L Liturgia

Liturgia de 14 de setembro de 2017

QUINTA FEIRA - EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ
(vermelho, glória, creio, pref. próprio - ofício da festa)

ANTÍFONA da entrada

- A cruz de nosso Senhor Jesus Cristo deve ser a nossa glória: nele está nossa vida e ressurreição; foi ele que nos salvou e libertou (Gl 6,14).

Oração do Dia

- Ó Deus, que, para salvar a todos, dispusestes que o vosso Filho morresse na cruz, a nós, que conhecemos na terra esse mistério, dai-nos colher no céu os frutos da redenção. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Nm 21, 4-9


- Leitura do livro dos Números- Naqueles dias, 4os filhos de Israel partiram do monte Hor, pelo caminho que leva ao mar Vermelho, para contornarem o país de Edom. Durante a viagem o povo começou a impacientar-se, 5e se pôs a falar contra Deus e contra Moisés, dizendo: “Por que nos fizestes sair do Egito para morrermos no deserto? Não há pão, falta água, e já estamos com nojo desse alimento miserável”. 6Então o Senhor mandou contra o povo serpentes venenosas, que os mordiam; e morreu muita gente em Israel. 7O povo foi ter com Moisés e disse: Pecamos, falando contra o Senhor e contra ti. Roga ao Senhor que afaste de nós as serpentes”.  Moisés intercedeu pelo povo, 8e o Senhor respondeu: “Faze uma serpente de bronze e coloca-a como sinal sobre uma haste; aquele que for mordido e olhar para ela viverá”. 9Moisés fez, pois, uma serpente de bronze e colocou-a como sinal sobre uma haste. Quando alguém era mordido por uma serpente, e olhava para a serpente de bronze, ficava curado.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 78, 1-2.34-35.36-37.38 (R: 7c)

- Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!

 R: Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!

 

- Escuta, ó meu povo, a minha Lei, ouve atento as palavras que eu te digo;
abrirei a minha boca em parábolas, os mistérios do passado lembrarei.
 R: Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!


- Quando os feria, eles então o procuravam, convertiam-se correndo para ele;
recordavam que o Senhor é sua rocha e que Deus, seu Redentor, é o Deus Altíssimo.
 R: Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!


- Mas apenas o honravam com seus lábios e mentiam ao Senhor com suas línguas;
seus corações enganadores eram falsos e, infiéis, eles rompiam a Aliança.
 R: Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!


- Mas o Senhor, sempre benigno e compassivo, não os matava e perdoava seu pecado; quantas vezes dominou a sua ira e não deu largas à vazão de seu furo

 R: Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!

 

Aclamação ao santo Evangelho.

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 - Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos, porque pela cruz remistes o mundo!

Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 3, 13-17


- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.

- Glória a vós, Senhor!

- Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos 13Ninguém subiu ao céu senão aquele que desceu do céu, o Filho do Homem que está no céu. 14Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do Homem, 15para que todo homem que nele crer tenha a vida eterna. 16Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. 17Pois Deus não enviou o Filho ao mundo para condená-lo, mas para que o mundo seja salvo por ele.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

 

Liturgia comentada
Deu o seu Filho único... (Jo 3,13-17)

Ainda há pessoas que contemplam a Cruz e apenas veem naquele madeiro um cruel instrumento de tortura: seu olhar se detém no sofrimento. E, com isso, perdem a oportunidade de contemplar o Amor. Um amor sem medidas nem barreiras, amor que abraça a morte para nos salvar.

Em outra passagem do Evangelho, Jesus havia ensinado: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos”. (Jo 15,13.) Como sempre, Jesus pratica o que ensina. Por isso subirá o Calvário e morrerá na Cruz.

Muitos perguntam: Deus não poderia ter encontrado diferente meio de nos salvar? Precisava ser a Cruz, um “método” tão doloroso? E tendo como vítima propiciatória logo o seu próprio Filho? A resposta pode ser mais simples do que se imagina: Deus queria mostrar a que extremos seu Amor por nós pode chegar... Seu Filho se faz homem e morre por nós, salvando a Humanidade “de dentro para fora”.

E há mais: essa “entrega” do Filho único à morte tem um objetivo bem definido: “para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”... Devemos pensar como o apóstolo Paulo: Cristo “me amou e se entregou por mim” (Gl 2,20b). E quem ama está disposto a tudo.

Claro que um amor assim pede resposta, pede correspondência. A recusa de um amor tão extremado não pode ficar sem um preço. Se a Luz vem aos homens e eles a rejeitam, recusam a própria salvação. A ação do Espírito Santo em nós visa à nossa adesão a Cristo, que deu a vida por nós. A recusa dessa graça que salva é, em suma, o “pecado contra o Espírito Santo”.

Escreve o Papa João Paulo II em sua primeira Encíclica: “O homem não pode viver sem amor. Ele permanece para si próprio um ser incompreensível e a sua vida é destituída de sentido, se não lhe for revelado o amor, se o não experimenta e se o não torna algo próprio, se nele não participa vivamente. E por isto precisamente Cristo Redentor [...] revela plenamente o homem ao próprio homem. Esta é – se assim é lícito exprimir-se – a dimensão humana do mistério da redenção”. (Redemptor Hominis, 10.)

Contemplando a Jesus Crucificado, que deu a vida por nós, os santos, os mártires e os missionários “descobriram” que eles também eram capazes de dar a vida por seus irmãos.

E nós?
Orai sem cessar: “Senhor Jesus, ensina-nos a amar!”
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it.