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Liturgia de 07 de dezembro de 2019

SABADO - SANTO AMBRÓSIO BISPO E DOUTOR

(cor branco,pref. Advento I - ofício da solenidade)

Antífona da entrada

- Farei surgir um sacerdote fiel, que agirá segundo o meu coração e a minha vontade, diz o Senhor (1Sm 2,35).

Oração do dia

 

- Ó Deus, que fizestes o bispo santo Ambrósio doutor da fé católica e exemplo de intrépido pastor, despertai na vossa Igreja homens segundo o vosso coração, que a governem com força e sabedoria. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Is 30, 19-21.23-26


- Leitura do livro do profeta Isaías: Assim fala o Senhor, o santo de Israel: 19Povo de Sião, que habitas em Jerusalém, não terás motivo algum para chorar: ele se comoverá à voz do teu clamor; logo que te ouvir, ele atenderá. 20O Senhor decerto dará a todos o pão da angústia e a água da aflição, não se apartará mais de ti o teu mestre; teus olhos poderão vê-lo 21e teus ouvidos poderão ouvir a palavra de aviso atrás de ti: “o caminho é este para todos, segui por ele”, sem desviar-vos à direita ou à esquerda. 23Ele te dará chuva para a semente que tiveres semeado na terra, e o fruto da terra será abundante e rico; nesse dia, o teu rebanho pastará em vastas pastagens, 24teus bois e os animais que lavram a terra comerão forragem salgada, limpa com pá e peneira. 25Haverá em toda montanha alta e em toda colina elevada arroio de água corrente, num dia em que muitos serão mortos com o desabamento de seus torreões. 26A lua brilhará como a luz do sol e o sol brilhará sete vezes mais, como a luz de sete dias, no dia em que o Senhor curar a ferida de seu povo e fizer sarar a lesão de sua chaga.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 147A, 1-2.3-4.5-6. (R: Is 30,18)

- Felizes são aqueles que esperam no Senhor!

R: Felizes são aqueles que esperam no Senhor!


- Louvai o Senhor Deus, porque ele é bom, cantai ao nosso Deus, porque é suave: ele é digno de louvor, ele o merece! O Senhor reconstruiu Jerusalém, e os dis­persos de Israel juntou de novo;

R: Felizes são aqueles que esperam no Senhor!


- Ele conforta os corações despedaçados, ele enfaixa suas feridas e as cura; fixa o número de todas as estrelas e chama a cada uma por seu nome.

R: Felizes são aqueles que esperam no Senhor!


- É grande e onipotente o nosso Deus, seu saber não tem medida nem limites. O Senhor Deus é o amparo dos humildes, mas dobra até o chão os que são ímpios.

R: Felizes são aqueles que esperam no Senhor!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- É o Senhor o nosso juiz e nosso rei. O Senhor legislador nos salvará (Is 33,22)

Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 9, 35-10, 1.6-8


- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.

- Glória a vós, Senhor!

 - Naquele tempo, 35Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o evangelho do Reino, e curando todo tipo de doença e enfermidade. 36Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse a seus discípulos: 37“A Messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. 38Pedi pois ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita! ” 10,1E, chamando os seus doze discípulos deu-lhes poder para expulsarem os espíritos maus e para curarem todo tipo de doença e enfermidade. Enviou-os com as seguintes recomendações: 6Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel! 7Em vosso caminho, anunciai: ‘O Reino dos Céus está próximo’. 8Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar!”

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

Liturgia comentada

Ide às ovelhas desgarradas! (Mt 9,35 - 10,1.6-8)

Todo pastor sabe disso: as ovelhas costumam tresmalhar. Todo boiadeiro já passou por isso: um novilho desgarrar e se embrenhar no matagal, ou atolar-se no brejo. Mas nenhum pastor que se preze fica indiferente ao desastre. Como aquele do Evangelho – o que tinha cem ovelhas – e preferiu deixar as noventa e nove no ermo para sair em busca da que se perdeu.

Vivemos um tempo de ovelhas desgarradas. Sim, eu sei que o ser humano é errático: seu trilho neste mundo lembra de perto a rota das formigas, que parecem desconhecer a linha reta entre dois pontos. Homo viator, perpétuo peregrino, vagamos de lá para cá, em sufocantes engarrafamentos a cada feriado “enforcado”, sempre em busca de uma felicidade “que está sempre apenas onde a pomos, e nunca a pomos onde nós estamos” (Vicente de Carvalho).

Mas isto não justifica nossa indiferença diante daqueles que saíram da estrada real e se perderam nas trilhas do erro e do mal. De algum modo, somos todos responsáveis uns pelos outros. Os pais pelos filhos. Os mestres pelos alunos. Os médicos pelos pacientes. Os governantes pelo povo. Os pastores por suas ovelhas espirituais.

Quando Jesus andou pela Palestina, também ele pôde contemplar o povo faminto de Deus, uma multidão de párias pelas encruzilhadas, mendigos e leprosos, refugiados e sem-terra. E Jesus chorou sobre eles. Mas não se limitou a chorar: enviou ao povo os seus discípulos com um mandato bem específico: “Ide às ovelhas desgarradas!”

Esta missão inclui cuidados espirituais (anunciar o Reino que se fez próximo, expulsar demônios), mas também cuidados materiais (curar enfermos, ressuscitar mortos, limpar leprosos (cf. Mt 10,8). Aquilo que recebemos como dom gratuito (fé, alegria, paz, saber, habilidades) deve ser levado àqueles que ainda jazem na descrença, mergulhados na tristeza e na ignorância.

E quando os desprezados deste mundo perceberem que alguém se interessa por eles, saberão que Deus não os esqueceu e enviou seus profetas para mostrar-lhes o Sol nascente. Naturalmente, um sistema baseado no lucro e na competição há de estranhar a “loucura” desses pastores, que abrem mão da própria terra, da própria cultura e – pasmem! – até mesmo de constituir uma família, porque seus filhos e irmãos são os pequeninos deste mundo!

E nós? Estamos cuidando das ovelhas que ele nos confiou?

Orai sem cessar: “Eis-me aqui, Senhor!” (Gn 22,1)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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