 17Mas o Senhor esteve a meu lado e me deu forças, ele fez com que a mensagem fosse anunciada por mim integralmente, e ouvida por todas as nações; e eu fui libertado da boca do leão. 18O Senhor me libertará de todo mal e me salvará para o seu Reino celeste. A ele a glória, pelos séculos dos séculos! Amém.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- Tu és Pedro e sobre esta pedra eu irei construir minha Igreja; e as portas do inferno não irão derrotá-la (Mt 16,18)

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 16,13-19

 

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

- Glória a vós, Senhor!   

 

- Naquele tempo, 13Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” 14Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. 15Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” 16Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. 17Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

  

 

Liturgia comentada
Tu és o Cristo!. (Mt 16,13-19)

A solenidade de São Pedro e São Paulo não existe para o louvor popular de dois excelentes seguidores de Jesus de Nazaré: ela é a celebração da Igreja, Corpo de Cristo. E Pedro e Paulo só aparecem no catálogo por serem membros desse mesmo Corpo, ramos vivos da Videira eterna.

Neste Evangelho, temos uma pergunta do Mestre aos discípulos: “Que dizem as pessoas ser o Filho do Homem?” Aquele que pergunta é sempre uma pergunta. Cristo é uma permanente interpelação a cada ser humano: “Quem sou EU para você?” E aqui temos o núcleo de toda catequese. Enquanto não se reconhece a pessoa de Jesus Cristo, é inútil pendurar enfeites sobre práticas e devoções, sacramentos e preceitos.

Pedro tem a resposta. Pedro faz a profissão de fé, que é a confissão de toda a Igreja. Ele identifica o filho do carpinteiro como o Filho do Deus vivo. Sem este fundamento, toda a construção não ficaria de pé. Sem ela, os evangelhos seriam histórias piedosas, lendas do passado...

No papel de “primeira boca” do Corpo de Cristo a se abrir para a profissão de fé, Pedro mostra a necessidade de outros confessores que, geração após geração, renovem a notícia da presença do Filho de Deus entre nós. Como observa o beneditino François Trévedy, a Igreja não responde de uma vez por todas; sua construção se faz EM sua própria confissão de fé, atualizada, recolocada ao sabor do dia da Páscoa.

Hoje, em Cesareia de Filipe, Pedro é confessor com palavras, uma frase repleta de emoção. Mais tarde, in vinculis, o velho pescador renovará a confissão com seu martírio, crucificado em Roma. A Igreja canoniza os mártires exatamente por comprovar em seus martírios o ato de fé definitivo. Cada vez que alguém dá a vida por causa de Jesus, ressoa nos ares a mesma proclamação: - “Tu és o Cristo!”

Não admira que, logo após sua profissão de fé, Pedro receba o poder de ligar e desligar. Esta missão libertadora é confiada à Igreja pelo Libertador. E é alicerçada na fé de Pedro – revivida por ela mesma – que a Igreja liberta o homem de suas cadeias, oferecendo-lhe canais para participar da fonte da vida.

Enquanto houve uma voz a clamar: “Tu és o Cristo!”, permanecerá à disposição da humanidade aquela ponte para o Pai que o Filho estendeu no alto do Calvário...

Orai sem cessar: “Eu cri, por isso falei!” (Sl 116,10)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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