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Liturgia de 01 de junho de 2020

SEGUNDA FEIRA – MARIA MÃE DE DEUS

(branco, pref. de Maria, modelo e Mae da Igreja - ofício da memória)

Antífona da entrada

 

- Os discípulos unidos perseveravam em oração com Maria, a Mãe de Jesus (At 1,14)

Oração do dia

 

- Deus, Pai de misericórdia, vosso Filho, pregado na cruz, nos deu por mãe a sua Mãe. Pela interseção amorosa da Virgem Maria, fazei que a vossa Igreja se torne cada vez mais fecunda e se alegre pela santidade de seus filhos e filhas, atraindo para seu convívio as famílias de todos os povos.  Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Gn 3,9-15.20

- Leitura do livro de Gênesis: Depois que Adão comera do fruto da árvore o Senhor Deus chamou o homem e perguntou: “Onde estás?” 10Ele respondeu: “Ouvi teu ruído no jardim. Fiquei com medo, porque estava nu, e escondi-me”. 11Deus perguntou: “E quem te disse que estavas nu? Então comeste da árvore, de cujo fruto te proibi comer?” 12O homem respondeu: “A mulher que me deste por companheira, foi ela que me fez provar do fruto da árvore, e eu comi”. 13Então o Senhor Deus perguntou à mulher: “Por que fizeste isso?” E a mulher respondeu: “A serpente enganou-me, e eu comi”. 14E o Senhor Deus disse à serpente: “Porque fizeste isso, serás maldita entre todos os animais domésticos e entre todos os animais selvagens. Rastejarás sobre teu ventre e comerás pó todos os dias de tua vida. 15 Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. “Esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar”. 20O homem chamou à sua mulher “Eva”, porque ela se tornou a mãe de todos os viventes.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 87,1-23.5.6-7 (R: Dizem coisas gloriosas da cidade do Senhor)

 

- Dizem coisas gloriosas da cidade do Senhor.

R: Dizem coisas gloriosas da cidade do Senhor.

 

- O Senhor ama a cidade que fundou no monte santo; ama as portas de Sião mais que as casa de Jacó.

R: Dizem coisas gloriosas da cidade do Senhor.

 

- Dizem coisas gloriosas da cidade do Senhor. De Sião, porém, se diz: “Nasceu nela todo homem; Deus é sua segurança”.

R: Dizem coisas gloriosas da cidade do Senhor.

 

- Deus anota no seu livro, onde inscreve os povos todos: “Foi ali que estes nasceram”. E por isso todos juntos a cantar se alegrarão; e, dançando, exclamarão: “Estão em ti as nossas fontes!”

R: Dizem coisas gloriosas da cidade do Senhor.

 

Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

- Sois feliz, Virgem Maria, e mereceis todo louvor, pois de vós se levantou o Sol brilhante da justiça!

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 19,25-34

 

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João

- Glória a vós, Senhor!  

 

- Naquele tempo: 25Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe e a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: “Mulher, eis o teu filho!” 27Depois disse ao discípulo: “Eis a tua mãe!” A partir daquela hora, o discípulo a acolheu no que era seu. 28Depois disso, sabendo Jesus que tudo estava consumado, e para que se cumprisse a Escritura até o fim, disse: “Tenho sede”! 29Havia ali uma jarra cheia de vinagre. Amarraram num ramo de hissopouma esponja embebida de vinagre e a levaram à sua boca. 30Ele tomou o vinagre e disse: “Está consumado”. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito. 31Era o dia de preparação do sábado, e este seria solene. Para que os corpos não ficassem na cruz no sábado, os judeus pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas dos crucificados e os tirasse da cruz. 32Os soldados foram e quebraram as pernas, primeiro a um dos crucificados com ele e depois ao outro.33Chegando a Jesus viram que já estava morto. Por isso, não lhe quebraram as pernas, 34mas um soldado golpeou lhe o lado com uma lança, e imediatamente saiu sangue e água.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

 

 

 

Liturgia comentada

Eis a tua Mãe! (Jo 19,25-34)

Celebramos hoje a memória litúrgica da Virgem Maria Mãe da Igreja. Esta celebração leva em conta que a maternidade de Maria não se esgota no papel biológico de gerar, gestar e nutrir o Verbo feito carne para a nossa salvação. Sendo a Igreja o corpo de Cristo, também ela se volta para a Mãe do Redentor como sua própria Mãe.

Este Evangelho registra a cena em que a lança do centurião romano abriu o Lado de Jesus e logo correu sangue e água (cf. Jo 19,34). Desde os primeiros séculos, os Padres da Igreja identificaram neste acontecimento os dons sacramentais do Batismo e da Eucaristia, que são constitutivos da própria Igreja.

No mesmo cenário da Paixão, Jesus se dirige a João, que representa ao pé da cruz a Igreja fiel, e lhe diz, em relação a Maria: “Eis a tua mãe!” Na Encíclica “Redemptoris Mater”, o Papa João Paulo II comentava: “As palavras que Jesus pronuncia do alto da Cruz significam que a maternidade da sua Genitora tem uma ‘nova’ continuação na Igreja e mediante a Igreja, simbolizada e representada por São João. Deste modo, aquela que, como ‘a cheia de graça’, foi introduzida no mistério de Cristo para ser sua Mãe, isto é, a Santa Genitora de Deus, por meio da Igreja permanece naquele mistério como ‘a mulher’ indicada pelo Livro do Gênesis (cf. 3,15), no princípio, e pelo Apocalipse (cf. 12,1), no final da história da salvação. Segundo o eterno desígnio da Providência, a maternidade divina de Maria deve estender-se à Igreja, como estão a indicar certas afirmações da Tradição, segundo as quais a maternidade de Maria para com a Igreja é o reflexo e o prolongamento da sua maternidade para com o Filho de Deus”.

“Sendo assim – prossegue o mesmo texto -, na economia redentora da graça, atuada sob a ação do Espírito Santo, existe uma correspondência singular entre o momento da Encarnação do Verbo e o momento do nascimento da Igreja. E a pessoa que une estes dois momentos é Maria: Maria em Nazaré e Maria no Cenáculo de Jerusalém. Em ambos os casos, a sua presença discreta, mas essencial, indica a via do ‘nascimento do Espírito’.

Assim, aquela que está presente no mistério de Cristo como Mãe, torna-se ― por vontade do Filho e por obra do Espírito Santo ― presente no mistério da Igreja. E também na Igreja continua a ser uma presença materna, como indicam as palavras pronunciadas na Cruz: ‘Mulher, eis o teu Filho’; ‘Eis a tua Mãe’.”

Orai sem cessar: “Mostra que és Mãe!” (do hino Ave, maris stella)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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