A importância de se sentir parte de um todo

Iniciamos hoje, sob as bênçãos de Deus e a assistência de Nossa Senhora da Nova Aliança e dos nossos santos padroeiros, um novo caminho de formação: desta vez, para a FRATERNIDADE, o primeiro dos nossos valores.

A nossa FRATERNIDADE corresponde ao coração da COMUNIDADE. Como este órgão é vital para todo o corpo, o nosso papel é de extrema importância, porque seus membros devem vivenciar e estimular os que integram a nossa Famílias as orientações da Fundadora Amma e dos que são por ela delegados. Essa vivência entusiasmada dos nossos VALORES é de importância incomparável porque ela tem o papel de contaminar aqueles a quem o Senhor chama para mais esse passo.

Da Sede que emana toda orientação da Fundadora para as nossas Missões, que, por sua vez, atuam nas Paróquias das diversas Dioceses do nosso país. Por isso, esse coração (a nossa Sede) precisa funcionar o mais saudavelmente possível. Mas, ele funciona como um SISTEMA, isto é, um CONJUNTO de fatores.

Pelo site www.pt.wikipedia.org, "um sistema (do grego s?st?µa), é um conjunto de elementos interconectados, de modo a formar um todo organizado". Nesse sentido, podemos dizer que a nossa Sede é um SISTEMA dentro de outro SISTEMA MAIOR (a Nova Aliança) que, por sua vez é um SISTEMA dentro de outro SISTEMA AINDA MAIOR (a Igreja). Do funcionamentoengrenado desses vários sistemas depende a tão sonhada UNIDADE pela qual Jesus rezou (Jo 17, 10.11b.17.21.24). Desta UNIDADE, fruto do AMOR FRATERNO que deve "circular" entre nós (nos nossos relacionamentos), brotará o testemunho que foi a marca dos primeiros cristãos e causava admiração entre os pagãos. Estes só conheciam o "amor" erótico e interesseiro. Não podiam supor o amor tal como ensinado e exemplarmente vivido por Jesus (Jo 15, 12 ss) e tão bem explicado pelo apóstolo Paulo (1 Cor 13).

Falamos em ENGRENAGEM. Trata-se de uma tanto quanto possível perfeita INTEGRAÇÃO (ação de INTEGRAR >> ÍNTEGRO >> INTEIRO, TODO) de todos quantos trabalham juntos na busca de se alcançar um único objetivo. Que maior e melhor objetivo podem nos motivar senão o da SALVAÇÃO DE TODOS?

Tudo o que fazemos na Sede tem este objetivo último: "QUE TODOS SEJAM SALVOS E CHEGUEM AO CONHECIMENTO DA VERDADE"! Isto deve se refletir nas ações ordinárias e tarefas funcionais de cada um: o cumprimento fiel, pontual e zeloso de cada um colaborará para a boa harmonia entre nós e, conseqüentemente, facilitará as relações de uma FRATERNIDADE mais amorosa, alegre, feliz, pacífica e pacificadora.

Esse espírito de FRATERNIDADE é um dos nossos VALORES e dele dependem os demais como sustento e fundamento de toda a nossa Comunidade.

Isto, na linguagem empresarial, se chama SINERGIA, que significa "a boa integração dos elementos que compõem um sistema". Para nós, equivale a dizer: a nossa integração deve ser de tal modo que nos sintamos como os primeiros cristãos: UM SÓ CORAÇÃO E UMA SÓ ALMA. Trata-se, na verdade, de uma sinergia espiritual.

Lindas são as palavras com que a Igreja inicia a Constituição Gaudium et Spes (GS 1) – "As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração. Porque a sua comunidade é formada por homens, que, reunidos em Cristo, são guiados pelo Espírito Santo na sua peregrinação em demanda do reino do Pai, e receberam a mensagem da salvação para a comunicar a todos. Por este motivo, a Igreja sente-se real e intimamente ligada ao género humano e à sua história".

Sentir-se assim solidários uns com os outros é graça e fruto da presença do Espírito Santo, Ele que é a UNIDADE NA TRINDADE. Será Ele também a UNIDADE NA PLURALIDADE para nós e conosco.

É essa UNIDADE (essa SINERGIA ESPIRITUAL) que nos fará capazes de cumprirmos a nossa MISSÃO, de vivermos com mais entusiasmo nosso CARISMA sustentados pela nossa ESPIRITUALIDADE

(www.novaalianca.com.br).

Para mantermos tudo isso em "alta", não nos iludamos: precisamos de muita vigilância como os guardas, os "sentinelas da casa de Israel" (Ez 3, 16 ss). Da omissão – um grande e perigosíssimo pecado comunitário, familiar, social, empresarial – decorrerá, não sem culpa dos omissos, o mau funcionamento do sistema todo (da Sede e das nossas Missões, e, por extensão, da Igreja e da sociedade), causando mal estar, relacionamentos truncados, mágoas e ressentimentos, antipatias e rejeições, "panelinhas" e partidos, tomadas de decisões desagradáveis, pobreza (para não dizer, ausência) de testemunho, desorganização, diminuição dos membros, e até o fechamento e a morte por "falência múltipla" de seus membros.

Na Comunidade, ninguém pode se considerar bem sucedido no seu setor se não houver a colaboração para que os demais também fossem bem sucedidos. Seria somente e pobremente um mero cumpridor de tarefas e não um comprometido com o todo: a Comunidade, a Igreja, o Reino do Céu.

26 de fevereiro de 2010
AUTORIA - Amma Maria Ângela de Melo Nicolleti