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Liturgia de 08 de novembro de 2017

QUARTA FEIRA – XXXI SEMANA DO TEMPO COMUM
(Verde - ofício do dia da )

Antífona da entrada

 

- Não me abandoneis jamais, Senhor, meu Deus, não fiqueis longe de mim! Depressa, vinde em meu auxílio, ó Senhor, minha salvação! (Sl 37,22).

 

Oração do dia

 

- Ó Deus de poder e misericórdia, que concedeis a vossos filhos e filhas a graça de vos servir como devem, fazei que corramos livremente ao encontro das vossas promessas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Rm 13, 8-10


- Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos: Irmãos, 8não fiqueis devendo nada a ninguém, a não ser o amor mútuo – pois quem ama o próximo está cumprindo a Lei. 9De fato, os mandamentos: “Não cometerás adultério”, “Não matarás”, “Não roubarás”, “Não cobiçarás”, e qualquer outro mandamento se resumem neste: “Amarás a teu próximo como a ti mesmo”.10O amor não faz nenhum mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento perfeito da Lei.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 112, 1-2.4-5.9 (R: 5a)

- Feliz quem tem piedade e empresta!

R: Feliz quem tem piedade e empresta!

 

- Feliz o homem que respeita o Senhor e que ama com carinho a sua lei! Sua descendência será forte sobre a terra, abençoada a geração dos homens retos!

R: Feliz quem tem piedade e empresta!

 

- Ele é correto, generoso e compassivo, como luz brilha nas trevas para os justos. Feliz o homem caridoso e prestativo, que resolve seus negócios com justiça.

R: Feliz quem tem piedade e empresta!

 

- Ele reparte com os pobres os seus bens, permanece para sempre o bem que fez, e crescerão a sua glória e seu poder.

R: Feliz quem tem piedade e empresta!

Aclamação ao santo Evangelho.

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

 - Felizes sereis vós se fordes ultrajados por causa de Jesus, pois repousa sobre vós o Espírito de Deus (1Pd 4,14)

Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 14, 25-33


- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.

- Glória a vós, Senhor!

- Naquele tempo, 25grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele lhes disse: 26“Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 27Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo. 28Com efeito: qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, 29ele vai lançar o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso começarão a caçoar, dizendo: 30‘Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar!’ 31Ou ainda: Qual rei que, ao sair para guerrear com outro, não se senta primeiro e examina bem se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil? 32Se ele vê que não pode, enquanto o outro rei ainda está longe, envia mensageiros para negociar as condições de paz. 33Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!”

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

Liturgia comentada

A sua cruz... (Lc 14,25-33)

Sim, Jesus não fala de uma cruz qualquer. Fala daquela cruz que cabe a cada um de nós. “Quem não carrega a SUA cruz, não pode ser meu discípulo.” E é muito estranho que esta verdade possa espantar alguém. Afinal, se o Mestre e Senhor morreu crucificado, abraçado à SUA cruz, por que motivo nós iríamos segui-lo com as mãos abanando? Seria possível imaginar um cristianismo sem cruz?

Creio que estamos diante de um véu íntimo, uma cegueira interior que nos impede de olhar de frente a cruz. Muitas vezes, fiz a seguinte experiência: falando a um grupo de católicos, pergunto o que é que Santa Teresinha do Menino Jesus tem nas mãos, em suas imagens. Um coral uníssono responde: rosas! De fato, lá estão as rosas... Mas por que será que nunca me respondem: a cruz? Pois lá está, bem visível, a figura do Crucificado, pregado à sua cruz...

Parece que nossos olhos não querem ver a evidência: nosso Fundador “perdeu”. Morreu crucificado, após terríveis sofrimentos físicos e morais. Seus apóstolos foram todos martirizados. Ainda hoje, por este mundo afora, os fiéis sofrem perseguições e prejuízos de toda ordem. O sistema dominante, centrado no lucro e no poder, tem gana do cristão.

Quantas queixas eu tenho ouvido dos que se dizem seguidores de Jesus! “Vejam só o que fizeram comigo! Ninguém me valoriza nesta comunidade... Fiz tanto por aquela paróquia e, agora, me substituíram! Tantos anos de trabalho e me trocaram por alguém mais jovem (ou mais letrado... ou mais influente...).”

Fica evidente que esses “fiéis” não estavam lá por amor a Deus. Não prestaram aquele serviço como quem servia amorosamente a Jesus Cristo. Queriam aplausos e reconhecimento. Esperavam uma contrapartida das pessoas. No fundo, não queriam a cruz...

Madre Teresa de Calcutá, mergulhada no mundo dos pobres, assim nos ensina: “O sofrimento jamais desaparecerá completamente de nossa vida. Portanto, não tenham medo. O sofrimento é grande veículo de amor se o desfrutarem e, sobretudo, se o oferecerem pela paz do mundo. O sofrimento em si é inútil, mas o sofrimento partilhado com a paixão de Cristo é dom maravilhoso e sinal de amor.”

Afinal, quando abraçaremos a nossa cruz?

Orai sem cessar: “Completo na minha carne o que falta à paixão de Cristo.” (Cl 1,24)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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