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LITURGIA

Liturgia Diária

Liturgia de 09 de junho de 2025



Antífona

– Os discípulos perseveravam unânimes em oração com Maria, a Mãe de Jesus (At 1,14)



Coleta

– Ó Deus, Pai das misericórdias, vosso Filho unigênito, pregado na cruz, nos deu sua Mãe, a Bem-aventurada Virgem Maria, como nossa Mãe. Concedei que a vossa Igreja, cada dia mais fecunda em seu amor materno, exulte com a santidade dos seus filhos e filhas, e atraia todos os povos para o seu convívio numa só família.  Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.



1ª Leitura: Gn 3,9-15.20

– Leitura do livro de Gênesis: Depois que Adão comera do fruto da árvore o Senhor Deus chamou o homem e perguntou: “Onde estás?” 10Ele respondeu: “Ouvi teu ruído no jardim. Fiquei com medo, porque estava nu, e escondi-me”. 11Deus perguntou: “E quem te disse que estavas nu? Então comeste da árvore, de cujo fruto te proibi comer?” 12O homem respondeu: “A mulher que me deste por companheira, foi ela que me fez provar do fruto da árvore, e eu comi”. 13Então o Senhor Deus perguntou à mulher: “Por que fizeste isso?” E a mulher respondeu: “A serpente enganou-me, e eu comi”. 14E o Senhor Deus disse à serpente: “Porque fizeste isso, serás maldita entre todos os animais domésticos e entre todos os animais selvagens. Rastejarás sobre teu ventre e comerás pó todos os dias de tua vida. 15 Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. “Esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar”. 20O homem chamou à sua mulher “Eva”, porque ela se tornou a mãe de todos os viventes.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.



Salmo Responsorial: Sl 87, 1-2.3.5.6-7 (R: 3)

– Dizem coisas gloriosas da cidade do Senhor.

R: Dizem coisas gloriosas da cidade do Senhor.

– O Senhor ama a cidade que fundou no monte santo; ama as portas de Sião mais que as casa de Jacó.

R: Dizem coisas gloriosas da cidade do Senhor.

– Dizem coisas gloriosas da cidade do Senhor. De Sião, porém, se diz: “Nasceu nela todo homem; Deus é sua segurança”.

R: Dizem coisas gloriosas da cidade do Senhor.

– Deus anota no seu livro, onde inscreve os povos todos: “Foi ali que estes nasceram”. E por isso todos juntos a cantar se alegrarão; e, dançando, exclamarão: “Estão em ti as nossas fontes!”

R: Dizem coisas gloriosas da cidade do Senhor.


Aclamação ao santo Evangelho.

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

– Ó feliz Virgem, que geraste o Senhor; ó santa Mãe da Igreja, que nos alimenta com o Espírito do teu Filho, Jesus Cristo (Lc 1,28)

Aleluia, aleluia, aleluia.



Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 19,25-34

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João

– Glória a vós, Senhor!  

– Naquele tempo: 25Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe e a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: “Mulher, eis o teu filho!” 27Depois disse ao discípulo: “Eis a tua mãe!” A partir daquela hora, o discípulo a acolheu no que era seu. 28Depois disso, sabendo Jesus que tudo estava consumado, e para que se cumprisse a Escritura até o fim, disse: “Tenho sede”! 29Havia ali uma jarra cheia de vinagre. Amarraram num ramo de hissopouma esponja embebida de vinagre e a levaram à sua boca. 30Ele tomou o vinagre e disse: “Está consumado”. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito. 31Era o dia de preparação do sábado, e este seria solene. Para que os corpos não ficassem na cruz no sábado, os judeus pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas dos crucificados e os tirasse da cruz. 32Os soldados foram e quebraram as pernas, primeiro a um dos crucificados com ele e depois ao outro.33Chegando a Jesus viram que já estava morto. Por isso, não lhe quebraram as pernas, 34mas um soldado golpeou lhe o lado com uma lança, e imediatamente saiu sangue e água.

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!



Liturgia comentada
Junto à cruz… (Jo 19,25-34)

Os evangelhos sinóticos registram que, na crucifixão de Jesus, um grupo de mulheres estava observando de longe (cf. Mt 27,55; Mc 15,40). No Evangelho de João – aliás, testemunha ocular da história, pois ele não fugiu com a prisão do Mestre – ao contrário, quatro mulheres permanecem firmes “junto à cruz” [para toi stauroi, no texto grego]. Quatro soldados inimigos (Jo 19,23), quatro mulheres amigas (Jo 19,25) …

O evangelista chega a nomear estas quatro mulheres: a Mãe de Jesus, a irmã dela, Maria de Cléofas e Maria Madalena. Juntamente com o discípulo narrador, estas mulheres são a Igreja fiel, que acompanha o Senhor até o fim, até a cruz.

Apesar da economia de detalhes, recusando-se a explorar aspectos de crueza, o texto registra que Jesus abrange com um só olhar (v. 26) sua Mãe e o discípulo amado. Num extremo gesto de ternura, o Filho quer garantir para ela a solicitude filial de João: “Eis a tua mãe!” Mas, ao mesmo tempo, quer assegurar para João, isto é, para a Igreja, a presença espiritual da Mãe. A partir desta cena, não é possível ignorar a maternidade de Maria para com a Igreja de Jesus: “Eis a tua mãe!”

“A partir dessa hora” – anota o Evangelho – “o discípulo a acolheu no que era seu”, “entre as coisas de sua propriedade” ou “em sua casa”, em diferentes traduções. De qualquer modo, vê-se aí o germe da maternidade espiritual da Mãe de Deus em relação aos que creem em Jesus.

Num patamar meramente humano, nota-se o cuidado oriental (naquela época como hoje) pelas viúvas desamparadas; num degrau mais alto, consegue-se ver que a Mulher escolhida para gerar o Verbo na carne também tem importante papel na geração do Corpo de Cristo, que é a Igreja.

O título de Mãe da Igreja, atribuído a Maria, foi utilizado pela primeira vez por Santo Ambrósio de Milão [338397], e assumido de forma oficial durante o Concílio Vaticano II pelo Papa Paulo VI. Comentando esta passagem, André Scrima observa: “Sua mãe parece ser, doravante, o lugar de uma maternidade que pode, e até deve, envolver a outros, uma vez que seu Filho único foi elevado em glória”.

Como não seriam filhos de Maria aqueles que acolhem a Palavra de Deus tal como ela mesma a acolheu na Anunciação?

Orai sem cessar: “De Sião se dirá: todos nasceram nela!” (Sl 87,5)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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