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Liturgia de 03 de agosto de 2017

QUINTA FEIRA – XVII SEMANA DO TEMPO COMUM
(cor verde - ofício do dia)

Antífona da entrada

 

- Deus habita em seu templo santo, reúne seus filhos em sua casa; é ele quem dá força e poder a seu povo (Sl 67,6.36).

 

Oração do dia

 

- Ó Deus, sois amparo dos que em vós esperam e, sem vosso auxílio, ninguém é forte, ninguém é santo; redobrai de amor para conosco, para que, conduzidos por vós, usemos de tal modo os bens que passam, que possamos abraçar os que não passam. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Ex 40,16-21.34-38

 

- Leitura do Livro do Êxodo: Naqueles dias, 16Moisés fez tudo o que o Senhor lhe havia ordenado. 17No primeiro mês do segundo ano, no primeiro dia do mês, o santuário foi levantado. 18Moisés levantou o santuário, colocou as bases e as tábuas, assentou as vigas e ergueu as colunas. 19Estendeu a tenda sobre o santuário, pondo em cima a cobertura da tenda, como o Senhor lhe havia mandado. 20Depois, tomando o documento da aliança, depositou-o dentro da arca e colocou sobre ela o propiciatório. 21E, introduzindo a arca no santuário, pendurou diante dela o véu de proteção, como o Senhor tinha prescrito a Moisés. 34Então a nuvem cobriu a Tenda da Reunião e a glória do Senhor encheu o santuário. 35Moisés não podia entrar na Tenda da Reunião, porque a nuvem permanecia sobre ela, e a glória do Senhor tomava todo o santuário.
36Em todas as etapas da viagem, sempre que a nuvem se elevava de cima do santuário, os filhos de Israel punham-se a caminho; 37e nunca partiam antes que a nuvem se levantasse. 38Pois, de dia, a nuvem do Senhor repousava sobre o santuário, e de noite aparecia sobre ela um fogo, que todos os filhos de Israel viam, em todas as suas etapas.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 84,3-4.5-6a.8a.11 (R: 2)

 

- Quão amável, ó Senhor, é vossa casa!

R: Quão amável, ó Senhor, é vossa casa!


- Minha alma desfalece de saudades e anseia pelos átrios do Senhor! Meu coração e minha carne rejubilam e exultam de alegria no Deus vivo!

R: Quão amável, ó Senhor, é vossa casa!


- Mesmo o pardal encontra abrigo em vossa casa, e a andorinha ali prepara o seu ninho, para nele seus filhotes colocar; vossos altares, ó Senhor Deus do universo! Vossos altares, ó meu Rei e meu Senhor!

R: Quão amável, ó Senhor, é vossa casa!


- Felizes os que habitam vossa casa; para sempre haverão de vos louvar! Felizes os que em vós têm sua força, caminharão com um ardor sempre crescente.

R: Quão amável, ó Senhor, é vossa casa!


- Na verdade, um só dia em vosso templo vale mais do que milhares fora dele! Prefiro estar no limiar de vossa casa, a hospedar-me na mansão dos pecadores!

R: Quão amável, ó Senhor, é vossa casa!


Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- Abre-nos, ó Senhor, o coração, para ouvirmos a palavra de Jesus! (At 16,14).

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 13,47-53

 

- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus
- Glória a vós, Senhor!   

 

- Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 47“O Reino dos Céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que apanha peixes de todo tipo. 48Quando está cheia, os pescadores puxam a rede para a praia, sentam-se e recolhem os peixes bons em cestos e jogam fora os que não prestam. 49Assim acontecerá no fim dos tempos: os anjos virão para separar os homens maus dos que são justos, 50e lançarão os maus na fornalha de fogo. E aí, haverá choro e ranger de dentes. 51Com­preendestes tudo isso?” Eles responderam: “Sim”. 52Então Jesus acrescentou: “Assim, pois, todo mestre da Lei, que se torna discípulo do Reino dos Céus, é como um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas”. 53Quando Jesus terminou de contar essas parábolas, partiu dali.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

 Liturgia comentada

Os anjos virão separar... (Mt 13,47-53)

Aqui em baixo, as coisas andam misturadas. Parece difícil distinguir entre verdade e mentira, virtude e pecado, lícito e ilícito. Até os sexos andam confusos! E os impacientes acusam o próprio Deus de neutralidade e indiferença perante a situação...

Nesta situação, é fácil cair no desespero, como se nada tivesse remédio. É comum também assumir uma atitude de cinismo, a ponto de professar orgulho dos próprios erros, gabar-se dos próprios crimes, da própria corrupção. Pena que a justiça humana não tem sido muito animadora, deixando no ar um clima de impunidade que gera consequências no campo da educação e da vida social.

Bem, o filme ainda não acabou. O desfecho pode demorar, mas virá. E se as redes voltam do fundo trazendo, lado a lado, atuns e cocorocas, os pescadores sabem distinguir entre o peixe bom e o peixe ruim. E virá o tempo da separação.

A imagem da rede foi escolhida por Jesus ao falar do julgamento no fim dos tempos. Nós o chamamos de Juízo Final, quando a glorificação de Cristo chegará a seu clímax e haverá um acerto de contas para toda a humanidade.

Eis o que ensina o “Catecismo da Igreja Católica” [678]: “Na linha dos profetas e de João Batista, Jesus anunciou em sua pregação o Juízo do Último Dia. Então será revelada a conduta de cada um e o segredo dos corações. Será também condenada a incredulidade culpada que fez pouco caso da graça oferecida por Deus. A atitude em relação ao próximo revelará o acolhimento ou a recusa da graça e do amor divino”.

Ora, Jesus não veio para condenar, mas para salvar. Quem se condena é o próprio homem que prefere o erro e escolhe intencionalmente o caminho do ódio e da rapina, da violência e do abuso do próximo. E isto não ficará impune!

No fim do mundo, diz Jesus, “os anjos virão para separar os maus dos justos, e lançarão os maus na fornalha de fogo”. A imagem do fogo – hoje objeto de zombarias – deve ser levada a sério. O fogo aquece e cauteriza, mas também queima e destrói. E a 2ª Vinda do Senhor destruirá o mal pela raiz no novo Reino por ele anunciado.

Quando o homem se arrepende e faz penitência, quando confessa seus pecados e assume um caminho de conversão, recebendo ainda na história o perdão e a graça, ele antecipa o próprio julgamento e escapa do fogo eterno.

Que tipo de peixe sou eu?

Orai sem cessar: “Escolhi o caminho da verdade!” (Sl 119,30)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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