– O Cordeiro imolado é digno de receber o poder, a riqueza, a sabedoria e a força, honra, a glória e o louvor, aleluia (Ap 5,12).
– Concedei-nos, Deus todo-poderoso que, tendo conhecido a graça da ressurreição do Senhor, possamos, pelo amor do vosso Espírito, ressurgir, para uma nova vida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
– Leitura dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, 1Saulo só respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor. Ele apresentou-se ao Sumo sacerdote 2e pediu-lhe cartas de recomendação para as sinagogas de Damasco, a fim de levar presos para Jerusalém os homens e mulheres que encontrasse seguindo o Caminho. 3Durante a viagem, quando já estava perto de Damasco, Saulo, de repente, viu-se cercado por uma luz que vinha do céu. 4Caindo por terra, ele ouviu uma voz que lhe dizia: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” 5Saulo perguntou: “Quem és tu, Senhor?” A voz respondeu: “Eu sou Jesus, a quem tu estás perseguindo. 6Agora, levanta-te, entra na cidade, e ali te será dito o que deves fazer”. 7Os homens que acompanhavam Saulo ficaram mudos de espanto, porque ouviam a voz, mas não viam ninguém. 8Saulo levantou-se do chão e abriu os olhos, mas não conseguia ver nada. Então pegaram nele pela mão e levaram-no para Damasco. 9Saulo ficou três dias sem poder ver. E não comeu nem bebeu. 10Em Damasco, havia um discípulo chamado Ananias. O Senhor o chamou numa visão: “Ananias!” E Ananias respondeu: “Aqui estou, Senhor!” 11O Senhor lhe disse: “Levanta-te, vai à rua que se chama Direita e procura, na casa de Judas, por um homem de Tarso chamado Saulo. Ele está rezando”. 12E, numa visão, Saulo contemplou um homem chamado Ananias, entrando e impondo-lhe as mãos para que recuperasse a vista. 13Ananias respondeu: “Senhor, já ouvi muitos falarem desse homem e do mal que fez aos teus fiéis que estão em Jerusalém. 14E aqui em Damasco ele tem plenos poderes, recebidos dos sumos sacerdotes, para prender todos os que invocam o teu nome”. 15Mas o Senhor disse a Ananias: “Vai, porque esse homem é um instrumento que escolhi para anunciar o meu nome aos pagãos, aos reis e ao povo de Israel. 16Eu vou mostrar-lhe quanto ele deve sofrer por minha causa”. 17Então Ananias saiu, entrou na casa, e impôs as mãos sobre Saulo, dizendo: “Saulo, meu irmão, o Senhor Jesus, que te apareceu quando vinhas no caminho, ele me mandou aqui para que tu recuperes a vista e fiques cheio do Espírito Santo”. 18Imediatamente caíram dos olhos de Saulo como que escamas e ele recuperou a vista. Em seguida, Saulo levantou-se e foi batizado. 19Tendo tomado alimento, sentiu-se reconfortado. Saulo passou alguns dias com os discípulos de Damasco, 20e logo começou a pregar nas sinagogas, afirmando que Jesus é o Filho de Deus.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
– Ide, por todo o mundo, a todos pregai o Evangelho.
R: Ide, por todo o mundo, a todos pregai o Evangelho.
– Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes, povos todos, festejai-o!
R: Ide, por todo o mundo, a todos pregai o Evangelho.
– Pois comprovado é o seu amor para conosco, para sempre ele é fiel!
R: Ide, por todo o mundo, a todos pregai o Evangelho.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Quem come minha carne e bebe meu e sangue, em mim permanece e eu vou ficar nele (Jo 6,56).
Aleluia, aleluia, aleluia.
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 52os judeus discutiam entre si, dizendo: “Como é que ele pode dar a sua carne a comer?” 53Então Jesus disse: “Em verdade, em verdade vos digo, se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. 54Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. 55Porque a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue, verdadeira bebida. 56Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. 57Como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo por causa do Pai, assim o que me come viverá por causa de mim. 58Este é o pão que desceu do céu. Não é como aquele que os vossos pais comeram. Eles morreram. Aquele que come este pão viverá para sempre”. 59Assim falou Jesus, ensinando na sinagoga em Cafarnaum.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
Eis uma promessa cheia de ressonâncias espirituais! Em seu “discurso eucarístico”, Jesus nos fala de uma das consequências de nos alimentarmos de seu Corpo e Sangue na sagrada Eucaristia: “viver por ele”. Como devemos entender isto? As imagens da alegoria da videira verdadeira (cf. Jo 15) podem nos ajudar…
Viver “por Cristo” teria um valor causal: significa que a “seiva” que dele nos vem é a garantia de nossa vida espiritual. Vivemos por causa dele. E também que é “através dele”, canal entre Deus e a humanidade, que nós experimentamos essa vitalidade. E ainda mais: que nossa “vida” – todo o bem que realizamos neste mundo – “passa por Ele” antes de chegar aos outros. É por ele, exclusivamente, que damos fruto.
Ao falar do alimento eucarístico, São Cirilo de Jerusalém afirma que nós e Cristo nos tornamos um só corpo (sýssomos) e um só sangue (sýnaimos), sacramentalmente incorporados e consanguíneos! De fato, somos aquilo que comemos…
Este anseio de identificação com Cristo eucarístico deve animar nosso caminho neste mundo. Dia a dia, sua graça permitirá que nos identifiquemos sempre mais com ele. Assim como meditei em meu soneto “O VISITANTE”:
Senhor, tu vens bater à minha porta,
Disfarçado nos trapos de um mendigo:
É teu jeito de estar sempre comigo
Mesmo quando faz frio e o vento corta…
Assim é que o exemplo teu me exorta
A buscar todo dia o Pão de trigo;
Então, sou eu quem pede para o Amigo
A migalha de Amor que me conforta…
Ah! Jesus, como é doce o teu convívio!
É remédio no mal; na dor, alívio…
É virtude a elevar-me do meu pó…
Depois, de volta ao lar, se me ajoelho,
Eu fito a minha face, ali no espelho,
E vejo que o amor nos fez um só!
Orai sem cessar: “O Pão reconforta o coração do homem.” (Sl 104,15b)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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