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Liturgia de 06 de junho de 2020

SABADO – IX SEMANA COMUM

(verde - ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

- Olhai para mim, Senhor, e tende piedade, pois vivo sozinho e infeliz. Vede minha miséria e minha dor e perdoai todos os meus pecados! (Sl 24, 16-18).

Oração do dia

 

- Ó Deus, cuja providência jamais falha, nós vos suplicamos humildemente: afastai de nós o que é nocivo e concedei-nos tudo o que for útil. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: 2 Tm 4, 1-8

 - Leitura da segunda carta de são Paulo a Timóteo: Caríssimo, 1diante de Deus e de Cristo Jesus, que há de vir a julgar os vivos e os mortos, e em virtude da sua manifestação gloriosa e do seu Reino, eu te peço com insistência: 2proclama a palavra, insiste oportuna ou importunamente, argumenta, repreende, aconselha, com toda a paciência e doutrina. 3Pois vai chegar o tempo em que não suportarão a sã doutrina, mas, com o prurido da curiosidade nos ouvidos, se rodearão de mestres ao sabor de seus próprios caprichos. 4E assim, deixando de ouvir a verdade, se desviarão para as fábulas.  5Tu, porém, mostra vigilância em tudo, suporta o sofrimento, desempenha o teu serviço de pregador do evangelho, cumpre com perfeição o teu ministério. Sê sóbrio. 6Quanto a mim, eu já estou para ser derramado em sacrifício; aproxima-se o momento de minha partida. 7Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé. 8Agora está reservada para mim a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos que esperam com amor a sua manifestação gloriosa.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 71,8-9.14-15ab.16-17.22 (R: 15a)

- Minha boca anunciará vossa justiça.

R:  Minha boca anunciará vossa justiça.


- Vosso louvor é transbordante de meus lábios, cantam eles vossa glória o dia inteiro. Não me deixeis quando chegar minha velhice, não me falteis quando faltarem minhas forças!

R:  Minha boca anunciará vossa justiça.


- Eu, porém, sempre em vós confiarei, sempre mais aumentarei vosso louvor! Minha boca anunciará todos os dias vossa justiça e vossas graças incontáveis.

R:  Minha boca anunciará vossa justiça.


- Cantarei vossos portentos, ó Senhor, lembrarei vossa justiça sem igual! Vós me ensinastes desde a minha juventude, e até hoje canto as vossas maravilhas.

R:  Minha boca anunciará vossa justiça.


- Então, vos cantarei ao som da harpa, celebrando vosso amor sempre fiel; para louvar-vos tocarei a minha cítara, glorificando-vos, ó Santo de Israel!

R:  Minha boca anunciará vossa justiça.

Aclamação ao santo Evangelho

 

 Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- Felizes os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus (Mt 5,3).

Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 12, 38-44

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos

- Glória a vós, Senhor!   

 

- Naquele tempo, 38Jesus dizia, no seu ensinamento, à multidão: "Tomai cuidado com os doutores da Lei! Eles gostam de andar com roupas vistosas, de ser cumprimentados nas praças públicas; 39gostam das primeiras cadeiras nas sinagogas e dos melhores lugares nos banquetes. 40Eles devoram as casas das viúvas, fingindo fazer longas orações. Por isso eles receberão a pior condenação". 41Jesus estava sentado no Templo, diante do cofre das esmolas, e observava como a multidão depositava suas moedas no cofre. Muitos ricos depositavam grandes quantias. 42Então chegou uma pobre viúva que deu duas pequenas moedas, que não valiam quase nada. 43Jesus chamou os discípulos e disse: "Em verdade vos digo, esta pobre viúva deu mais do que todos os outros que ofereceram esmolas. 44Todos deram do que tinham de sobra, enquanto ela, na sua pobreza, ofereceu tudo aquilo que possuía para viver".

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

 

 

Liturgia comentada

Uma pobre viúva... (Mc 12,38-44)

Hoje, Jesus elogia a viúva pobre que dá suas duas últimas moedinhas para o cofre das esmolas. Parece um tema obscuro na sociedade do capital, das bolsas de valores, das grandes corporações. Mas pode encerrar alguma lição...

José de Enaton [Séc. V] narra as palavras de Abba José ao sofista Sofrônio, que perguntava sobre o interesse de Deus em nossas esmolas:

“Deus determinou que as primícias de tudo o que nasce, de todos os frutos e animais puros, lhe sejam oferecidas em vista da bênção do restante e da remissão dos pecados. Ademais, prescreveu que os primogênitos dos homens lhe sejam consagrados.

Os ricos fazem o contrário: guardam para si os objetos úteis e dão aos pobres ou a seus irmãos aquilo que não serve. Por exemplo, eles bebem o vinho bom, mas o ácido ou ruim, eles o dão às viúvas e aos órfãos. Um fruto em bom estado, eles mesmos o comem, mas o fruto podre, eles o dão. As vestes cômodas e suntuosas, guardam para si, mas as que estão rasgadas ou usadas, lançam-nas aos indigentes.

Entre os filhos, aqueles que estão com saúde e bem conformados, guardam-nos para as uniões e casamentos, e para isso assumem grandes cuidados; mas os doentes, os caolhos, os enfermos e aleijados, eles os consagram a Deus e enviam para os mosteiros. Eis porque aquilo que é oferecido por eles não é aceito. Tal como Caim, quando fazia as oferendas (cf. Gn 4,3), não só não agradou a Deus, mas o irritou.

Seria preciso que essas pessoas pensassem nisto: quando queremos agradar a homens mortais. Nós nos esforçamos por oferecer-lhes aquilo que lhes parece o mais precioso; quanto mais se queremos agradar a Deus, nosso Criador, de quem recebemos as mesmas coisas que lhe oferecemos!

E como nós queremos que ele nos seja favorável por causa da esmola, devemos oferecer-lhe o que temos de mais precioso, para que nosso presente não seja vergonhosamente recusado em nosso seio e nossa oferenda não seja um objeto de horror que se recusa. De fato, assim como o sacrifício de Noé não era mais que aroma e fumaça, mas em consequência da boa intenção daquele que o apresentava, foi considerado como um odor agradável, conforme está escrito: ‘O Senhor sentiu um aroma agradável’ (Gn 8,21).”

Deus não olha a moeda. Olha o coração...

Orai sem cessar: “De todo o coração, darei graças ao Senhor!” (Sl 111,1)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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