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LITURGIA

Liturgia Diária

Liturgia de 02 de novembro de 2025

Antífona

– Deus, que ressuscitou Jesus dentre os mortos, dará vida também aos nossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em nós (Rm 8,11).


Coleta

– Ó Deus, escutai com bondade as nossas preces e aumentai a nossa fé em Cristo ressuscitado, para que seja mais viva a nossa esperança na ressurreição dos vossos filhos e filhas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.


1ª Leitura: Jó 19,1.23-27a

– Leitura do livro de Jó: 1Jó tomou a palavra e disse: 23”Gostaria que minhas palavras fossem escritas e gravadas numa inscrição 24com ponteiro de ferro e com chumbo, cravadas na rocha para sempre! 25Eu sei que o meu redentor está vivo e que, por último, se levantará sobre o pó; 26e depois que tiverem destruído esta minha pele, na minha carne, verei a Deus. 27aEu mesmo o verei, meus olhos o contemplarão, e não os olhos de outros”.

– Palavra do Senhor. 

– Graças a Deus. 


Salmo Responsorial: Sl  24,1-2.3-4ab.5-6 (R:  6)

– É assim a geração dos que procuram o Senhor!

R: É assim a geração dos que procuram o Senhor!


– Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra, o mundo inteiro com os seres que o povoam; porque ele a tornou firme sobre os mares, e sobre as águas a mantém inabalável. 
R: É assim a geração dos que procuram o Senhor!


– “Quem subirá até o monte do Senhor, quem ficará em sua santa habitação?”
“Quem tem mãos puras e inocente coração, quem não dirige sua mente para o crime. 
R: É assim a geração dos que procuram o Senhor!


– “Sobre este desce a bênção do Senhor e a recompensa de seu Deus e Salvador”. “É assim a geração dos que o procuram, e do Deus de Israel buscam a face”. 

R: É assim a geração dos que procuram o Senhor!


2ª Leitura: 1Cor 15,20-24a.25-28

– Leitura da primeira carta de são Paulo aos Corintios:  20Mas, na realidade, Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram. 21Com efeito, por um homem veio a morte e é também por um homem que vem a ressurreição dos mortos. 22Como em Adão todos morrem, assim em Cristo todos serão vivificados. 23Cada qual, porém, na sua própria categoria: como primícias, Cristo; depois, os que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda. 24  A seguir, será o fim, quando ele entregar a realeza a seu Deus e Pai. 25Pois é preciso que ele reine, até que Deus ponha todos os seus inimigos debaixo de seus pés. 26 O último inimigo a ser destruído é a morte. 27Com efeito, Deus pôs tudo debaixo de seus pés. Ora, quando ele disser: “Tudo está submetido”, isso evidentemente não inclui Aquele que lhe submeteu todas as coisas; 28mas quando tudo lhe estiver submetido, então o próprio Filho se submeterá Àquele que lhe submeteu todas as coisas, para que Deus seja tudo em todos.

– Palavra do Senhor. 

– Graças a Deus. 

Aclamação ao santo Evangelho

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

– Eu sou a ressurreição, eu sou a vida, eu sou; não morrerá para sempre quem crê em mim, seu Senhor!

Aleluia, aleluia, aleluia.


Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 7,11-17

– O Senhor esteja convosco.

Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.

– Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, Jesus dirigiu-se a uma cidade chamada Naim. Com ele iam seus discípulos e uma grande multidão. Quando chegou à porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único; e sua mãe era viúva. Grande multidão da cidade a acompanhava. Ao vê̂-lá, o Senhor sentiu compaixão para com ela e lhe disse: “Não chores!” Aproximou-se, tocou o caixão, e os que o carregavam pararam. Então, Jesus disse: “Jovem, eu te ordeno, levanta-te!” O que estava morto sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe. Todos ficaram com muito medo e glorificavam a Deus, dizendo: “Um grande profeta apareceu entre nós e Deus veio visitar o seu povo”. E a notícia do fato espalhou-se pela Judeia inteira, e por toda a redondeza. 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!


Liturgia comentada
Não chores… (Lc 7,11-17)

A liturgia da Igreja aproxima sabiamente duas comemorações: todos os Santos e todos os fiéis defuntos. E seria uma pena não perceber que ambas nos convidam à alegria, pois uns e outros – os santos e os fiéis falecidos – estão vivos em Deus… Assim, as duas festas celebram as almas que estão vivas em Deus. Jesus havia anunciado: “Vem a hora em que os mortos ouvirão a voz de Deus, e aqueles que a ouvirem viverão” (Jo 5,25). E é no Verbo/Palavra que essa voz chegou até nós.

Isabelle Rivière observa com perspicácia que “são festas tanto da terra como do céu, pois reúnem no júbilo do amor todos aqueles que amam a Deus, todos aqueles em quem o Verbo, recebido e reverenciado sob suas duas formas, a Palavra e a Hóstia, encarnou o Deus que não morre”.

Antes do Vaticano II, celebrávamos Finados com paramentos pretos e cantávamos na santa missa uma Sequência que falava de um “dia de ira e de futuro tremor com a chegada do Juiz”. Obviamente, tratava-se de um desvio “para baixo”, velando as luzes da aurora celeste e considerando a morte sem os anjos da Páscoa.

Continua Isabelle Rivière: “A única diferença entre a terra e o céu é que, aqui embaixo, a encarnação de Jesus em nós é fugidia, e as almas permanecem até o último dia expostas a perderem a Vida pelo pecado, ao passo que a possuem em definitivo no Paraíso, sem eclipse nem sombra: aqueles que estão mortos no Senhor não podem mais morrer”.

Há quem ria disto. Os mesmos que riram e zombaram quando Jesus disse que Talita não estava morta (cf. Mc 5,41). Há quem estranhe a ordem de Jesus à pobre viúva de Naim: “Não chores!” Como não chorar o filho morto? É que Jesus o devolvia à vida. Ora, todos os fiéis que acolheram o Verbo/Jesus terão a vida devolvida: “Aquele que crê em mim não morrerá para sempre!” (Jo 11,26)

A morte do cristão é inseparável da alegria de se unir a Deus em definitivo, já sem pranto nem dor (cf. Ap 21,4). Não admira que Paulo risse da morte derrotada: “Onde está o teu ferrão?” (1Cor 15,55). A morte não percebe que nos perde quando nos mata, e ali mesmo acaba o seu domínio sobre nós. Ela pensou que nos controlava, mas foi mero instrumento para nossa Páscoa definitiva no Cristo Senhor.

A borboleta jamais lamentaria o fato de abandonar seu casulo para voar livremente no azul do céu. Ficam lá embaixo as preocupações, as enfermidades, as tentações, o luto e a dor. É a Vida nova e sem prazo de vencimento que se abre ao fiel acolhido por seu Senhor. Por isso mesmo, ele se alegra ao ouvir de Jesus: “Não chores!”

Orai sem cessar: “Eu o ressuscitarei no último dia!” (Jo 6,54)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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