L Liturgia

Liturgia de 18 de setembro de 2017

SEGUNDA FEIRA – XXIV SEMANA DO TEMPO COMUM
(Verde, ofício do dia)

Antífona da entrada

 

- Ouvi, Senhor, as preces de vosso servo e do vosso povo eleito: dai a paz àqueles que esperam em vós, para que vossos profetas sejam verdadeiros

(Eclo 36,18).

 

Oração do dia

 

- Ó Deus, criador de todas as coisas, volvei para nós o vosso olhar e, para sentirmos em nós a ação do vosso amor, fazei que vos sirvamos de todo o coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: 1Tm 2,1-8

 

- Leitura da Primeira Carta de São Paulo a Timóteo: Caríssimo, 1antes de tudo,  recomendo que se façam preces e orações, súplicas e ações de graças, por todos os homens; 2pelos que governam e por todos que ocupam altos cargos, a fim de que possamos levar uma vida tranquila e serena, com toda a piedade e dignidade. 3Isto é bom e agradável a Deus, nosso Salvador; 4ele quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade. 5Pois há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus, 6que se entregou em resgate por todos. Este é o testemunho dado no tempo estabelecido por Deus, 7e para este testemunho eu fui designado pregador e apóstolo e – falo a verdade, não minto –, mestre das nações pagãs na fé e na verdade. 8Quero, portanto, que em todo o lugar os homens façam a oração, erguendo mãos santas, sem ira e sem discussões.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 28, 2.7.8-9 (R: 6)

 

- Bendito seja o Senhor, porque ouviu o clamor da minha súplica!

R: Bendito seja o Senhor, porque ouviu o clamor da minha súplica!


- Escutai o meu clamor, a minha súplica, quando eu grito para vós; quando eu elevo, ó Senhor, as minhas mãos para o vosso santuário.

R: Bendito seja o Senhor, porque ouviu o clamor da minha súplica!


- Minha força e escudo é o Senhor, meu coração nele confia. Ele ajudou-me e alegrou meu coração; eu canto em festa o seu louvor.

R: Bendito seja o Senhor, porque ouviu o clamor da minha súplica!


- O Senhor é a fortaleza do seu povo e a salvação do seu Ungido. Salvai o vosso povo e libertai-o; abençoai a vossa herança! Sede vós o seu pastor e o seu guia pelos séculos eternos!

R: Bendito seja o Senhor, porque ouviu o clamor da minha súplica!


Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- Deus o mundo tanto amou, que lhe deu seu próprio Filho, para que todo o que nele crer encontre vida eterna (Jo 3,16).

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 7,1-10

 

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

- Glória a vós, Senhor!   

- Naquele tempo, 1quando acabou de falar ao povo que o escutava, Jesus entrou em Cafarnaum. 2Havia lá um oficial romano que tinha um empregado a quem estimava muito, e que estava doente, à beira da morte. 3O oficial ouviu falar de Jesus e enviou alguns anciãos dos judeus, para pedirem que Jesus viesse salvar seu empregado. 4Chegando onde Jesus estava, pediram-lhe com insistência: “O oficial merece que lhe faças este favor, 5porque ele estima o nosso povo. Ele até nos construiu uma sinagoga”.  6Então Jesus pôs-se a caminho com eles. Porém, quando já estava perto da casa, o oficial mandou alguns amigos dizerem a Jesus: “Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa. 7Nem mesmo me achei digno de ir pessoalmente a teu encontro. Mas ordena com a tua palavra, e o meu empregado ficará curado. 8Eu também estou debaixo de autoridade, mas tenho soldados que obedecem às minhas ordens. Se ordeno a um: ‘Vai!’, ele vai; e a outro: ‘Vem!’, ele vem; e ao meu empregado ‘Faze isto!’, e ele o faz’”. 9Ouvindo isso, Jesus ficou admirado. Virou-se para a multidão que o seguia, e disse: “Eu vos declaro que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé”. 10Os mensageiros voltaram para a casa do oficial e encontraram o empregado em perfeita saúde.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!   

 

 

Liturgia comentada
O Senhor é meu escudo! (Sl 28 [27])

A existência humana neste planeta é evidentemente uma condição agônica, isto é, de permanente combate contra forças de desagregação que tendem para o caos. Até a Sequência da Missa de Páscoa – Victimae paschali laudes – refere-se a este conflito: “Mors et vita duello conflixere mirando”, isto é, morte e vida lutam em notável combate. Não admira, pois, que sejam tão frequentes na Bíblia as imagens de caráter guerreiro: a espada da Palavra de Deus, os dardos do inimigo, as fileiras de anjos, a couraça da justiça. É neste contexto que o poeta fala de Deus como seu “escudo”.

Arma defensiva, ainda hoje vemos as tropas de choque munidas de escudos nas manifestações de rua. Em escala maior, fala-se em escudo antimíssil como proteção contra ataques terroristas. Assim, escudo é imagem de defesa e proteção.

Eis o comentário de Manfred Lurker: “Na Bíblia, o escudo é a figura da proteção concedida por Deus. A Abraão disse o Senhor: ‘Não temas, Abraão! Eu sou teu escudo!’ (Gn 15,1) Após obter uma vitória contra os filisteus, Davi com gratidão chamou a Deus de o seu escudo, seu chifre de salvação e sua praça forte. (2Sm 22,3) Enquanto o escudo oferece normalmente proteção de um lado só, o escudo de Javé dá cobertura total; assim se deve entender o Sl 3,4: ‘Tu, porém, Senhor, és escudo em torno de mim’”.

E ainda: “Apoiando-se em Efésios, João Crisóstomo compara a fé ao escudo; assim como este último faz malograr todo ataque, também a fé faz recuar todo mal. Na arte cristã, o escudo é atributo de santos guerreiros (como São Jorge) e do Arcanjo Miguel, para representar sua qualidade de batalhador contra satã ou o dragão apocalíptico”.

A mesma imagem do escudo-proteção divina está expressa no Salmo 91:

“Ele [Deus] te livrará do laço do caçador, da peste funesta;

ele te cobrirá com suas penas,

sob suas asas encontrarás refúgio.

Sua fidelidade te servirá de escudo e couraça.

Não temerás os terrores da noite

nem a flecha que voa de dia,

nem a peste que vagueia nas trevas,

nem a praga que devasta ao meio-dia”. (Sl 91,3-6)

Em tempos de medo e pânico, neuroses e fobias, por que recusar o escudo do Senhor?

Orai sem cessar: “O Senhor é escudo de todos que nele se refugiam!” (Sl 18,31)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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