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Liturgia de 12 de abril de 2025 

SÁBADO DA V SEMANA DA QUARESMA
(Roxo, pref. Paixão I – ofício do dia)

 

Antífona 

– Senhor, não afasteis de mim o vosso auxílio; olhai para mim em minha defesa, pois sou um verme e não um homem, vergonha dos homens e desprezo do povo Sl 21, 20.7).

 

Coleta 

– Deus, que fizestes de todos os renascidos em Cristo uma nação santa e um sacerdócio régio, concedei-nos a vontade e a força de fazer o que ordenais para que o povo chamado a eternidade seja concorde na fé e justo nas ações. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

 

 

 

1ª Leitura: Ez 37,21-28 

– Leitura da profecia de Ezequiel: 21Assim diz o Senhor Deus: “Eu mesmo vou Ttomar os israelitas do meio das nações para onde foram, vou recolhê-los de toda parte e reconduzi-los para a sua terra. 22Farei deles uma nação única no país, nos montes de Israel, e apenas um rei reinará sobre todos eles. Nunca mais formarão duas nações, nem tornarão a dividir-se em dois reinos. 23Não se mancharão mais com os seus ídolos e nunca mais cometerão infames abominações. Eu os libertarei de todo o pecado que cometeram em sua infidelidade, e os purificarei. Eles serão o meu povo e eu serei o seu Deus.
24Meu servo Davi reinará sobre eles, e haverá para todos eles um único pastor. Viverão segundo meus preceitos e guardarão minhas leis, pondo-as em prática. 25Habitarão no país que dei a meu servo Jacó, onde moraram vossos pais; ali habitarão para sempre, também eles, com seus filhos e netos, e o meu servo Davi será o seu príncipe para sempre. 26Farei com eles uma aliança de paz, será uma aliança eterna. Eu os estabelecerei e multiplicarei, e no meio deles porei meu santuário para sempre. 27Minha morada estará junto deles. Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. 28Assim as nações saberão que eu, o Senhor, santifico Israel, por estar o meu santuário no meio deles para sempre”.


– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

 

 

Salmo Responsorial: Sl (Jr 31),10.11-12ab.13 (R: 10d)

 

– O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.
R: O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.


– Ouvi, nações, a palavra do Senhor e anunciai-a nas ilhas mais distantes: “Quem dispersou Israel, vai congregá-lo, e o guardará qual pastor a seu rebanho!”

R: O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.


– Pois, na verdade, o Senhor remiu Jacó e o libertou do poder do prepotente. Voltarão para o monte de Sião, entre brados e cantos de alegria afluirão para as bênçãos do Senhor:

R: O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.


– Então a virgem dançará alegremente, também o jovem e o velho exultarão; mudarei em alegria o seu luto, serei consolo e conforto após a guerra.

R: O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.

 

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 11,45-56

 

Salve, ó Cristo, imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!

Salve, ó Cristo, imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!

 

– Lançai para bem longe toda a vossa iniquidade! Criai em vós um novo espírito e um novo coração!  (Ez 18,31)

 

Salve, ó Cristo, imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

 

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João

– Glória a vós, Senhor!  

 

Naquele tempo, 45muitos dos judeus que tinham ido à casa de Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele. 46Alguns, porém, foram ter com os fariseus e contaram o que Jesus tinha feito. 47Então os sumos sacerdotes e os fariseus reuniram o Conselho e disseram: “Que faremos? Este homem realiza muitos sinais. 48Se deixamos que ele continue assim, todos vão acreditar nele, e virão os romanos e destruirão o nosso Lugar Santo e a nossa nação”. 49Um deles, chamado Caifás, sumo sacerdote em função naquele ano, disse: “Vós não entendeis nada. 50Não percebeis que é melhor um só homem morrer pelo povo do que perecer a nação inteira?” 51Caifás não falou isso por si mesmo. Sendo sumo sacerdote em função naquele ano, profetizou que Jesus iria morrer pela nação. 52E não só pela nação, mas também para reunir os filhos de Deus dispersos. 53A partir desse dia, as autoridades judaicas tomaram a decisão de matar Jesus54Por isso, Jesus não andava mais em público no meio dos judeus. Retirou-se para uma região perto do deserto, para a cidade chamada Efraim. Ali permaneceu com os seus discípulos. 55A Páscoa dos judeus estava próxima. Muita gente do campo tinha subido a Jerusalém para se purificar antes da Páscoa. 56Procuravam Jesus e, ao reunirem-se no Templo, comentavam entre si: “Que vos parece? Será que ele não vem para a festa?”

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

 

 

 

Liturgia comentada
Decidiram matar Jesus… (Jo 11,45-56)

Quem decidiu? Quem viu na morte de Jesus uma solução para seus problemas? Os sumos sacerdotes e os fariseus. Estamos falando da elite religiosa que então pastoreava o Povo escolhido por Deus. Os membros do partido dos saduceus que controlavam o Templo e o culto, e os doutores da Lei que eram considerados os mais fiéis cumpridores das tradições e dos precitos judaicos.

 

Não eram essas lideranças que há séculos esperavam pela vinda do Messias, o Ungido do Senhor? Não eram esses pastores os guardas zelosos da herança mosaica? Apesar disso – fechando os olhos para o 4º mandamento de sua própria Lei – decidem pela morte de Jesus de Nazaré.

 

Que sentimentos movem suas mãos para o derramamento de sangue inocente? O medo. Medo da reação dos romanos, dominadores da Palestina, diante de uma eventual insurreição popular estimulada pela atração de Jesus sobre as turbas. Medo da perda de seus próprios privilégios, desde que não conseguiram cooptar Jesus para o seu lado. Medo diante do poder incomum demonstrado por aquele pregador da Galileia, capaz de curar os doentes e reanimar os mortos. Medo da coragem daquele aprendiz de carpinteiro que jogara por terra as mesas dos cambistas e limpara o Templo degradado em mercado. Medo diante da irrupção da ação divina fora dos estreitos limites que eles mesmos haviam demarcado para sua “religião”. Um medo que se espalhava pelas praças e se infiltrava nas artérias do poder…

 

A quem o medo atormenta? Ele tira o sono dos poderosos, ele abala o sistema econômico, ele corrói as consciências apodrecidas. O medo mata o medroso.

 

Todos têm medo. O povo teme as autoridades que assassinam crianças e as legiões romanas que invadem os lares. Até os discípulos de Jesus têm medo da tempestade, das ondas revoltas e – por absurdo que pareça! – temem o próprio Mestre (cf. Mt 17,6; Mc 4,41; 6,49-50; Lc 5,9-10).

 

Quem é que não tem medo? O único que é dominado pelo medo é o próprio Jesus. Somente ele. Consciente de sua missão, segue seu caminho para Jerusalém, sem temer os sofrimentos e a cruz que estão à sua espera. Segundo ele mesmo diz, “é necessário o Filho do homem sofrer muito e ser rejeitado pelos anciãos, sumos sacerdotes e escribas, e ser morto e, ao terceiro dia, ressuscitar” (Lc 9,22).

 

Depois de Pentecostes, movidos pelo Espírito Santo, os discípulos não terão mais medo. Pedro abrirá as portas para pregar na praça. Estêvão não temerá as pedras dos lapidadores. Paulo não fugira dos açoites e da espada.

 

De que nós temos medo? Por que ainda temos medo?

 

Orai sem cessar: “Não temerei mal algum, pois estás comigo”. (Sl 22,4)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.