L Liturgia

Liturgia de 27 de julho de 2020

SEGUNDA FEIRA DA XVII SEMANA COMUM
(verde - ofício do dia)

Antífona da entrada

- Deus habita em seu templo santo, reúne seus filhos em sua casa; é ele que dá força e poder a seu povo (Sl 67,6.36).

Oração do dia

- Ó Deus, sois o amparo dos que em vós esperam e, sem vosso auxílio, ninguém é forte, ninguém é santo; redobrai de amor para conosco, para que, conduzidos por vós, usemos de tal modo os bens que passam, que possamos abraçar os que não passam. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Jr 13,1-11


- Leitura do livro do profeta Jeremias: 1Isto disse-me o Senhor: “Vai comprar um cinto de linho e põe-no em torno da cintura, mas não o deixes molhar na água”. 2Comprei o cinto, conforme a ordem do Senhor, e coloquei-o à cintura. 3E a palavra do Senhor dirigiu-se a mim pela segunda vez, dizendo: 4”Toma o cinto que compraste e tens à cintura, levanta-te e vai ao Eufrates, esconde-o lá na fenda de uma pedra”. 5Fui e o escondi perto do Eufrates, conforme mandara o Senhor. 6Ora, ao cabo de muitos dias, disse-me o Senhor: “Levanta-te, vai ao Eufrates, e retira de lá o cinto que te mandei esconder”. 7Fui ao Eufrates, cavei e retirei o cinto do lugar onde o tinha escondido; mas eis que o cinto tinha apodrecido tanto que não servia mais para nada. 8E a palavra do Senhor dirigiu-se a mim, dizendo: 9”Isto diz o Senhor: Assim farei apodrecer a grande soberba de Judá e de Jerusalém; 10este povo perverso, que se recusa a ouvir minhas palavras, convive com a maldade no coração, e vai atrás de deuses estrangeiros, prestando-lhes culto e prostrando-se diante deles será como este cinto que não serve mais para nada. 11Pois assim como o cinto se une à cintura do homem, assim quis eu que toda a casa de Israel e toda a casa de Judá se unissem a mim, diz o Senhor, para ser meu povo, honra do meu nome, louvor e glória. Mas não ouviram”.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl (Dt) 32,18-19.20.21 (R: 18a)

- Esqueceram o Deus que os gerou.
R: Esqueceram o Deus que os gerou.


- Da Rocha que te deu à luz te esqueceste, do Deus que te gerou não te lembraste. Vendo isto, o Senhor os desprezou, aborrecido com seus filhos e suas filhas.

R: Esqueceram o Deus que os gerou.


- E disse: Esconderei deles meu rosto e verei, então, o fim que eles terão, pois, tornaram-se um povo pervertido, são filhos que não têm fidelidade.

R: Esqueceram o Deus que os gerou.


- Com deuses falsos provocaram minha ira, com ídolos vazios me irritaram; vou provocá-los por aqueles que nem povo são, através de gente louca hei de irritá-los.

R: Esqueceram o Deus que os gerou.

Aclamação ao santo Evangelho.

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

 - Deus nos gerou pela Palavra da verdade como as primícias de suas criaturas

(Tg 1,18).

Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 13, 31-35


- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.

- Glória a vós, Senhor!

- Naquele tempo, 31Jesus contou-lhes outra parábola: “O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo. 32Embora ela seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior do que as outras plantas. E torna-se uma árvore, de modo que os pássaros vêm e fazem ninhos em seus ramos”. 33Jesus contou-lhes ainda uma outra parábola: “O Reino dos Céus é como fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado”. 34Tudo isso Jesus falava em parábolas às multidões. Nada lhes falava sem usar parábolas, 35para se cumprir o que foi dito pelo profeta: ‘Abrirei a boca para falar em parábolas; vou proclamar coisas escondidas desde a criação do mundo’.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

 

 

 

Liturgia comentada

...a mais pequenina das sementes... (Mt 13,31-35)

Pequenina, sim, mas vai crescer. O exegeta alemão Joachim Jeremias lembra que o homem oriental vê as coisas de um modo diferente do nosso. Não considera o aspecto de transformação, de evolução progressiva, como nós. Ao contrário, olha uma ponta (a minúscula semente) e a outra ponta (a árvore já crescida). E contempla o mistério ali embutido.

E como Deus gosta de trabalhar com as coisas pequenas! Gosta de agir por meio de gente pequena. E a graça de Deus manifesta um dinamismo invencível: com pouco, faz muito! Os servos de Deus, mergulhados na missão que lhes foi dada, sempre se admiram com a desproporção entre seus limitados recursos humanos e as maravilhas impensáveis que o Senhor realiza por meio deles. Até mesmo a humilde Virgem de Nazaré chegou a exclamar: “O Senhor fez em mim maravilhas!” (Lc 1,49.)

Foi com um sentimento da mesma natureza que compus o soneto “Folha ao Vento”:

 

 

Pequena é minha vida. A força é pouca

Para lutar tão áspero combate:

Na oposição, o ânimo me abate;

Para louvar, a minha voz é rouca...

 

 

 

Quando falas, minha alma se faz mouca

E não abre ao Amor que, humilde, bate...

E assim, de disparate em disparate,

Prossegue o seu caminho como louca!

 

 

 

Pequeno sou, meu Deus! Pequeno sou

E, como folha seca, ao vento eu vou

Voando e revoando pela estrada...

 

 

 

Mas não faz mal que tão perdido eu ande:

Se sou pequeno, o teu Amor é grande

Para um dia, ser tudo no meu nada...

 

Orai sem cessar: “O menor se tornará um milhar!” (Is 60,22)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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