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Liturgia de 05 de junho de 2020

SEXTA FEIRA - JOSÉ BONIFÁCIO BISPO E MÁRTIR

(vermelho, pref. dos mártires - ofício da memória)

 

Antífona da entrada

- A luz eterna brilhará para os vossos santos, Senhor, e eles viverão eternamente, aleluia. (4Esd 2,35)

Oração do dia

- Interceda por nós, ó Deus, o mártir são Bonifácio, para que guardemos fielmente e proclamemos em nossas obras a fé que ele ensinou com sua palavra e testemunhou com seu sangue. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: 2 Tm 3, 10-17

 - Leitura da segunda carta de são Paulo a Timóteo: Caríssimo, 10tu me tens seguido fielmente no ensino, no procedimento, nos projetos, na fé, na paciência, no amor, na perseverança, 11nas perseguições e nos sofrimentos que suportei em Antioquia, Icônio e Listra. E que perseguições sofri! Mas de todas elas o Senhor me livrou. 12Aliás, todos os que quiserem levar uma vida fervorosa em Cristo Jesus serão perseguidos. 13Os homens maus e sedutores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados. 14Permanece firme naquilo que aprendeste e aceitaste como verdade; tu sabes de quem o aprendeste. 15Desde a infância conheces as Sagradas Escrituras: elas têm o poder de te comunicar a sabedoria que conduz à salvação pela fé em Cristo Jesus.  16Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para ensinar, para argumentar, para corrigir e para educar na justiça, 17a fim de que o homem de Deus seja perfeito e qualificado para toda boa obra.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 119,157.160.161.165.166.168 (R:165a)

- Os que amam vossa lei têm grande paz!

R: Os que amam vossa lei têm grande paz!


- Tantos são os que me afligem e perseguem, mas eu nunca deixarei vossa Aliança!

R: Os que amam vossa lei têm grande paz!


- Vossa palavra é fundada na verdade, os vossos justos julgamentos são eternos.

 R: Os que amam vossa lei têm grande paz!


- Os poderosos me perseguem sem motivo; meu coração, porém, só teme a vossa lei.

R: Os que amam vossa lei têm grande paz!


- Os que amam vossa lei têm grande paz, e não há nada que os faça tropeçar.

R: Os que amam vossa lei têm grande paz!

umpro sem cessar vossos preceitos.

R: Os que amam vossa lei têm grande paz!


- Serei fiel à vossa lei, vossa Aliança; os meus caminhos estão todos ante vós.

R: Os que amam vossa lei têm grande paz!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- Quem me ama, realmente, guardará a minha palavra e meu Pai o amará, e a ele nós viremos (Jo 14,23).

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 12,35-37

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos

- Glória a vós, Senhor!   

- 35Naquele tempo, Jesus ensinava no Templo, dizendo: "Como é que os mestres da Lei dizem que o Messias é Filho de Davi? 36O próprio Davi, movido pelo Espírito Santo, falou: 'Disse o Senhor ao meu Senhor: senta-te à minha direita, até que eu ponha teus inimigos debaixo dos teus pés'. 37Portanto, o próprio Davi chama o Messias de Senhor. Como é que ele pode então ser seu filho?" E uma grande multidão o escutava com prazer.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

 

 

Liturgia comentada

Filho de Davi... (Mc 12,35-37)

Em sua entrada triunfal em Jerusalém (cf. Mt 21), a multidão aclamaria a Jesus de Nazaré com o título real de Filho de Davi. Na prática, aquela aclamação significava reconhecê-lo como o Messias prometido a Israel.

Quando o Rei Davi, pensou em construir um templo para Yahweh, foi-lhe feita uma promessa (2Sm 7,12): um de seus descendentes ocuparia um trono eterno, e seria tratado por Deus como verdadeiro filho. A leitura posterior dos Padres da Igreja percebeu aqui uma alusão clara à pessoa do Messias.

No Evangelho de hoje, Jesus, interpelado pela malícia dos doutores da lei e dos fariseus, devolve-lhes na mesma moeda. Como os escribas ensinavam que o Messias esperado era “Filho de Davi”, Jesus se vale de um texto do próprio Davi (Salmo 110,1) para mostrar que Davi, paradoxalmente, chamava o Messias de “Senhor”, um título divino, reconhecendo que Davi lhe era inferior.

O povo simples se deliciava quando via a pretensa sabedoria dos “doutores” desmascarada pelos argumentos um simples aprendiz de carpinteiro. Em seu Evangelho, São Mateus registra que esse episódio foi a gota d’água: dali em diante, desistiram de apanhar Jesus em alguma armadilha doutrinária.

Também hoje, em nossos dias, proliferam aqui e ali muitos doutores a ensinar suas próprias doutrinas, suas teologias particulares, ainda que seus livros e estudos colidam de frente com a sã doutrina e a tradição multissecular da Igreja de Jesus. Curiosamente, não se envergonham de atacar a Igreja, a “Mãe” a quem devem tudo: acolhida, instrução e autoridade...

Sem prudência nem discernimento, tratam arbitrariamente de questões delicadas como o homossexualismo, o aborto, o sacerdócio das mulheres e o próprio papel de Jesus como nosso Salvador. E se o Magistério eclesial se pronuncia, alertando sobre os erros ou emitindo sanções, os “doutores” se fazem de vítimas perseguidas pelo poder absolutista do Papa (sic). Claro, o fiel saberá escolher entre os palpites de um teólogo e a solidez do magistério eclesial...

O Apóstolo nos preveniu: viriam falsos doutores, lobos com pele de cordeiro (At 20,29), a espalhar suas falsas doutrinas, semeando a dúvida e a divisão na comunidade. No fundo, compromissos de ordem ideológica, interesses financeiros e acadêmicos ou a simples vaidade dos soberbos, somada a feridas mal curadas, costumam explicar a rebeldia dos cismas e das heresias. Como disse Paulo, “a ciência incha” (1Cor 8,1) ...

Orai sem cessar: “Hosana ao Filho de Davi!” (Mt 21,9)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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