L Liturgia

LITURGIA DE 23 DE JULHO DE 2017

DOMINGO – XVI SEMANA DO TEMPO COMUM
(Verde, glória, creio  – IV semana do saltério)

Antífona da entrada

- É Deus quem me ajuda, é o senhor que defende a minha vida. Senhor, de todo coração hei de vos oferecer o sacrifício e dar graças ao vosso nome, porque sois bom. (Sl 53,6).

Oração do dia

- Ó Deus, sede generoso com vossos filhos e filhas e multiplicai em nós os dons da vossa graça, para que, repletos de fé, esperança e caridade, guardemos fielmente os vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Sb 12,13.16-19

- Leitura do Livro da Sabedoria: 13Não há, além de ti, outro Deus que cuide de todas as coisas e a quem devas mostrar que teu julgamento não foi injusto. 

16A tua força é o princípio da tua justiça, e o teu domínio sobre todos te faz para com todos indulgente. 17Mostras a tua força a quem não crê na perfeição do teu poder; e, nos que te conhecem, castigas o seu atrevimento. 18No entanto, dominando tua própria força, julgas com clemência e nos governas com grande consideração; pois, quando quiseres, está ao teu alcance fazer uso do teu poder. 19Assim procedendo, ensinaste ao teu povo que o justo deve ser humano; e a teus filhos deste a confortadora esperança de que concedes o perdão aos pecadores.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 86,5-6.9-10.15-16a (R: 5a)

- Ó Senhor, vós sois bom, sois clemente e fiel!
R: Ó Senhor, vós sois bom, sois clemente e fiel!

- Ó Senhor, vós sois bom e clemente,/ sois perdão para quem vos invoca./ Escutai, ó Senhor, minha prece,/ o lamento da minha oração.
R: Ó Senhor, vós sois bom, sois clemente e fiel!

- As nações que criastes virão/ adorar e louvar vosso nome./ Sois tão grande e fazeis maravilhas;/ vós somente sois Deus e Senhor!
R: Ó Senhor, vós sois bom, sois clemente e fiel!

- Vós, porém, sois clemente e fiel,/ sois amor, paciência e perdão./ Tende pena e olhai para mim!/ Confirmai com vigor vosso servo.
R: Ó Senhor, vós sois bom, sois clemente e fiel!

2ª Leitura: Rm 8,26-27

- Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos: Irmãos: 26O Espírito vem em socorro da nossa fraqueza. Pois nós não sabemos o que pedir, nem como pedir; é o próprio Espírito que intercede em nosso favor, com gemidos inefáveis. 27E aquele que penetra o íntimo dos corações sabe qual é a intenção do Espírito. Pois é sempre segundo Deus que o Espírito intercede em favor dos santos.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Aclamação ao santo Evangelho

Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.

- Eu te louvo, ó Pai santo, Deus do céu, Senhor da terra: os mistérios do teu reino aos pequenos, Pai, revelas!

Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 13,24-43

- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus
- Glória a vós, Senhor!       

- Naquele tempo: 24Jesus contou outra parábola à multidão: “O Reino dos Céus é como um homem que semeou boa semente no seu campo. 25Enquanto todos dormiam, veio seu inimigo, semeou joio no meio do trigo, e foi embora. 26Quando o trigo cresceu e as espigas começaram a se formar, apareceu também o joio. 27Os empregados foram procurar o dono e lhe disseram: ‘Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde veio então o joio?’

28O dono respondeu: ‘Foi algum inimigo que fez isso’. Os empregados lhe perguntaram: ‘Queres que vamos arrancar o joio?’ 29O dono respondeu: ‘Não! Pode acontecer que, arrancando o joio, arranqueis também o trigo. 30Deixai crescer um e outro até a colheita! E, no tempo da colheita, direi aos que cortam o trigo: arrancai primeiro o joio e amarrai-o em feixes para ser queimado. Recolhei, porém, o trigo no meu celeiro!” 31Jesus contou-lhes outra parábola: “O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo. 32Embora ela seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior do que as outras plantas. E torna-se uma árvore, de modo que os pássaros vêm e fazem ninhos em seus ramos”. 33Jesus contou-lhes ainda outra parábola: “O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado”. 34Tudo isso Jesus falava em parábolas às multidões. Nada lhes falava sem usar parábolas, 35para se cumprir o que foi dito pelo profeta: “Abrirei a boca para falar em parábolas; vou proclamar coisas escondidas desde a criação do mundo”.

36Então Jesus deixou as multidões e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se dele e disseram: “Explica-nos a parábola do joio!” 37Jesus respondeu: “Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem. 38O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino. O joio são os que pertencem ao Maligno. 39O inimigo que semeou o joio é o diabo. A colheita é o fim dos tempos. Os ceifeiros são os anjos. 40Como o joio é recolhido e queimado ao fogo, assim também acontecerá no fim dos tempos: 41o Filho do Homem enviará seus anjos, e eles retirarão do seu Reino todos os que fazem outros pecar e os que praticam o mal; 42e depois os lançarão na fornalha de fogo. Aí haverá choro e ranger de dentes. 43Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça”.

- Palavra da salvação.
- Glória a vós, Senhor!       

Liturgia comentada
Como o fermento... (Mt 13,24-42)

Os 30 anos de vida oculta em Nazaré devem ter deixado profundas impressões na alma de Jesus, criança e jovem. Entre tantas imagens ali gravadas, terá ficado a cena de cada anoitecer, quando Maria amassava o pão para o dia seguinte, com “três porções de farinha” (cf. Mt 13,33) e uma pitada de fermento. Ao amanhecer, a pequena quantidade de fermento fizera crescer a massa para alimentar a família.

São João Crisóstomo comenta esta imagem escolhida por Jesus para nos revelar os mistérios do Reino de Deus: “Tal como o fermento comunica sua força à massa da farinha, assim também vós transformareis o mundo inteiro. E não me objeteis: ‘Que podemos fazer nós, que somos apenas doze, atirados no meio de tão grande multidão?’

O que fará precisamente realçar a explosão de vosso poder, é que enfrentais a multidão sem jamais recuar. O fermento faz fermentar a massa quando o juntamos à farinha, e melhor ainda quando o misturamos por completo. Assim também o Salvador não diz que a mulher ‘colocou’ o fermento, mas que ela o ‘escondeu’ na farinha. Igualmente, quando vos misturardes, quando vos unirdes estreitamente aos vossos perseguidores, também vós o conseguireis.

Ao desaparecer por completo na massa, o fermento não perde sua força; ao contrário, ele a comunica pouco a pouco. Acontecerá a mesma coisa com a pregação evangélica. Por conseguinte, diz Jesus, se eu vos predisse numerosas provações, não fiqueis amedrontados, pois é dessa maneira que brilhará vossa força e triunfareis.

É Cristo quem dá ao fermento a sua força: ele mistura à multidão aqueles que creem nele, para que nós comuniquemos uns aos outros os nossos conhecimentos. Assim sendo, que ninguém o reprove pelo pequeno número de seus discípulos, pois é grande o poder da pregação. E quando a massa fermentou, não demora, por seu turno, a tornar-se fermento também ela.

A fagulha transforma em braseiro os gravetos sobre os quais ela cai. Estes pedaços comunicam a chama a outros; assim também acontece com a pregação evangélica. Entretanto, o Senhor não fala de fogo, mas de fermento. Por quê? É que o fogo não faz tudo; também a madeira faz uma parte do trabalho. Aqui, ao contrário, o fermento faz tudo por si mesmo.

Mas se doze homens bastaram para fazer fermentar a terra inteira, como nós somos maus, que não chegamos a abrir os olhos dos que ainda estão cegos, quando um tal número devia bastar para a conversão de milhares de mundos?!”

Orai sem cessar: “Anunciei com alegria na grande assembleia!” (Sl 40,10)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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