L Liturgia

Liturgia de 03 de outubro de 2019

QUINTA FEIRA - BEATOS ANDRÉ E AMBRÓSIO PRESBITEROS E MÁRTIRES
(vermelho, pref. comum ou dos mártires - ofício da memória)

Antífona da entrada

- Pelo amor de Cristo, o sangue dos mártires foi derramado na terra. Por isso sua recompensa é eterna.

Oração do dia

 

- Deus de misericórdia, aumentai em nós a fé que, conservada à custa do próprio sangue, glorificou vossos mártires bem-aventurados André, Ambrósio e companheiros. Dai-nos também ser santificados pela vivência da mesma fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Ne 8,1-4a.5-6.7b-12

 

- Leitura do livro de Neemias: Naqueles dias, 1todo o povo se reuniu como um só homem na praça que fica defronte da porta das Águas, e pediu ao escriba Esdras que trouxesse o livro da Lei de Moisés, que o Senhor havia prescrito a Israel. 2O sacerdote Esdras apresentou a Lei diante da assembleia de homens, de mulheres e de todos os que eram capazes de compreender. Era o primeiro dia do sétimo mês. 3Assim, na praça que fica defronte da porta das Águas, Esdras fez a leitura do livro, desde o amanhecer até o meio-dia, na presença dos homens, das mulheres e de todos os que eram capazes de compreender. E todo o povo escutava com atenção a leitura do livro da Lei. 4aEsdras, o escriba, estava de pé sobre um estrado de madeira, erguido para esse fim. 5Estando num lugar mais alto, ele abriu o livro à vista de todo o povo. E, quando o abriu, todo o povo ficou de pé. 6Esdras bendisse o Senhor, o grande Deus, e todo o povo respondeu, levantando as mãos: “Amém! Amém!” Depois inclinaram-se e prostraram-se diante do Senhor, com o rosto em terra. 7bOs levitas explicavam a Lei ao povo, e cada um ficou em seu lugar. 8E leram clara e distintamente o livro da Lei de Deus e explicaram seu sentido, de maneira que se pudesse compreender a leitura. 9O governador Neemias e Esdras, sacerdote e escriba, e os levitas que instruíam o povo disseram a todos: “Este é um dia consagrado ao Senhor, vosso Deus! Não fiqueis tristes nem choreis”, pois todo o povo chorava ao ouvir as palavras da Lei. 10E Neemias disse-lhes: “Ide para vossas casas e comei carnes gordas, tomai bebidas doces e reparti com aqueles que nada prepararam, pois este dia é santo para o nosso Senhor. Não fiqueis tristes, porque a alegria do Senhor será a vossa força”. 11E os levitas acalmavam todo o povo, dizendo: “Ficai tranquilos; hoje é um dia santo. Não vos aflijais!” 12E todo o povo se retirou para comer e beber. Distribuíram também aos outros e expandiram-se em grande alegria, pois haviam entendido as palavras que lhes tinham sido explicadas.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 19,8.9.10.11 (R: 9a)

 

- Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração.

R: Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração.

- A lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para a alma! O testemunho do Senhor é fiel, sabedoria dos humildes.

R: Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração.

- Os preceitos do Senhor são precisos, alegria ao coração. O mandamento do Senhor é brilhante, para os olhos é uma luz.

R: Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração.

- É puro o temor do Senhor, imutável para sempre. Os julgamentos do Senhor são corretos e justos igualmente.

R: Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração.

- Mais desejáveis do que o ouro são eles, do que o ouro refinado. Suas palavras são mais doces que o mel, que o mel que sai dos favos.

R: Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração.

 

Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- Convertei-vos e crede no evangelho, pois o reino de Deus está chegando!

(Mc 1,15).

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 10,1-12

 

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

- Glória a vós, Senhor!   

- Naquele tempo, 1o Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos e os enviou dois a dois, na sua frente, a toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir. 2E dizia-lhes: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, pedi ao dono da messe que mande trabalhadores para a colheita. 3Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos. 4Não leveis bolsa nem sacola nem sandálias, e não cumprimenteis ninguém pelo caminho! 5Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: ‘A paz esteja nesta casa!’ 6Se ali morar um amigo da paz, a vossa paz repousará sobre ele; se não, ela voltará para vós. 7Permanecei naquela mesma casa, comei e bebei do que tiverem, porque o trabalhador merece o seu salário. Não passeis de casa em casa. 8Quando entrardes numa cidade e fordes bem recebidos, comei do que vos servirem, 9curai os doentes que nela houver e dizei ao povo: ‘O Reino de Deus está próximo de vós’. 10Mas, quando entrardes numa cidade e não fordes bem recebidos, saindo pelas ruas, dizei: 11‘Até a poeira de vossa cidade que se apegou aos nossos pés, sacudimos contra vós. No entanto, sabei que o Reino de Deus está próximo!’ 12Eu vos digo que, naquele dia, Sodoma será tratada com menos rigor do que essa cidade”.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

 

Liturgia comentada
Escolheu e enviou... (Lc 10,1-12)

Dois verbos essenciais para nossa compreensão a respeito da missão. Em primeiro lugar, a infinita liberdade de Deus, que escolhe a quem ele bem entende, conforme seus desígnios de salvação para a humanidade. Em segundo lugar, a condição que dá legitimidade ao missionário: ter sido enviado.

Dois verbos com duas consequências: 1) ninguém tem o direito de questionar a escolha que Deus fez. Ele não leva em conta as honras de família, o poder econômico do clã, o brilho da inteligência pessoal. Não fosse assim, Jesus não teria convocado para apóstolos quatro pescadores, um cobrador de impostos, dois guerrilheiros e gente da mesma categoria. Deus vê diferente. 2) o chamado tem em vista a missão, isto é, existe uma tarefa a ser realizada, sem a qual o missionário teria falhado por completo.

Claro que isto reduz a zero as nossas preferências, nossos comodismos e até mesmo nossas pretensas habilidades pessoais. Um exemplo basta: Albert Schweitzer, de rica família, teólogo protestante, destacado organista e intérprete da obra musical de Johan Sebastian Bach, sente-se chamado por Deus para cuidar dos nativos do então Congo Belga. Diante da perspectiva da missão, ele concentra seus esforços em estudar medicina e, uma vez diplomado, vai para a África, implantando seu primeiro hospital em um galinheiro abandonado.

Humanamente falando, seus dons naturais e sua realidade social apontavam em outra direção, mas ele preferiu seguir a missão que Deus lhe apontava no íntimo do coração. Em 1952, Albert Schweitzer recebeu o Prêmio Nobel da Paz por seu trabalho no campo da medicina juntos aos nativos africanos. Isto é: até a sociedade dos homens vinha confirmar o chamado de Deus...

Alguém diria que, passados 60 anos, os nativos africanos continuam a morrer por falta de assistência médica, às voltas com a AIDS, as epidemias do Ebola e da Febre do Rio. É verdade. E sabem por quê? Porque são muitos os chamados, e poucos os escolhidos. Muita gente ouviu o mesmo chamado que Schweitzer, mas preferiu ficar em casa, acompanhando as novelas e os campeonatos...

A tarefa é imensa. Os operários são muito poucos. A colheita se perde. Os missionários estão sobrecarregados. Enquanto isso, muitos batizados acham que a missão é para... os outros...

Orai sem cessar: “Aqui estou! Envia-me! (Is 6,8)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it.