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Liturgia de 02 de agosto de 2017

QUARTA FEIRA – XVII SEMANA DO TEMPO COMUM
(cor verde - ofício do dia)

Antífona da entrada

- Deus habita em seu templo santo, reúne seus filhos em sua casa; é ele quem dá força e poder a seu povo (Sl 67,6.36).

Oração do dia

- Ó Deus, sois amparo dos que em vós esperam e, sem vosso auxílio, ninguém é forte, ninguém é santo; redobrai de amor para conosco, para que, conduzidos por vós, usemos de tal modo os bens que passam, que possamos abraçar os que não passam. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Ex 34,29-35

- Leitura do Livro do Êxodo: 29Quando Moisés desceu da montanha do Sinai, trazendo nas mãos as duas tábuas da aliança, não sabia que a pele de seu rosto resplandecia por ter falado com o Senhor. 30Aarão e os filhos de Israel, vendo o rosto de Moisés resplandecente, tiveram medo de se aproximar.
31Então Moisés os chamou, e tanto Aarão como os chefes da comunidade foram para junto dele. E, depois que lhes falou, 32todos os filhos de Israel também se aproximaram dele, e Moisés transmitiu-lhes todas as ordens que tinha recebido do Senhor no monte Sinai. 33Quando Moisés acabou de lhes falar, cobriu o rosto com um véu. 34Todas as vezes que Moisés se apresentava ao Senhor, para falar com ele, retirava o véu, até a hora de sair; depois saía e dizia aos filhos de Israel tudo o que lhe tinha sido ordenado. 35E eles viam a pele do rosto de Moisés resplandecer; mas ele voltava a cobrir o rosto com o véu, até o momento que entrava para falar com o Senhor.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 99,5.6.7.9 (R: 9c)

- Santo é o Senhor nosso Deus.
R: Santo é o Senhor nosso Deus.

- Exaltai o Senhor nosso Deus, e prostrai-vos perante seus pés, pois é santo o Senhor nosso Deus!
R: Santo é o Senhor nosso Deus.

- Eis Moisés e Aarão entre os seus sacerdotes. E também Samuel invocava seu nome, e ele mesmo, o Senhor, os ouvia.
R: Santo é o Senhor nosso Deus.

- Da coluna de nuvem falava com eles. E guardavam a lei e os preceitos divinos, que o Senhor nosso Deus tinha dado.
R: Santo é o Senhor nosso Deus.

- Exaltai o Senhor nosso Deus, e prostrai-vos perante seu monte, pois é santo o Senhor nosso Deus!
R: Santo é o Senhor nosso Deus.

Aclamação ao santo Evangelho.

Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.

- Eu vos chamo meus amigos, pois vos dei a conhecer o que o Pai me revelou (Jo 15,15).

Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 13,44-46

- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus
- Glória a vós, Senhor!

- Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 44“O Reino do Céus é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquele campo. 45O Reino dos Céus também é como um comprador que procura pérolas preciosas. 46Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola”.

- Palavra da salvação.
- Glória a vós, Senhor!

 

Liturgia comentada
A pérola de grande valor... (Mt 13,44-46)

Apenas três versículos. Duas mínimas parábolas. Uma lição essencial.

Não nos cansemos de admirar a densidade do ensinamento do Mestre Jesus, sua sabedoria ao condensar em duas imagens um ensinamento de valor eterno.

Dou a palavra a Hébert Roux, que comenta esta passagem:

“O que Jesus quer trazer à luz é o valor inestimável que representa a posse do Reino”. O tesouro escondido, descoberto pelo homem, permanece como uma realidade oculta, apesar de descoberta. Desde então, a existência daquele que fez essa descoberta fica transformada. Ele possui tal alegria e certeza, que não irá recuar diante de nenhum sacrifício.

Assim sendo, o Reino aparece também como uma realidade atual. Aquele que vende tudo o que tem para adquirir o campo ou a pérola, sabe muito bem que não está trocando a presa por sua sombra. E ele sabe disso com uma certeza que o deixa transportado de alegria.

Aqueles que o veem agir assim, podem até tomá-lo por louco, pois aos olhos do mundo é uma loucura renunciar a tudo, renunciar ao que se tem, ao que se vê, ao que se possui, por aquilo que não se vê. Ele, porém, o homem que descobriu o tesouro ou a pérola, sabe ter agido com sabedoria, aquela que é dada pela fé, e é capaz de ver ‘as coisas que não são como se existissem’ (Rm 4,17), porque ele discerne a realização delas na promessa de Deus.

‘Onde está o teu tesouro, aí está o teu coração’, declara o Sermão da Montanha (Mt 6,19-21). A alegria é a marca da fé, alegria sobrenatural, felicidade imprevista e imprevisível daqueles a quem o Reino dos céus é dado na fé. “Alegria de Jesus Cristo que ele deposita pessoalmente naqueles que escutam e guardam sua palavra, ‘para que sua alegria seja perfeita’ (Jo 15,11).”

Assim, estamos diante de duas pequenas parábolas que associam o Reino e a alegria. Exatamente a alegria que o mundo busca de modo insaciável, disposto a pagar caro por ela. A alegria que em vão se procura nas festas e nos shows, nos campeonatos e nas medalhas olímpicas, na droga e no prazer... Uma alegria que não consiste em possuir, mas em ser possuído.

E ela se esconde – a alegria tão procurada – naquele encontro inesperado, na súbita iluminação dos dois discípulos de Emaús diante do pão partido. Uma alegria que é grátis, puro dom, uma graça que só Jesus Cristo nos pode dar...

Orai sem cessar: “Devolve-me, Senhor, a alegria de ser salvo!” (Sl 51,14)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança
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