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Liturgia de 08 de setembro de 2017

SEXTA FEIRA – NATIVIDADE DE N. SENHORA
(branco, glória, pref. de Maria – ofício da festa)

Antífona da entrada

 

- Celebremos com alegria o nascimento da virgem Maria: por ela nos veio o sol da justiça, Cristo, nosso Deus.

 

Oração do dia

 

- Abri, ó Deus, para os vossos servos e servas os tesouros da vossa graça: e, assim como a maternidade de Maria foi a aurora da salvação, a festa do seu nascimento aumente em nós a vossa paz. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Mq 5,1-4

 

- Leitura da profecia de Miqueias: Assim diz o Senhor: 1”Tu, Belém de Éfrata, pequenina entre os mil povoados de Judá, de ti há de sair aquele que dominará em Israel; sua origem vem de tempos remotos, desde os dias da eternidade. 2Deus deixará seu povo ao abandono, até ao tempo em que uma mãe der à luz; e o resto de seus irmãos se voltará para os filhos de Israel. 3Ele não recuará, apascentará com a força do Senhor e com a majestade do nome do Senhor seu Deus; os homens viverão em paz, pois ele agora estenderá o poder até aos confins da terra, 4ae ele mesmo será a paz”.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 71,6;13,6 (R: Is 61,10)

 

- Exulto de alegria no Senhor.

R: Exulto de alegria no Senhor.


- Sois meu apoio desde antes que eu nascesse, desde o seio maternal, o meu amparo: para vós o meu louvor eternamente!

R: Exulto de alegria no Senhor.


- Uma vez que confiei no vosso amor, meu coração, por vosso auxílio, rejubile, e que eu vos cante pelo bem que me fizestes!

R: Exulto de alegria no Senhor.


Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- Sois feliz, virgem Maria, e mereceis todo louvor; pois de vós se levantou o sol brilhante da justiça, que é Cristo, nosso Deus, pelo qual nós fomos salvos! 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 1, 1-16,18-23

 

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

- Glória a vós, Senhor!   

- 1Genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. 2Abraão gerou Isaac. Isaac gerou Jacó. Jacó gerou Judá e seus irmãos. 3Judá gerou, de Tamar, Farés e Zara. Farés gerou Esron. Esron gerou Arão. 4Arão gerou Aminadab. Aminadab gerou Naasson. Naasson gerou Salmon. 5Salmon gerou Booz, de Raab. Booz gerou Obed, de Rute. Obed gerou Jessé. Jessé gerou o rei Davi. 6O rei Davi gerou Salomão, daquela que fora mulher de Urias. 7Salomão gerou Roboão. Roboão gerou Abias. Abias gerou Asa. 8Asa gerou Josafá. Josafá gerou Jorão. Jorão gerou Ozias. 9Ozias gerou Joatão. Joatão gerou Acaz. Acaz gerou Ezequias. 10Ezequias gerou Manassés. Manassés gerou Amon. Amon gerou Josias. 11Josias gerou Jeconias e seus irmãos, no cativeiro de Babilônia. 12E, depois do cativeiro de Babilônia, Jeconias gerou Salatiel. Salatiel gerou Zorobabel. 13Zorobabel gerou Abiud. Abiud gerou Eliacim. Eliacim gerou Azor. 14Azor gerou Sadoc. Sadoc gerou Aquim. Aquim gerou Eliud. 15Eliud gerou Eleazar. Eleazar gerou Matã. Matã gerou Jacó. 16Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo. -. 18A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. 19José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria em segredo. 20Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: “José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. 21Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”. 22Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: 23“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco”.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

Liturgia comentada
Dará à luz um filho... (Mt 1,1-16.18-23)

Hoje a Igreja celebra a Natividade da Virgem Maria, Mãe de Deus. Nossa liturgia costuma recordar apenas o dia da morte dos santos – seu natalício para a vida celeste. Não se celebra o dia do nascimento terrestre. As raras exceções são o próprio Jesus, o Salvador (25 de dezembro), Maria, a escolhida (8 de setembro) e João Batista (24 de junho), o maior entre os nascidos de mulher (cf. Mt 11,11).

O Evangelho escolhido para esta festa litúrgica repassa a genealogia de Jesus Cristo e a “anunciação” do anjo a José de Nazaré. A notícia que vem do céu – “ela dará à luz um filho” – aponta claramente para a missão que Deus confiara à Virgem Maria, missão que está na origem de seu chamado à existência.

Na verdade, esta relação íntima entre existência e missão vale para cada pessoa humana. Também nós fomos chamados à vida porque Deus tem uma missão personalizada para cada um de nós, e aquilo que chamamos de “realização pessoal” só é possível quando a existência e a missão chegam a coincidir.

Como anota a Tradição, a jovem de Nazaré tinha feito uma opção pela virgindade consagrada. O anúncio de sua maternidade parece contradizer sua escolha anterior. Maurice Zundel comenta:

“Recolhendo em seu coração toda a expectativa de Israel, Maria tinha querido permanecer virgem para que todo o seu ser fosse um puro impulso de amor na direção de Deus”. Se ela havia consentido na ternura de José, é porque tinha descoberto ou fizera nascer nele o mesmo propósito. Deus seria o único intercâmbio de um casamento que consistiria todo inteiro na união indivisível das almas.

Quando Maria se torna miraculosamente a Mãe do Salvador, este engajamento recebe a mais inefável consagração. Sua maternidade era o supremo cumprimento de sua virgindade, a flor divina do dom, o coroamento deste amor que, desde o começo, a desapropriava por completo, o lírio da pobreza.

Ao acolher Maria em sua casa (cf. Mt 1,24) no cumprimento da solenidade que tornava definitivo o seu casamento, José participa da maternidade de sua esposa na medida em que ele mesmo estava votado à sua virgindade.”

Sim, estamos diante de um mistério de amor. De um lado, o mistério do amor de Deus, que nos entrega seu Filho na fragilidade dos mortais. De outro, o mistério do amor humano, que se consagra aos desígnios de Deus sem reservas e sem salvaguardas. Puro amor!

Orai sem cessar: “Eu sou para o meu amado!” (Ct 6,3)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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