– Espera no Senhor e tem coragem, espera no Senhor! (Sl 26,14).
– Concedei-nos, Senhor, perseverar na vossa vontade, para que, em nossos dias, cresça em número e santidade o povo que vos serve. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
– Leitura do livro dos Números: Naqueles dias, 4os filhos de Israel partiram do monte Hor, pelo caminho que leva ao mar Vermelho, para contornarem o país de Edom. Durante a viagem, o povo começou a impacientar-se, 5e se pôs a falar contra Deus e contra Moisés, dizendo: “Por que nos fizestes sair do Egito para morrermos no deserto? Não há pão, falta água, e já estamos com nojo desse alimento miserável”. 6Então o Senhor mandou contra o povo serpentes venenosas, que os mordiam; e morreu muita gente em Israel. 7O povo foi ter com Moisés e disse: “Pecamos, falando contra o Senhor e contra ti. Roga ao Senhor que afaste de nós as serpentes”. Moisés intercedeu pelo povo, 8e o Senhor respondeu: “Faze uma serpente abrasadora e coloca-a como sinal sobre uma haste; aquele que for mordido e olhar para ela viverá”. 9Moisés fez, pois, uma serpente de bronze e colocou-a como sinal sobre uma haste. Quando alguém era mordido por uma serpente, e olhava para a serpente de bronze, ficava curado.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
– Ouvi Senhor, e escutai minha oração e chegue até vós o meu clamor.
R: Ouvi Senhor, e escutai minha oração e chegue até vós o meu clamor.
– Ouvi Senhor, e escutai minha oração, e chegue até vós o meu clamor! De mim não oculteis a vossa face no dia em que estou angustiado! Inclinai o vosso ouvido para mim, ao invocar-vos atendei-me sem demora!
R: Ouvi Senhor, e escutai minha oração e chegue até vós o meu clamor.
– As nações respeitarão o vosso nome, e os reis de toda a terra, a vossa glória; quando o Senhor reconstruir Jerusalém e aparecer com gloriosa majestade, ele ouvirá a oração dos oprimidos e não desprezará a sua prece.
R: Ouvi Senhor, e escutai minha oração e chegue até vós o meu clamor.
– Para as futuras gerações se escreva isto, e um povo novo a ser criado louve a Deus. Ele inclinou-se de seu templo nas alturas, e o Senhor olhou a terra do alto céu, para os gemidos dos cativos escutar e da morte libertar os condenados.
R: Ouvi Senhor, e escutai minha oração e chegue até vós o meu clamor.
Glória a Cristo, Palavra eterna do Pai, que é amor.
Glória a Cristo, Palavra eterna do Pai, que é amor.
– Semente é de Deus a Palavra, o Cristo é o semeador; todo aquele que o encontra, vida eterna encontrou.
Glória a Cristo, Palavra eterna do Pai, que é amor.
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo disse Jesus aos fariseus: 21“Eu parto, e vós me procurareis, mas morrereis no vosso pecado. Para onde eu vou, vós não podeis ir”.
22Os judeus comentavam: “Por acaso, vai-se matar? Pois ele diz: ‘Para onde eu vou, vós não podeis ir’?” 23Jesus continuou: “Vós sois daqui debaixo, eu sou do alto. Vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo. 24Disse-vos que morrereis nos vossos pecados, porque, se não acreditais que eu sou, morrereis nos vossos pecados”. 25Perguntaram-lhe pois: “Quem és tu, então?” Jesus respondeu: “O que vos digo, desde o começo. 26Tenho muitas coisas a dizer a vosso respeito, e a julgar, também. Mas aquele que me enviou é fidedigno, e o que ouvi da parte dele é o que falo para o mundo”.27Eles não compreenderam que lhes estava falando do Pai. 28Por isso, Jesus continuou: “Quando tiverdes elevado o Filho do Homem, então sabereis que eu sou, e que nada faço por mim mesmo, mas apenas falo aquilo que o Pai me ensinou. 29Aquele que me enviou está comigo. Ele não me deixou sozinho, porque sempre faço o que é de seu agrado”. 30Enquanto Jesus assim falava, muitos acreditaram nele.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
Quando Jesus descansava na palha da manjedoura de Belém, era quase impossível identificar na frágil criancinha a sua divindade. Quando ele ajudava José na pobre oficina de Nazaré, dificilmente alguém perceberia a sua natureza divina no adolescente pobre. Quando, porém, Jesus foi cravado na cruz do Calvário, o centurião romano prontamente o reconheceu: “Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus!” (Mc 15,39)
É a cruz o “lugar” onde podemos identificar Jesus. As luzes do Tabor logo se apagam quando se cala a voz da nuvem. O estupor dos discípulos logo se desvanece quando as águas do lago voltam à calmaria. Mas é impossível ignorar a maneira como o Filho de Deus derramou seu sangue por nós…
Em sua discussão com os fariseus endurecidos na descrença, o próprio Jesus já tinha apontado para a solução do conflito: a cruz! Ele disse: “Quando vocês tiverem elevado o Filho do homem, então sabereis que Eu Sou…” Ora, “Eu Sou” é o nome de Deus, revelado a Moisés no episódio da sarça ardente (cf. Ex 3,14).
O Filho entregue pelo Pai, inestimável presente do Amor, é acolhido como pedra de tropeço, incômoda presença, motivo de argumentação e de exigência de sinais. Como diz Louis Bouyer, “o conflito terminará com a vitória aparente do poder das trevas, o qual age através de seus adversários, que ele mantém na escravidão. Mas este falso triunfo será, de fato, a sua derrota. O termo ‘elevar’, com o possível duplo sentido de crucificar ou exaltar, marca bem a confusão das trevas quando elas virem a Luz resplandecer da cruz onde elas acreditaram apagá-la. Este anúncio da Paixão é o primeiro que Jesus faz em público. Notaremos especialmente como São João anota, em seguida, que a glória de Cristo e sua Paixão são inseparáveis”.
O antigo hino litúrgico “Vexilla Regis” assim canta a vitória do Crucificado:
Avançam os estandartes do rei,
Brilha o mistério da cruz.
O Criador da carne, pela carne
É suspenso no madeiro.
Salve, ó altar! Salve, ó vítima,
Glória da paixão,
Pela qual a Vida levou à morte
E pela morte devolveu a vida!
Orai sem cessar: “Levanto os olhos para vós, que habitais nos céus.” (Sl 122,1)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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